Portugal é o país com menor sucesso no combate aos incêndios florestais. Enquanto todos os países da Europa do Sul - que inclui ainda Espanha, França, Grécia e Itália - tiveram em 2004 um total de área ardida inferior à média dos últimos 25 anos, Portugal foi o único Estado membro onde o fogo consumiu mais floresta do que a média anual desde 1980.
Aliás, em 2004, a área ardida foi quase 20% superior à média desse período. Números que explicam que, por exemplo, o total de terreno devastado no País corresponda a 37% do valor da Europa do Sul e que o número de fogos seja 41% do conjunto dos cinco países.
Estes dados constam do relatório da Comissão Europeia (CE) sobre fogos florestais, que é hoje apresentado em Bruxelas pelos comissários do Ambiente e da Ciência. O documento, produzido pelo Centro de Investigação Comum da CE, explica que a pesquisa destaca a Europa da Sul porque é nessa região que se têm registado "fogos florestais dramáticos" com valores elevados.
Em Itália , o total da área ardida em 2004 foi quase metade da média dos últimos 25 anos. França conseguiu valores inferiores em quase dois terços. Espanha, que teve apenas 4,5 mil hectares de área ardida do que Portugal (quando é quatro vezes maior que o nosso país), conseguiu reduzir os fogos em quase 30%. De uma maneira geral, assinala o relatório, "o valor para os cinco Estados membros do Sul está bem abaixo da média dos últimos 25 anos".
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