

Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, pediu aos Estados Unidos e aos países mais industrializados para seguirem os passos da UE, assumindo o compromisso de reforço da ajuda aos Estados mais pobres do mundo. Para justificar a sua proposta, lembrou que “25 mil pessoas morrem todos os dias, quando podiam ser salvas”, o que representa “uma tragédia humana”. Barroso ainda frisou que “há recursos no mundo para resolver este problema”, mas logo adiantou que o que falta “é vontade política e capacidade de organização”.
O pedido de Durão Barroso insere-se na linha de muitos outros políticos que defendem a erradicação da pobreza no mundo, não a curto prazo, que seria uma utopia, mas a médio e longo prazo, numa acção concertada entre todas as nações da Terra, na certeza de que a união faz a força. Há muito se fala desta necessidade, mas a verdade é que falta, a nível mundial, quem lidere este processo da luta contra a pobreza.
Entretanto, e como já tantas vezes tenho dito, urge assumir, Estado ou pessoa, cada um à sua medida, uma acção constante em prol dos mais necessitados, que estão por aí à vista de todos. Esperar que as grandes potências resolvam agir é condenar à morte 25 mil pessoas por dia.
Fernando Martins