terça-feira, 13 de dezembro de 2005

BANCO ALIMENTAR RECEBE PRÉMIO

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HÁ FOME MESMO À NOSSA PORTA Se há prémios merecidos, o que foi atribuído ao Banco Alimentar Contra a Fome (BACF), pela Assembleia da República, é um deles. Aliás, penso que ninguém em Portugal desconhece a acção desta instituição que tem lutado, com denodo, contra a fome, flagelo que atinge mais de um milhão de portugueses, sendo certo que outros tantos estão no limiar da pobreza, numa época de tanta abundância para tantos. Na cerimónia de entrega do Prémio Direitos Humanos, na Assembleia da República, a presidente do BACF, Isabel Jonet, apontou como objectivo fundamental da organização que dirige “quebrar o ciclo de pobreza, permitindo aos beneficiários partir para uma nova vida digna e autónoma”, segundo li no “PÚBLICO”. Entretanto, Osvaldo de Castro, presidente da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República, sublinhou que “a entrega do prémio ao BACF não constitui um lavar de consciências, mas antes um estímulo ao trabalho desenvolvido, com muita imaginação e grande recurso ao voluntariado, na luta contra a pobreza e a exclusão social". E como deputado, ainda disse que “há muito a fazer e há muito a aprender com os exemplos da sociedade civil”. Ao apontar este exemplo do BACF, quero simplesmente lembrar que nesta quadra não hão-de faltar iniciativas para matar a fome a alguns portugueses, com a mobilização de muitos voluntários, o que é de louvar. Mas seria muito mais bonito se essas acções se repetissem durante todo o ano ou se a justiça social fosse capaz e estivesse à altura de erradicar a fome que grassa entre nós, quantas vezes à nossa porta. F.M.

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