sexta-feira, 29 de março de 2019

Anselmo Borges em Caminhos para a Liberdade

Feira de Março: E cumpriu-se a tradição…

A Lita prefere os doces...
Eu vou mais para os petiscos
Em maré de ensaios 

Onde saboreámos as farturas
Tendas para todos os gostos 
E cumpriu-se a tradição: Fomos à Feira de Março e comemos farturas. Apreciámos o ambiente e vimos caras conhecidas. Comes e bebes por cada canto, diversões em maré de espera e de ensaios. Sim… de ensaios, porque há equipamentos mecânicos que têm de funcionar com garantias a nível de segurança. Tendas de tudo e mais alguma coisa, da nossa região e de outras. Há gente, naturalmente, que governa a vida nas feiras de forma permanente. Do outro lado da rua, num espaço próprio, assentaram um bairro de “moradias” dos feirantes.
Nos pavilhões, lá estavam os mostruários de indústrias, não apenas do nosso distrito, mas de outros. Ou do nosso distrito que se expandem para além dele. “Passamos a vida nas feiras”, disse um. Vieram de outras regiões, percebemos nós. 
À chegada, foi difícil arrumar o carro perto dos portões de entrada, como aconselhava a nossa idade. E entrámos. Fomos, primeiramente ao que íamos: Ás farturas, está bem de ver. E entrámos no espaço habitual deste doce típico à moda de Lisboa, onde pontificavam rostos na confeção e no serviço que nos eram familiares. E comemos as ditas com apetite… redobrado, que isto é só uma vez por ano. Já agora, peço ao meu médico que me não ralhe por esta confissão livre e espontânea. Quem se confessa, pode contar sempre com a absolvição, porque estes pecadilhos não são mortais. Não passam de veniais, como aprendi na catequese da senhora mestra. 
A Feira de Março, que se prolonga até finais de Abril, tem programação adequada para animar a vida. A folia, com regra, não faz mal a ninguém. Os ensaios e afinações estavam a decorrer e prometia noite para aquecer o ânimo de algumas agruras. À entrada da Feira, quando saímos, já se cobravam os bilhetes de ingresso. Antigamente, lá muito para trás, que me lembre, as entradas eram livres. 
Os nossos olhares fixaram-se em sonhos e em memórias de outros tempos que voltaram à tona como se fora maré viva. Garantida está, se Deus quiser, a próxima visita, em 2020, número redondo, que trará outros prazeres, se a Câmara de Aveiro puder ajudar com algumas inovações, que não sei se tal será possível.
Cumprida a promessa, o regresso foi lesto, que a resistência física, na nossa idade, atingiu os limites. 
Boa Feira de Março para todos. 

Fernando Martins

Farol da Barra de Aveiro à vista


Para nós, os da ria e do mar, o Farol da Barra de Aveiro é uma das nossas grandes referências. E como assim é, julgo que indiscutivelmente, onde quer que estejamos, estaremos sempre com olho nele, tanto quanto for possível. De longe, aqui fica a foto que captei um dia destes, apesar de a minha máquina ter apenas o nível de um amador.

Georgino Rocha: Abraço do Pai acolhe Filho reencontrado



«“O meu filho voltou à vida. Foi reencontrado. Façamos festa”. O símbolo não podia ser mais rico. O rosto de Deus que Jesus anuncia fica bem desenhado. Captemos o seu sentido. Vivamos a sua misericórdia. Deixemo-nos envolver pelo seu abraço de reconciliação sanadora»

A parábola do “filho pródigo” atinge o seu momento mais expressivo no abraço do Pai que, pacientemente esperava o seu regresso. A narração é uma maravilha saída da pena de Lucas. A mensagem é um primor que Rembrandt visualiza de forma magistral. Os protagonistas apresentam traços humanos do rosto de Deus que Jesus insistentemente quer que os seus interlocutores acolham, admirem e apreciem. A Igreja prolonga na história a missão de Jesus e esforça-se por lhe ser fiel e por fazer brilhar em si e nos seus membros a ternura, o calor e a misericórdia que transparecem naquele gesto familiar. Os cristãos ficam constituídos em seus discípulos missionários pelo estilo de vida e pela prática de obras de justiça impregnada de amor de serviço generoso.
Assim o proclama o Papa Francisco que, no passado dia 25, no Santuário de Loreto, na Itália, assinou a exortação pós-sinodal sobre os Jovens e afirma que a preocupação do seu novo texto é ajudar as novas gerações no processo de “escuta da palavra-projeto de Deus”, discernimento e decisão, envolvendo os diversos campos da pastoral da Igreja – juvenil, vocacional e familiar”. E acrescenta: “A família e os jovens não podem ser dois setores paralelos da pastoral das nossas comunidades, mas devem caminhar juntos, porque muitas vezes os jovens são aquilo que uma família lhes deu, no período de crescimento”. Bela e oportuna coincidência!

quinta-feira, 28 de março de 2019

Maria Rueff: «Tenho uma relação de “tu” com Deus»

Maria Rueff com Maria João Avillez
«Tenho uma relação de “tu” com Deus, ou seja, é como se falasse com alguém francamente familiar», afirmou esta quarta-feira Maria Rueff, para quem Ele «é uma presença de todas as horas», «um amigo» que «dá provas e pistas». A atriz foi a primeira convidada da iniciativa “E Deus nisso tudo?”, ciclo de conversas da jornalista Maria João Avillez com personalidades do mundo da arte, política, ciência e economia, acolhido pela paróquia do Campo Grande, em Lisboa. «No meio teatral, embora haja muitos católicos, estamos normalmente rodeados de ateus. E eu lembro-me da pergunta do papa Francisco, «quem sou eu para julgar?», e portanto também não julgo ninguém. E tenho a enorme felicidade de ter muitos amigos à minha volta que não creem, de também não me julgarem.»

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quarta-feira, 27 de março de 2019

Miguel Torga gostou desta terra



In "Para a imagem antiga de Aveiro - O Postal Ilustrado", Catálogo da Exposição 10-24 de Março de 1984, da ADERAV

Mário Sacramento faleceu há 50 anos

Mário Sacramento e esposa

No dia 27 de março de 1969, faz hoje precisamente 50 anos, faleceu o Dr. Mário Emílio Sacramento, natural de Ílhavo, onde nasceu em 1920, tendo exercido em Aveiro a sua profissão de médico competente e atencioso, desde 1957. 
Humanista de formação marxista, desde cedo se afirmou como opositor ao Governo de Salazar, o que o levou várias vezes à prisão. Figura de militância no Partido Comunista Português, esteve sempre presente nos Congressos de Oposição Democrática realizados em Aveiro. 
Temido pela força dos seus escritos, que tantas vezes foram de difícil publicação pela ação controladora da PIDE, ainda assim deixou importantes contributos literários que, em grande parte, só viram a luz do dia após a sua morte. 
Da sua obra, destaco: "Fernando Pessoa - Poeta da hora absurda", "Fernando Namora - O Homem e a obra", "Há uma estética Neo-realista?", "Carta Testamento" e "Frátria - Diálogo com os católicos ou talvez não", de parceria com o Padre Filipe Rocha e Dr. Mário Rocha. 
Após o 25 de Abril, o seu nome emergiu como bandeira da resistência, em diversas homenagens póstumas, figurando hoje na toponímia das cidades de Ílhavo e de Aveiro. 

FM 

Nota: Texto escrito há anos no meu blogue. Reedito-o hoje, com as devidas alterações, em homenagem a um homem que se fixou no meu espírito com a ajuda de sua esposa e minha professora, Cecília Sacramento, de saudosa memória.

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