sábado, 28 de junho de 2014

ESTÓRIA IGUAL A TANTAS OUTRAS

No meu novo blogue, Memórias Soltas, estou a publicar apenas, e já não é pouco, estórias e contos.Hei de falar de pessoas e vivências várias que guardei na gaveta das boas recordações. Hoje postei O Regresso do Irmão Pródigo, retrato com alguma ficção de uma vida igual, decerto, a tantas outras. 

INFINITO AMOR DE DEUS


"O homem não pode cometer pecado 
capaz de esgotar o infinito amor de Deus"

Fiódor Dostoiévski, 
1821-1881

OS PERIGOS DE UM HOMEM LIVRE

Crónica semanal de Anselmo Borges 

no Diário de Notícias


«O que move Francisco é o bem-estar de todo o ser humano, que deve ocupar o centro. Por isso, "não se pode entender o Evangelho sem a pobreza, mas é necessário distingui-la do pauperismo. Eu creio que Jesus quer que os bispos não sejam os príncipes, mas servidores. Creio que estamos num sistema mundial económico que não é bom. No centro de todo o sistema económico deve estar o homem, o homem e a mulher, e tudo o resto deve estar ao serviço deste homem.»

FELIZ ÉS TU, SIMÃO PEDRO!

Reflexão semanal de Georgino Rocha


«Dois apóstolos admiráveis que a Igreja celebra na mesma festa. A ambos custou muito entender a novidade de Jesus: estavam amarrados a tradições religiosas ancestrais, defendiam o cumprimento literal das leis, esperavam ver desaparecer os inimigos e triunfar o reino por eles idealizado, de acordo com as tradições. Pedro chega a arvorar-se em mestre de Jesus que lhe dá uma reprimenda inigualável. Paulo orgulha-se da sua formação na escola de Gamaliel e de outros títulos de glória, mas, uma vez convertido a Cristo, considera tudo lixo, pois só quer saber de Jesus e de Jesus cruxificado.»

sexta-feira, 27 de junho de 2014

ELOGIO DO PÉ

Um texto de Leonardo Boff


Em tempos de Copa Mundial de Futebol, o pé é o que conta de verdade. Pois é com o pé que ganham ou se perdem partidas de futebol e eventualmente a Copa.
Entretanto, se algum extra-terrestre viesse à Terra e reparasse como os humanos tratam os pés, suspeito que ficariam escandalizados. Parece que os consideram a parte menos nobre do corpo pois os escondem. Pior, tentam sufocá-los com um pedaço de pano, chamado de meias. Depois estrangulam-nos com algo mais duro, de couro, os sapatos. E não contentes, amarram-nos com finas cordas, os cadarços, para se assegurar que não vão se libertar. E por fim, colocam todo o peso do corpo em cima dos pés, obrigando-os a cheirar o pó dos caminhos, a sofrer a dureza das pedras, a sentir o mau cheiro de tanto lixo jogado no chão.

A CONDUTA


"A conduta é um espelho em que cada um mostra a sua imagem" 

Johann Wolfgang von Goethe 
1749 - 1832

quarta-feira, 25 de junho de 2014

POSTAL ILUSTRADO: GAFANHOA À ESPERA DO MOLIÇO

Gafanhoa à espera do moliço

Esta imagem é por demais conhecida dos gafanhões, sobretudo dos mais antigos, que, a partir dela, poderão, porventura, com alguma nostalgia, recordar tempos de vida dura para muitos, em especial para os que viviam da e para a agricultura. Para esses, não seriam tempos de fome, que a terra sempre daria o indispensável para viver com alguma dignidade, mas nunca seriam tempos de luxos, de dinheiro para comodidades como as que temos hoje à nossa disposição. 
A gafanhoa, mulher de casa, de filhos e de lavoura, lá está com o seu carro de bois à espera do moliço para fertilizar os solos areentos e esbranquiçados onde, afinal, se podia cultivar quase tudo, com «sangue suor e lágrimas», no dizer certeiro e aqui adaptável do multifacetado Winston Churchill, estadista e artista inglês. 
Descalça, lenço na cabeça, com a ria serena e ainda não poluída a seus pés, pronta a carregar o moliço que haveria de dar viço às culturas nos areais dunares das Gafanhas, que são hoje solo ubérrimo.
Em hora de descanso, lá está, solitário, um moliceiro, esperando a maré para avançar rumo a mais uma faina nas águas remansosas da laguna que têm dado vida a tantos povos ribeirinhos.

Fernando Martins