segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005

De uma Carta de São Paulo aos Coríntios

HINO AO AMOR Se eu falasse as línguas dos homens e até as dos anjos, mas não tivesse amor seria bronze que soa ou címbalo que tine. Se tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e todos os saberes, se a minha fé fosse a ponto de mover montanhas, mas não tivesse amor, eu nada seria. Se repartisse pelos pobres tudo quanto tenho e meu corpo entregasse às labaredas mas não tivesse amor, nada ganharia. O amor paciente, repleto de bondade, o amor que desconhece inveja e não ostenta orgulho, o amor sem vaidade, que descura o próprio interesse, e não se irrita e não suspeita mal, o amor que não colhe alegria da injustiça, mas se alegra com a verdade, tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acabará: há um tempo em que vacilam as profecias, as línguas emudecem e o saber desaparece porque só em parte conhecemos e só em parte profetizamos, mas quando chega a perfeição os limites apagam-se. Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança, pensava como criança: quando me tornei homem abandonei as coisas de criança. Agora vemos por um espelho, e de maneira obscura, o que depois veremos face a face. Agora conheço apenas uma parte, mas então conhecerei conforme também sou conhecido. Agora permanecem fé, esperança, amor, todos juntos. Mas o maior de todos é o amor. In "Rosa do Mundo, 2001 poemas para o futuro". Tradução de José Tolentino Mendonça Posted by Hello

1 comentário:

  1. Das mais lindas mensagens escritas!!! Sempre vale reescrever, reler, emocionar-se e tornar a ler...até que um dia consigamos colocar em prática a sua perfeita compreensão...

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