Cem poemas de Sophia
Com a VISÃO e com o JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias, foi distribuído em 26 de Agosto, pouco depois do seu falecimento (2 de Julho de 2004), o livro CEM POEMAS DE SOPHIA. Trata-se de uma merecida homenagem à nossa maior poetisa, como muitos a consideram, e que todos os portugueses nunca poderão esquecer. Não recebeu o Prémio Nobel da Literatura, mas nem por isso alguma vez deixou um lugar alto de destaque no panorama literário português e mesmo universal. Natural que fosse de um outro país, com maior influência no mundo, ou pertencesse ela a qualquer lóbi económico-político e há muito que a sua humanidade e sensibilidade poéticas teriam sido reconhecidas pela academia que atribui o célebre prémio.
A selecção dos poemas e a introdução são do também poeta e jornalista José Carlos Vasconcelos, que se debruça sobre O ESPLENDOR DE SOPHIA, como profundo conhecedor da arte da homenageada pela Visão e JL, ao jeito de "um abrir de porta, ou de janela, para o indispensável conhecimento de todos os seus versos". Estes CEM POEMAS DE SOPHIA, que bem merecem uma leitura meditada, para se descobrir a dimensão da poetisa em todo o seu esplendor, serão uma belíssima forma, também, para cada um se iniciar na descoberta da riqueza poética do povo português.
F.M.
As rosas
Quando à noite desfolho e trinco as rosas
É como se prendesse entre os meus dentes
Todo o luar das noites transparentes,
Todo o fulgor das tardes luminosas,
O vento bailador das Primaveras,
A doçura amarga dos poentes,
E a exaltação de todas as esperas.