segunda-feira, 24 de outubro de 2005

Uma reflexão do padre Gerorgino Rocha, do CUFC

Posted by Picasa Padre Georgino Rocha
A GRANDEZA DO AMOR A tendência humana é para complicar aquilo que é simples. Deus, pelo contrário, simplifica o que nós complicamos. Os judeus fizeram 613 leis, sendo 248 mandamentos e 365 proibições, tal era a ânsia de prever todas as ocorrências. A Igreja, no seu código oficial, tem 1752 cânones, sem contar outras fontes de legislação. O Estado está organizado com base numa extensíssima Constituição da República e os diversos órgãos de poder regem-se por uma incontável lista de leis, normas e regulamentos. Outrora, os fariseus perguntam a Jesus: Qual é o maior mandamento?! Põem-lhe esta questão por matreirice e não para saberem organizar a vida segundo uma escala de valores. A mesma interrogação se mantém, hoje. O que é mais importante na vida?! O que é que não pode faltar a ninguém, se realmente quer ser feliz?! E Jesus responde com uma clareza impressionante, cheia de interpelações: Ama com todo o teu ser. A grandeza do amor não tem nada que se lhe compare. Amar é a única lei que gera vida e felicidade, cria proximidade, semeia solidariedade, constrói comunhão, faz germinar a doação. A realização mais expressiva do amor é a Eucaristia. Jesus Cristo prossegue com o seu projecto, apesar dos inimigos o condenarem à morte. Ama até ao fim. Sujeita-se a tudo, tão forte é o amor que nos tem. A Eucaristia é o garante, ao longo dos tempos, desta doação generosa. Por isso, a sua celebração é tão importante para os cristãos. A doação de Jesus abre horizontes de plenitude a todas as outras doações: Os cônjuges que sabem amar-se, os pais que se doam aos filhos proporcionando-lhes uma educação integral, os professores que, sem renunciarem ao ensino e transmissão de valores, acolhem a novidade da cultura dos alunos, os missionários que fazem do sonho uma realidade, partindo para junto dos que mais precisam de ajuda para poderem crescer em todas as dimensões humanas e cristãs. O sentido da vida é simples: amar, fazer-se próximo de quem precisa, lançar pontes de contacto e de comunhão, sentir-se sempre em missão. Tal como Jesus, doar a vida por um mundo novo: a civilização do Amor.
In "Para ti", Folha Dominical do CUFC

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