sábado, 21 de dezembro de 2019

Exageros natalícios




14 de Dezembro

«Entro suspeitoso nesta terrível quadra do Natal. Dantes, o Natal era uma festa que se celebrava entre portas, com a família. Hoje, é um espectáculo. Iluminações em que as autarquias gastam o que têm e o que não têm, carrosséis, coretos, pavilhões e até pistas de gelo. Será isto o que nós esperávamos da democracia?» 

Vasco Pulido Valente, no PÚBLICO 

Facebook 

«Fernando: Tu, cujas palavras são lidas e aceites por toda a gente, porque não escreves um artigo sobre a importância da árvore de Natal nesta quadra? É que eu vi umas iluminações que custaram 1.000.000 de euros e tanta gente ficou de boca aberta gritando: Ai que lindo! Ou sou eu que sou do contra? O teu Menino de Jesus queria mesmo isto? Na Aldeia do meu sogro fizeram um Presépio Gigante no Largo do Cruzeiro… não está mais correcto?» 

Zé, um amigo 

Nota: Duas notas que dizem muito e até são coincidentes, apesar das tendências políticas de cada um. O primeiro dirige-se à democracia e o segundo ao meu Menino Jesus. Ao Zé, respondi que os exageros nesta quadra nada têm a ver com a humildade que o Menino quis deixar-nos como herança. Eu sei, como toda a gente sabe, que há exemplos claros de singeleza nas festas natalícias, mas não ignoro que há excessos em cada canto. 

Bom Natal para todos.

F. M. 

Natal de 2019 - Que o céu se abra...

Mensagem de D. António Couto, bispo de Lamego



Que o céu se abra,
E que o orvalho desça
Sobre esta terra dura e seca,
Com as mãos em prece,
Pois vê-se que carece
De paz
E de ternura.

Que o Teu orvalho desça,
Mas desce Tu também,
Menino de Belém,
Por essa escada
Rendilhada
De água pura.
E não Te esqueças
De que está na altura
De vires nascer em Belém
E aqui também.

Por isso Te espero
Com a alma acesa,
O pão na mesa,
Os pés ao borralho.

Vem depressa, Menino,
E não te percas na confusão
Do trânsito
Da circunvalação
Ou da televisão.
Mete logo pelo atalho
Do presépio de musgo e de cascalho,
Que com oração e trabalho,
Abri no coração.

Vem, Senhor Jesus,
E enche de luz o nosso tempo,
Segundo a segundo,
Momento a momento.

NOTA: Poema e foto da ECCLESIA

A noiva de José é a Mãe de Jesus

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo IV do Advento


Maria e José são noivos. Têm um projecto de vida definido e estável, de amor mútuo fiel e definitivo. Sabiam o que pretendiam e observavam as normas que configuravam o seu estatuto na sociedade judaica. A sua opção pelo casamento era reconhecida oficialmente. Viviam o sonho feliz de constituir uma família. Apenas aguardavam o tempo de receber, segundo os ritos religiosos, as bênçãos de Deus, de celebrar, com os familiares e amigos, a festa do amor recíproco, de iniciar a vida em comum e a convivência na mesma casa. Que actualidade mantém este modo de viver o noivado, de fazer os esponsais, de se inserir na sociedade, de ser membro da comunidade religiosa e cristã! Que exemplo para os noivos de todos os tempos!
É neste projecto de vida que ocorre o “inesperado”. O enviado de Deus convida Maria para ser a Mãe de Seu filho. Esta fica perturbada e faz perguntas. Recebe respostas esclarecedoras que a levam a assentir. E entrega-se incondicionalmente a esta sublime missão. José, seu noivo, fica perplexo. Não sabe o que fazer. Sofre em silêncio o desconforto em que se encontra. Congemina saídas airosas e legais. Quer salvaguardar o mais possível a honra da sua noiva. A sua atitude é compensada num sonho em que o enviado de Deus lhe dá explicações de tudo. Mt 1, 18-24.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Senos da Fonseca - NATAL


Postal Ilustrado - Jardim Oudinot espera mais animação

Jardim Oudinot - Um desafio ao nosso espírito convivial
Com os tempos e as circunstâncias mudam-se os hábitos. Há décadas, antes da televisão e dos cafés, na Gafanha da Nazaré e decerto noutras paragens, as pessoas viviam mais para a família e nalguns casos para tarefas eclesiais, mas também sociais, desportivas e profissionais. Sem telemóveis e aparentados, sem Net nem cinemas, sem iluminação pública nem divertimentos sofisticados, poucos convívios havia com a intensidade dos tempos atuais. A noite chegava ao sol-posto e a casa se regressava para cear (hoje jantar). De forma que, os mais necessitados de conversa por razões várias tinham espaços de encontro, um pouco por toda a nossa terra, à sombra de tavernas, cuja hora de fecho Salazar decretou para as 20 horas. Mas tudo isso já lá vai há muito tempo.

*****

Quando se fala de antigas centralidades, elas existiram, mas os cafés e similares, que se multiplicaram por todos os cantos, substituíram-nas com muitas vantagens. Os ainda conhecidos lugares da Gafanha da Nazaré — Cale da Vila, Chave, Cambeia, Bebedouro, Marinha Velha, Praia da Barra e Forte — tiveram, realmente, identidades próprias, que entretanto se diluíram, porque novas gentes e o batismo das ruas, alamedas, praças, jardins e largos os dispensaram com naturalidade e muitas vantagens.
Nasceu, entretanto, uma nova centralidade, o Jardim Oudinot, que visitamos frequentemente, havendo festas programadas por entidades da nossa freguesia, mas também concelhias e até regionais, delas se destacando o Festival do Bacalhau.
Pensamos que ainda não criámos o hábito de passar por lá regularmente para caminhar, arejar saborear a maresia e conviver, embora haja bar, pescadores que nos dão lições de persistência, espaços para crianças e jovens, o Navio-museu Santo André, o farol à vista, barcos que passam, ciclistas que batem recordes na arte de emagrecer e silêncio para quem o deseja ou procura.
Sabemos que o inverno não inspira confiança nem sabe fazer convites a quem gosta de passear, mas também sabemos que urge aproveitar os espaços públicos que possuímos, olhando para eles como dádiva que não pode ser menosprezada.
Também sabemos que muitas entidades da nossa região organizam encontros e festas para os seus consócios e amigos, mas importa realçar que será uma pena sentir que o Jardim Oudinot ainda está, a nosso ver, subaproveitado. Vai melhorar, disso temos a certeza.  O tempo o dirá.

Fernando Martins

NOTA: Texto e foto publicados no TIMONEIRO de dezembro.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Em 22 de dezembro, outro galo cantará!



Espero ansioso pelo dia 22 deste mês. Estou cansado da noite... os dias com luz solar vêm diminuindo e a 22 de dezembro teremos o dia mais pequeno do ano. Consequentemente, nessa mesma data, percebemos que estamos na maior noite. É, realmente, muita noite para quem gosta mais do dia, com o sol a iluminar caminhos e aconchegar corações. A noite, com a sua escuridão, torna-nos mais tristes, com horizontes mais curtos. No meu caso, com a escuridão ou falta da luz solar, fico mais sonolento e mais tristonho, porventura mais nostálgico. 
A partir do dia 22, o tal solstício de inverno, os dias começam a crescer e outro galo cantará. A luz inicia o seu ataque à  escuridão. O dia vence a noite. Olhamos ansiosos para o futuro com primavera e verão à vista.  

F. M. 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

É bom saber – Preservação do ambiente

Praia da Barra com Farol (foto da CMI)

No mês de novembro, os alunos do Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré participaram numa série de atividades relacionadas com a preservação do ambiente. No âmbito da Ciência Viva, foi organizada uma visita de estudo à EPADRV, destinada a alunos do terceiro ciclo, em especial do 8.º ano, mas que contou também com alunos do 7.º e 9.º anos que pertenciam ao clube Ciência Viva. Este mesmo clube, juntamente com o Eco-Escolas, convidou o movimento Não Lixes, na figura de Fernando Jorge Paiva, a fazer uma apresentação na escola, destinada essencialmente a despertar consciências – Ação de Sensibilização sobre lixo marinho destinada a alunos e Encarregados de Educação. 
Na semana da Terra e do Mar Foram plantadas árvores autóctones, ação destinada aos delegados ambientais de cada turma e a alunos do Clube de Ciência Viva. Ainda inserida nas atividades da referida semana, alguns alunos e professores participaram na limpeza da praia da Barra. Finalmente, na última semana do mês, membros do Clube de Ciência Viva, em parceria com a Bioliving, plantaram e semearam, com moliço e composto, na estufa da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré. 
No dia 22 de novembro, no Museu Marítimo de Ílhavo, recebemos as oito Bandeiras Verdes - uma por cada estabelecimento que faz parte do nosso Eco-Agrupamento, num Eco-Município. O Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré participou na apresentação pública da Estação Náutica do Município de Ílhavo (ENMI) tendo assinado, em conjunto com cerca de duas dezenas de empresas e instituições, o respetivo protocolo de certificação no âmbito da “Rede Estações Náuticas de Portugal” da Fórum Oceano – Associação da Economia do Mar. 

Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré 


Nota: Publicado no jornal “Timoneiro” de dezembro

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