domingo, 1 de maio de 2005

Dia do Trabalhador - 1 de Maio

Celebra-se hoje, por todo o mundo livre, o Dia do Trabalhador. Há festas por aqui e por ali, mesmo entre nós, porque os trabalhadores precisam de ser optimistas e de acreditar sempre num futuro melhor. Eu sei, todos sabemos, no entanto, que há bons e maus trabalhadores, como há bons e maus empresários. Porém, acredito que, apesar de tudo, são mais os bons que os maus, em ambos os sectores. Daí o progresso e um certo bem-estar que no fundo a maioria pode usufruir. Contudo, se olharmos para o País e mesmo até somente à nossa volta, não podemos ficar indiferentes aos muitos desempregados e a outros tantos que vivem com o credo na boca, tão periclitantes são os seus empregos. Portugal tem qualquer coisa como perto de 500 mil desempregados, que não podem deixar de sentir pouca alegria para festas. E também é verdade que raro é o dia em que não aparecem nos órgãos de comunicação social manifestações de trabalhadores a reclamarem, simplesmente, o direito ao trabalho, perante a ameaça ou a certeza do encerramento das suas fábricas. Claro que estes trabalhadores, com os encargos inerentes às suas vidas familiares, com rendas ou prestações de casas para pagar, com filhos a estudar e para sustentar, não podem pensar em festas, por mais que se pregue que tristezas não pagam dívidas. Ora eu penso que o Dia do Trabalhador devia servir a todos, empregadores e empregados, para estudarem a melhor forma de garantir trabalho a toda a gente. Isto, porque não é com subsídios estatais que se garante o futuro de quem quer que seja. Os subsídios são sempre uma ajuda. E só isso. Fernando Martins

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