para além das praias
Oásis na praia
Diz-se que a origem do nome Figueira da Foz está ligada a uma figueira que existia no cais da Salmanha, onde os pescadores amarravam os barcos. No entanto, Nelson Correia Borges afirma que figueira deriva de "fagaria" (abertura, boqueirão), foz deriva de "fauces" (Embocadura). Também Mondego, o célebre rio que na Figueira da Foz desagua, vindo da Serra da Estrela, resulta do pré-romano "moud" (boca) e "aec" (rio). Assim, ao pronunciar-se Figueira da Foz do Mondego, repetimos "boca da boca da boca do rio". Isto mesmo pode ler-se no "Guia EXPRESSO das Cidades e Vilas históricas de Portugal".
Deixemos estas curiosidades, para entramos noutras: os romanos deixaram por estes lados marcas da sua presença, como o atesta uma inscrição relativas ao imperador Octávio Augusto. Também se sabe que os sarracenos arrasaram a povoação em 717, muito antes da nacionalidade. Quem hoje, porém, visita a Figueira da Foz talvez nem queira saber do seu passado, que está carregado de história e de estórias, o que faz pena.
Da pré-história e da sua história, por exemplo, podem falar-nos o Museu Santos Rocha, que não dispensa uma visita. Arqueologia e peças orientais, etnologia africana, cerâmica e vidro, escultura religiosa e outra, pintura de várias épocas, de tudo um pouco pode ser apreciado neste museu. Ao lado, com programação de qualidade, está o Centro de Artes e Espectáculos.
Passe ainda pelo Palácio Sotto Mayor, mandado construir em 1900 e só terminado em 1920. É um edifício de cinco pisos, ao estilo parisiense, que mostra o modo de vida de gente endinheirada e de bom gosto. Há muito mais para ver, mas hoje fico-me por aqui.
Depois temos a praia, de areal enorme e convidativo, com decoração ajardinada, ao jeito de oásis, junto à Marginal, por onde caminham, habitualmente, os visitantes. É que a Figueira atrai muita gente pelas suas famosas praias, onde no Verão há lugar para todos.
Fernando Martins