sábado, 4 de abril de 2015

VIDA NOVA: A CORRIDA DA PÁSCOA

Reflexão de Georgino Rocha



A manhã do primeiro dia da semana deixa transpirar um ambiente novo, segundo narra São João. Jo 20, 1-9. Ao desânimo do Calvário sucede o ardor diligente de Madalena, de Pedro e do discípulo que Jesus amava. Ao silêncio da morte sofrida responde o hino vibrante da vida nova. Ao túmulo fechado pela pedra corresponde agora o sepulcro aberto, “escancarado”, vazio pela ausência de quem lá tinha sido depositado. A desolação dolorosa e mortiça dá lugar à curiosidade efervescente avivada pela saudade. 

A escuridão do espírito começa a dissipar-se pela luz da aurora nascente. A vontade deixa-se moldar pelo ritmo do coração. E um novo movimento acontece: a corrida da Páscoa que iniciada em Jerusalém comporta um dinamismo envolvente de todo o mundo e de toda a história. O Senhor ressuscitou. A morte foi vencida. A causa defendida por Jesus é oficialmente confirmada por Deus. O presente abre-se a um futuro radioso que se antecipa. A esperança germina e floresce em situações humanas concretas. As flores da vida nova estão por aí, não as vedes? E não conseguis do que vedes ao que não vedes?

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Morreu Manoel Oliveira




A comunicação social já disse muito acerca da morte de Manoel de Oliveira, o mais idoso realizador de cinema do mundo, com 90 anos de vida envolvida por filmes, longas e curtas-metragens. Mas há um pormenor que me apraz registar, que é o seu prazer pelo trabalho. Parar é morrer, disse ele, com propriedade, dando o exemplo que a todos nós servirá de lição para a vida. Também disse que, quando nascemos, já sabemos que a morte é um ponto final garantido. Que o seu exemplo nos estimule a vencer barreiras de desânimo e nos leve a enfrentar desafios, constantemente, na certeza de que a vida é mesmo para ser vivida.


terça-feira, 31 de março de 2015

E se Jesus não houvesse ressuscitado?

Um texto de Paulo Rangel 
no PÚBLICO


Pietá de Miguel Ângelo

«Já a Pietà, conservando Cristo morto, no regaço da mãe, é o momento de total desamparo e da mais absoluta humanidade de Jesus. É o momento mais humanamente humano de Jesus, com Jesus despido, exangue e inerte, à nossa inteira mercê. Nela está a intimidade do abandono, o ventre da desolação, o útero da compaixão, o colo dos seres últimos, de todos os seres últimos.»

segunda-feira, 30 de março de 2015

Universidades portuguesas entre as melhores do mundo

As Universidades de Aveiro, Coimbra, Lisboa, Minho, Nova de Lisboa e Porto destacaram-se no maior estudo do mundo sobre instituições de Ensino Superior de 2015.


Um pormenor da UA

Os meus parabéns às universidades portuguesas de mérito reconhecido.Mas perdoem-me uma felicitação especial para a Universidade de Aveiro.

Li aqui


Semana Santa, rumo à ressurreição de cada um de nós



Estamos na Semana Santa, também chamada Semana Maior. Semana de silêncio, meditação, oração e de certeza de que a Ressurreição de Jesus, ano a ano renovada no coração dos crentes, está próxima, para júbilo de quantos acreditam que a vida de cada um de nós  é sempre um recomeço. Jesus Cristo, um marco histórico indiscutível, é luz do mundo que anuncia Boas Novas a todos os homens e mulheres de boa  vontade, para glória de Deus e redenção de toda a humanidade, derrotando as nossas fragilidades que tornam agreste  a nossa sociedade. A Semana Santa, vivida e sentida na humildade, leva-nos mais até aos que sofrem no corpo e na alma as incompreensões dos egoísmos. Santa Páscoa para todos na alegria de Cristo Ressuscitado 

domingo, 29 de março de 2015

Naquele tempo... Não! Hoje

Crónica de Frei Bento Domingues 
no PÚBLICO

1. “Sejam quais forem os fenómenos inesperados do futuro, Jesus não será ultrapassado. O seu culto rejuvenescer-se-á constantemente; a sua lenda provocará lágrimas sem fim; o seu sofrimento enternecerá os corações mais bondosos, todos os séculos proclamarão que entre os filhos dos homens, nunca nasceu um maior do que Jesus.” Cito estas palavras de Ernest Renan escritas, em 1873, no final da sua pouco ortodoxa Vida de Jesus, porque são belas.
É verdade que essa obra já está muito longe das últimas vagas de reconstruções históricas das origens do cristianismo, nascido no mundo judaico e greco-romano no Ano I, um dos mais importantes da História universal.
Foi em referência a Jesus de Nazaré que surgiu o movimento religioso mais significativo do Ocidente e provavelmente o de maior influência cultural e social do mundo. Isto, apesar dos crimes anticristãos que, em seu nome, foram cometidos.

sábado, 28 de março de 2015

E SE DEUS FOSSE MÃE?

Crónica de Anselmo Borges 

Anselmo Borges


1- Os crentes sabem que Deus não é masculino nem feminino, pois está para lá da determinação sexual. No entanto, é preciso tentar representá-lo, figurá-lo, dizê-lo, pois aquilo de que nada se pode pensar nem dizer não existe para nós. O que será sempre necessário é ver nessas imagens apenas isso: imagens, que não podem ser reificadas, já que apenas apontam para o Mistério último, para o Sagrado, do qual se espera sentido, sentido último e salvação, sempre indizível, sempre para lá de tudo quanto se possa pensar e dizer.
Essas representações são sempre condicionadas pelo espaço e pelo tempo, pela cultura, pela sociedade, pela história, ao mesmo tempo que condicionam elas próprias a história, a cultura, a sociedade, a visão do mundo. Para dar um exemplo: se, no quadro da cultura ambiente cristã, em vez de se rezar o pai-nosso se rezasse a "Mãe Nossa": "Mãe Nossa, que estais no Céu, santificado seja o vosso Nome...", que influência teria essa formulação da oração característica dos cristãos na sua visão do mundo humano e do próprio cosmos, na sua vivência das relações entre homens e mulheres, na economia, na educação, no exercício do poder?

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