segunda-feira, 29 de abril de 2024

Dia Mundial da Dança


"A dança consegue revelar tudo o que a música esconde misteriosamente, tendo mais mérito de ser humana e palpável. A dança é poesia com braços e pernas, é a matéria, graciosa e terrível, animada, embelezada pelo movimento".

Charles Baudelaire

Funeral Marítimo


«Foi no “Santa Mafalda”. O homem apareceu morto de manhã, no beliche: Doença súbita.
O navio estava no alto mar, a mais de vinte e quatro horas de navegação para terra: era pois indicado preparar-lhe um funeral marítimo.
Assim, o cadáver foi envolto em serapilheiras e ligado com ferro, como manda a lei. Depois colocaram-no sobre um estrado, improvisado no meio do convés.
Pesarosos e confusos, os homens da companha, todos presentes, olhavam o camarada morto…
Só a liberdade bulhenta e garrida das gaivotas rasgava, com roucos gritos quase ferozes, o silêncio total a lívido.
Na ponte, o capitão leu e fez assinar por oficiais e mestres o “o protesto do mar”.
Finalmente, quem sabia ou sentia rezou pela salvação daquela alma.»

In Nos Mares do Fim do Mundo

de Bernardo Santareno

Notas: 
1- Penso que a pesca do bacalhau estará  mais humanizada;
2 - De qualquer modo, é sempre oportuno lenbrar as agruras sentidas pelos  nossos conterrêneos, mas não só, na pesca do fiel amigo.

AVEIRO - Encerramento Ano Jubilar

 


Declaração sobre a dignidade humana. 2

Crónica de  Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Como vimos, segundo Dignitas infinita (Dignidade infinita), Declaração aprovada pelo Papa Francisco, a dignidade humana é "ontológica", inalienável.
Infelizmente, essa dignidade nem sempre é respeitada. E o documento dá exemplos de "violações graves": "Tudo o que atenta contra a própria vida, como todo o tipo de homicídio, o genocídio, o aborto, a eutanásia e o próprio suicídio deliberado", tudo o que atenta contra a integridade da pessoa, como as mutilações, as torturas infligidas ao corpo e ao espírito, as coações psicológicas, as condições de vida infra-humana, as detenções arbitrárias, a deportação, a escravatura, a prostituição, "as condições laborais ignominiosas, nas quais os trabalhadores são tratados como meros instrumentos de lucro, e não como pessoas livres e responsáveis.", a pena de morte aqui, não posso deixar de lamentar que até muito recentemente o Catecismo da Igreja Católica a defendeu.

domingo, 28 de abril de 2024

A GAFANHA FOI À BULHA


A Gafanha foi à bulha
E a Barra foi acudir;
S. Jacinto teve medo,
Costa Nova pôs-se a rir...

Ó pinheirais da Ganfanha,
botai fora o nevoeiro;
quero ver o meu amor
que anda no largo de Aveiro

In Cancioneiro de Aveiro, João Sarabando; 1966

"Gafanha da  Nazaré"
Escola e comunidade numa sociedade em mudança

Jorge Carvalho Arroteia
Luís António Padal
Jorge Adelino Costa
António Maria Martins
António Neto Mendes

sábado, 27 de abril de 2024

SONETOS - Camões


Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?


Luís de Camões

NOTA: De "Os grandes livros portugueses" tentarei mostrar retalhos de vez em quando.

Depois da Festa - A vida continua

Festa na Gafanha da Nazaré

Depois da Festa, a vida continua. A Festa foi digna da efeméride que os portugueses celebraram com brio. Todos sentimos, porém, que a Abril, sinónimo de liberdade e de democracia, não é estável. É caminhada com rumo, mas sem fim à vista. O rumo está na felicidade que almejamos para TODOS.
Bom fim de semana.

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