sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Marcas do passado — Ponte da Cambeia


Aqui fica, para a posteridade, esta marca do passado — Ponte da Cambeia — que nos dava passagem para o Forte e para a ponte de madeira que nos ligava ao Farol.

Quem se recorda do professor Carlos?


Mais um emigrante, Nuno Silva, neto do professor Carlos, que me examinou na terceira classe, se me não falha a memória, teve a gentileza de me enviar fotos de seu avô. Diz-me que está a trabalhar no Brasil e que possui mais fotografias antigas.
Na foto, o professor Carlos está à esquerda. O seu bisavô, José Maria Simões, pai de Maria do Carmo, esposa, portanto, do professor Carlos, está à direita. Não conhece os dois que estão no centro.

Graças à Internet, o longe torna-se perto e em segundos podemos comunicar, conversar e trocar informações.
O Nuno disponibiliza-se para me ceder mais fotos com evocações de tempos que já passaram há muito. E pode ser que alguém consiga identificar os dois retratados ao centro.

Obrigado Nuno

O convite de Jesus: Alegrai-vos comigo

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XXIV do Tempo Comum 

Lucas, médico de grande sensibilidade e ternura, anota as “intenções” dos que seguiam Jesus e o contraste que se ia acentuando. Os indesejados da sociedade escutam-no com interesse. Os defensores da ordem estabelecida fazem-se ouvir em comentários críticos. Publicanos e pecadores aproximam-se. Fariseus e escribas distanciam-se. Jesus, como sábio narrador de contos e “histórias”, aproveita a circunstância para realçar, uma vez mais, a sua missão de dar a conhecer o autêntico rosto de Deus Pai. E que bem que o faz! - Lc 15, 1-32
Recorre a exemplos da vida corrente: pastor que busca a ovelha perdida, dona de casa que procura a moeda desaparecida, o pai de dois filhos com comportamentos diferentes. Em cada um destes casos, destaca traços que configuram o modo de ser e agir de Deus: o apreço pela harmonia e proximidade que se alteram inesperadamente: a ovelha perdida do rebanho, a dracma desaparecida na casa da dona, o jovem aventureiro ansioso de liberdade e de novas experiências.

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Dia Internacional da Alfabetização

Andei, há anos, envolvido em tarefas de alfabetização de adultos. Eram tempos de sensibilizar as pessoas para aprenderem a ler, para posteriormente se habilitarem a fazer o exame da quarta classe, necessário para ingressarem num trabalho estável, dando acesso a carreira profissional, com algumas garantias de futuro.
Andei de terra em terra pelo Distrito de Aveiro, criando e apoiando cursos, com recurso, inúmeras vezes, aos professores e párocos das freguesias, muitos deles sensíveis à problemática da alfabetização. Isto antes do 25 de Abril e ainda depois dessa data histórica.
Um dia, numa aldeia, pastoreada por um prior idoso, lancei a ideia de abrir um curso para homens e mulheres. O prior concordou e tratei de tudo para que o curso começasse a funcionar o mais depressa possível. Tudo feito, era necessário avisar a população para se inscreverem em determinado lugar, para as aulas funcionarem à noite, depois dos trabalhos. E o prior ficou encarregado de avisar nas missas, lembrando a importância de saber ler, escrever e fazer contas.
Tempos depois, apareci na freguesia para saber o resultado. E dirigi-me ao senhor prior:
— Então, senhor prior, há muitas inscrições?
E ele saiu-se com esta:
— Fiquei a pensar… O senhor acha que eu ia colaborar numa saída de casa, depois do sol posto, de rapazes e raparigas, homens e mulheres, para aprenderem a ler? Não conte comigo.

Fernando Martins

O Profeta - Da Beleza

Nas arrumações, veio à minha mão "O Profeta" de Khalil Gibran. E deparei com a página Da Beleza. Aqui partilho umas frases que podem ser ponto de partida para um qualquer momento de reflexão.


Depois, um poeta disse-lhe: Fala-nos da beleza. E ele respondeu:
«Onde procurais a beleza e como a encontrareis se ela não for o vosso caminho e o vosso guia?
E como falareis dela se ela não for o artesão que tece os vossos discursos?

O aflito e o ferido dizem:
«A beleza é a ternura e a doçura,
qual jovem mãe tímida no seu esplendor, ela caminha entre nós.»

E o irascível diz: 
«Não, a beleza é poder e terror.
«Tal como a tempestade, ela agita a terra por debaixo de nós e o céu sobre nós.»

O cansado e o fatigado dizem: 
«A beleza é um doce murmúrio, ela fala à nossa alma.
«A sua voz ecoa aos nossos silêncios, qual luz tímida que palpita por medo da sombra.»

Mas o inquieto diz: 
«ouvimos os seus gritos nas montanhas,
«e com os seus gritos veio o ruído dos passos, o esvoaçar das asas e o rugir dos leões.»

(...)

Arrumar é preciso

Mais uns dias e tudo estará arrumado

Ausente dois dias deste meu espaço de partilhas por motivo de arrumações, retomo o trabalho. Arrumar é preciso de vez em quando, sobretudo porque gosto de mudanças. Os mesmos ambientes cansam-me. O mais do mesmo mexe comigo. É da minha natureza. E ganho sempre quando altero os meus hábitos.
Estou no meu sótão, apesar de se tornar perigosa a subida, no dizer dos meus, mas com cuidado cá estou.
Nesta altura, procuro recantos para arrumar papelada, mas demora,  porque revistas, discos, CD, fotografias, velharias,  livros e demais objetos carregam memórias, encontros, amizades e participações pessoais em diversas frentes. E é tudo isto que me  dá vida.

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré

Consulta de jornais
e requisição de livros


Desde fevereiro, a Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré [Centro Cultural] disponibiliza a consulta de jornais diários e a requisição de livros, DVD e CD, através da Biblioteca Municipal de Ílhavo.
O horário de funcionamento é de terça a sexta-feira, entre as 10h e as 13h e as 14h e as 18h30. Mais informações biblioteca_municipal@cm-ilhavo.pt ou pelo 234 321 103.
Lembramos que  leitura dos jornais e livros nos ajuda a compreender o mundo do qual fazemos parte como membros responsáveis e solidários.