sábado, 15 de junho de 2024

O cómico e o riso no Vaticano

Crónica de Anselmo 
no Diário de Notícias

1. Este texto foi escrito antes da realização de um acontecimento que julgo muito significativo e que teria lugar no Vaticano no dia de ontem: o encontro do Papa Francisco com mais de 100 humoristas de todo o mundo, entre eles Joana Marques, Maria Rueff e Ricardo Araújo Pereira.
Um encontro organizado pelo Dicastério para a Cultura e a Educação e pelo Dicastério da Comunicação. O seu objectivo: “estabelecer um diálogo entre a Igreja Católica e os humoristas”. “Francisco reconhece o grande impacto que a arte da comédia tem no mundo da cultura contemporânea. Através do talento humorístico e do valor unificador do riso nos dias de hoje, são oferecidas reflexões únicas sobre a condição humana e a situação histórica. Além disso, a arte da comédia pode contribuir para um mundo mais empático e solidário”, referia o comunicado do Vaticano, acrescentando que “o encontro entre Francisco e os actores cómicos do mundo pretende celebrar a beleza da diversidade humana e promover uma mensagem de paz, amor e solidariedade, e promete ser um momento significativo de diálogo intercultural de partilha de alegria e esperança.

Almada Negreiros faleceu neste dia

 
José de Almada Negreiros, artista multifacetado, morreu a 15 de Junho de 1970, com 77 anos. Natural de São Tomé e Príncipe, marcou, indelevelmente, a cultura portuguesa, ao nível plástico e literário.

quinta-feira, 13 de junho de 2024

"Volumes e Traços II" de Carlos Matos em Ílhavo

Uma exposição de Carlos Matos pode ser apreciada no Centro de Religiosidade Marítima, em Ílhavo, até  16 de Junho. Segundo a informação a que tive acesso, a mostra é constituída por originais inspirados no mar, que o autor bem conhece. 
Com a reforma, Carlos Matos assumiu-se como artista plástico e criou o atelier Nichos d´Artes, com várias expressões e processos criativos – esculturas em madeira, pintura em mosaico, aguarela, acrílico e óleo sobre tela.

PARA A HISTÓRIA DE PARDILHÓ


De vez em quando dou-me à tarefa de arrumar os livros das minhas estantes, sabendo à partida vou encontrar livrinhos perdidos no meio de outros de lombadas grossas. Desta vez coube a sorte a “ESBOÇO DA HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DE PARDILHÓ”, com o antetítulo “O Almocreve da Tia Rendeira”. Veio em boa hora e já o saboreei com prazer.
O autor, Mário de Oliveira Saleiro, nasceu em 1912 e cursou a Escola da Vida. Foi barbeiro, almocreve, operário da construção civil e empreiteiro. Em 1940 emigrou para o Brasil, que conhece bem por ter sido viajante comercial.

O professor e historiador Ary Rodrigues da Matta disse, sobre o livro e o autor: “Se me perguntasse qual a melhor fórmula de bem conhecer e bem compreender Portugal, eu responderia: marque um encontro em terras lusas com Mário de Oliveira Saleiro, montanhês e cidadão de Pardilhó.” E acrescentou: ”Não se trata, apenas, de uma forma de cortesia. A fórmula é legítima e decorre de minha experiência pessoal, quando viajei, a seu convite, de Lisboa até Guimarães, com três pernoites em Pardilhó, seu burgo natal”.
O autor cita José Maria Gabriel, Júlio Ramos, Francisco Fateixas, entre outros, indicando-os como autores da “grandeza artística da nossa terra [Pardilhó], no ramo da construção naval”.

Fernando Martins

Nota: Se tiverem vagar, procurem ler ou reler este livrinho. A leitura fez-me evocar os tempos em que passei férias em Pardilhó na casa que foi das Oliveiras, tias da Lita, minha esposa.

ESPERANÇA







 Esperança! Esperamos ansiosamente por ela. 

quarta-feira, 12 de junho de 2024

SARDINHAS PARA TODOS OS GOSTOS


Como estamos no tempo delas, aqui fica o primeiro exemplar. Outros se seguirão, ao sabor da maré. Esta tem pernas e usa chapéu.

terça-feira, 11 de junho de 2024

É URGENTE O AMOR


URGENTEMENTE

É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

é urgente destruir certas palavras
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
                       muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras,

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.

Eugénio de Andrade