segunda-feira, 18 de julho de 2005

Um livro de Maria de Lourdes Pintasilgo

“PALAVRAS DADAS” Não tenho por hábito falar ou escrever sobre livros (ou do que quer que seja) que não conheço. Porém, não resisto à necessidade que sinto de escrever sobre uma MULHER (com letras maiúsculas, como se vê) que muito admirei: Maria de Lourdes Pintasilgo. Hoje e só porque foi lançado um livro, “PALAVRAS DADAS”, que inclui textos por si escritos antes da sua morte.
A obra foi apresentada em Lisboa, como revela António Marujo, no “PÚBLICO”, e merece, decerto, ser lida por toda a gente que cultiva e vive o gosto pela justiça, pela solidariedade e por uma nova ordem social, que ela tanto proclamou e defendeu, ao longo da sua vida, quer entre nós, quer em grandes organizações internacionais, que liderou ou nelas se empenhou vivamente. “PALAVRAS DADAS” é, no fundo, um conjunto de temas diversos, nomeadamente: ética, religião e teologia; problemas sociais, económicos e políticos; engenharia, música ou poesia, “lutas, conseguimentos e inquietudes”; países visitados e revelações históricas contemporâneas. No dizer de Rui Vilar, presidente da Fundação Gulbenkian, que apresentou a obra, “PALAVRAS DADAS” mostra o “desassombro da franqueza” de Maria de Lourdes Pintasilgo. Mas ainda sublinhou que a antiga primeiro-ministro de Portugal soube “viver este tempo de mudanças rápidas e profundas”, conciliando “energia e lucidez perante a pressão das escolhas”, e antecipando “novos caminhos e novas alternativas para os problemas que persistem”, pôde ler-se no “PÚBLICO” de sexta-feira. Fernando Martins

1 comentário:

  1. Já o escrevi, mas repito aqui:

    Maria de Lourdes Pintasilgo foi sobretudo uma humanista, uma percursora na busca de novos caminhos para a humanidade, mas foi tão firme na sua vontade, exerceu esse humanismo de uma forma tão radical, que ele, por si só, permitiu sustentar uma afirmação política.

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