A Igreja Católica em Portugal vive, de 8 a 14 de Agosto, a 33ª Semana de Migrações, este ano consagrada ao tema “O diálogo intercultural fecunda uma sociedade integrada”.
A Mensagem da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana para esta ocasião sublinha a “uma igual dignidade fundamental” entre todas as pessoas e alerta para os efeitos nefastos que podem advir do processo de globalização.
“Temos de considerar e acolher os migrantes, sejam pobres ou ricos, pessoas à procura de trabalho ou de lazer, trabalhadores ou turistas, como nossos semelhantes e interlocutores”, refere D. António Vitalino, presidente da referida Comissão.
Na mensagem para o 91º Dia Mundial do Migrante e Refugiado, escrita pelo saudoso Papa João Paulo II, em 24 de Novembro de 2004, lê-se que “através do contacto com o outro se descobre o seu segredo e se contribui para um maior conhecimento mútuo”. A Comissão Episcopal da Mobilidade Humana defende, nesse sentido, que é necessário “ultrapassar os limites da tolerância, que muitas vezes é indiferença e se traduz em consequências negativas na convivência humana, para passar à atitude do diálogo acolhedor do outro, à simpatia que respeita as diferenças e as interpela para as compreender e integrar e, em alguns casos, esbater e superar numa síntese cultural de outra dimensão, que pode ser o princípio de uma nova cultura”.
“Os diálogos intercultural, ecuménico e inter-religioso ajudarão a construir uma nova sociedade, uma nova civilização, baseada no amor e no respeito da pessoa humana. É para esta atitude que apela a mensagem papal”, conclui D. António Vitalino.
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