Em Homenagem a João Paulo II
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Já tudo terá sido dito em relação à morte do Papa e sobre o próprio Homem - Karol Wojtyla. Os homens sábios do mundo (e os outros), certamente, não terão deixado nenhum comentário por fazer. Porventura, terão feito mesmo alguns sem qualquer nexo ou fundamento. É da própria condição humana. Resta-nos prestar a João Paulo II a homenagem devida e registar também nas páginas de "O Ilhavense" algumas notas sobre este acontecimento que marca profundamente a humanidade e ao qual não poderíamos passar indiferentes. Karol Wojtyla — Um Homem do Mundo, um ser humano que também como tal foi marcado. Muito cedo perdeu a mãe, um pouco mais tarde também o pai, e como ser humano começou a sofrer as agruras duma vida marcada, desde o seu nascimento, por uma guerra fratricida e sangrenta. O Homem fez-se Papa e entrou, de facto, no coração do Mundo desde logo ganhando a simpatia de quase todos pelo exemplo de vida e de pontificado que espalhou por toda a terra. Encheu inúmeros corações de amor, mas também não ficou imune ao ódio dos homens. Como Deus, também o Papa não agradou a todos. Mas lutou com todas as suas forças para levar Deus a todos os corações e para fazer entender a Sua mensagem de amor. «Amai-vos uns aos outros como Ele vos amou» - a mensagem que não morre com João Paulo II, o Papa que perdurará na memória de todos que da sua fecunda passagem pela Terra tomaram conhecimento "bebendo" da sua sábia e santa palavra. Afinal, o Papa não morreu, pois o seu testemunho foi tão grande e tão valioso que a memória dos homens e a própria história jamais o poderão esquecer. Foi apenas o virar de página.
Torrão Sacramento
(Director de O ILHAVENSE)