O actual Governo herdou uma lista de espera para cirurgia que ultrapassava as 193 mil pessoas no final de Janeiro último, mais cerca de 100 mil do que o total estimado em meados de 2002, noticia esta sexta-feira o Público.
Quando o Governo PSD/CDS-PP tomou posse, em Abril desse ano, o número de pessoas inscritas para cirurgia estimava-se em cerca de 90 mil. Contudo, com a decisão de aumentar o número de patologias elegíveis de 13 para 68, a lista de espera cresceu para 123 mil pessoas.
Mas, segundo o Público, nem tudo são más notícias, uma vez que o tempo médio de espera rondava no princípio deste ano 272 dias, cerca de nove meses, muito menos do que o que acontecia na tutela do anterior ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira.
Os números constam do relatório preliminar da auditoria do Tribunal de Contas (TC) ao Programa Especial de Combate às Listas de Espera Cirúrgicas (PECLEC) lançado pelo Governo liderado por Durão Barroso.
O relatório preliminar do TC revela que 93,5% das 123 mil pessoas em espera foram operadas durante os dois anos do PECLEC (até ao final de Outubro de 2004), mais de metade das quais no horário normal de trabalho dos hospitais.
Este facto pode explicar que não tenha sido esgotada a verba do programa: dos cerca de 220 milhões de euros disponibilizados para o efeito em 2003 e 2004, foram gastos apenas 122 milhões, refere ainda o jornal.
Fonte: Diário Digital