Procuremos estar hoje
um pouco mais com os nossos avós
Celebra-se hoje o Dia dos Avós. Será para muitos um Dia como outro qualquer; para alguns, e espero que para a maioria, será um motivo para olharem, com mais ternura, para os seus avós. Para muitos outros, este será um Dia para recordarem os seus avós, que, cumprindo a sua missão na Terra, de amor, de trabalho e de dedicação à família, voltaram para Deus, segundo a fé dos crentes.
Há dias ouvi e li que é nas férias que certas famílias mais abandonam os seus idosos. Partem para gozarem dias de descanso, algures longe dos seus locais de trabalho e de inquietações, e esquecem-se dos seus familiares mais velhos, como se eles fossem “coisas” sem interesse e sem sentimentos.
Sempre senti que os avós continuam a ser, enquanto vivos, um papel preponderante na sociedade, já que são livros abertos cheios de saberes de experiência feitos. Livros abertos e sempre disponíveis para nos ensinarem e para nos enriquecerem a todos os níveis, sobretudo espiritualmente. Ouvi-los, em especial, é ajudá-los a reviver vidas cheias de trabalho, de canseiras, de lutas e de sofrimentos, que eles partilham connosco, normalmente com tanta expressividade.
Por isso, neste Dia dos Avós, apetece-me sugerir aos meus leitores que, para além das flores e das lembranças que decerto lhes vão oferecer, tenham algum tempo para os ouvir e para lhes dizerem e para lhes mostrarem que os amam.
Eu sei que a vida nos obriga a ritmos de trabalho que nos dispersam e nos levam, por vezes, a esquecer os que nos estão mais próximos. Mas também é verdade que haverá sempre uns momentos que nos permitem sentir que temos a obrigação de amar os nossos avós, como membros indispensáveis de qualquer família que se preze.
Os nossos avós, como outros familiares, são, com certeza, para além da fonte de saberes, um extraordinário repositório de valores que enformam a nossa vida. Quem não recorda, com saudade, os avós que já nos deixaram e os testemunhos que nos legaram e que ainda hoje preservamos?
Por isso, deixemos, neste dia, um pouco o que nos preocupa e procuremos estar com os nossos avós, especialmente para os ouvir. E se eles já foram para Deus, dediquemos-lhes uma simples mas sentida oração. Deus não deixará de nos atender.
Fernando Martins