sábado, 26 de outubro de 2013

Reestruturação das IPSS


Novos pobres exigem
novas respostas sociais




O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, anunciou a criação de um fundo destinado às IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social). Trata-se de uma medida justa e mais do que necessária há muito tempo, já que são as IPSS, com outras instituições, quem mais apoia os empobrecidos de Portugal. Todas nascidas da solidariedade do povo português, de inspiração cristã mas não só, as IPSS, bem como as Misericórdias, respondem no dia a dia a dificuldades de vária ordem, fundamentalmente das famílias, quantas vezes sem participações do Estado, lutando, por consequência, com enormes obstáculos. 
Todos sabemos que o endividamento do Estado Português gerou mais pobreza no país, estando à vista de quem quer ver a fome que grassa nas nas comunidades, por força da falta de empregos, de baixíssimos salários e de ordenados em atraso. E não é por acaso que cresce sistematicamente o número dos que recorrem às IPSS, lutando estas com falta de meios, tanto mais que muitas nem sequer possuem estruturas que enquadrem os novos pobres. Daí a premência da reestruturação das instituições sociais. 

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A estranha vida da RTP

«Na pessoa do ministro Poiares Maduro, o governo decidiu que o futebol era de "interesse público" e que, portanto, a RTP devia apresentar um jogo por semana. Considerando, como disse Morais Sarmento, que um jogo verdadeiramente importante custa entre 350.000 e 400.000 euros, a RTP vai ficar sem uma boa parte do dinheiro que o contribuinte agora lhe dá. Mas não é preciso esperar pelo futuro: já hoje a programação do canal 1 e do canal 2 roça a pura miséria. A miséria de cultura e a miséria de meios. Como qualquer outra empresa, a televisão do Estado precisa de estabilidade institucional, de financiamento fácil e barato e, sobretudo, de talento, sempre muito caro. Na falta quase absoluta desta base primária, a degradação da RTP não pára manifestamente de se agravar.»

Vasco Pulido Valente, no PÚBLICO

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O mal e Deus: com Valter Hugo Mãe

Crónica de Anselmo Borges
no DN de sábado
Anselmo Borges



1. Foi um convite amável e insistente. Para uma conversa com Valter Hugo Mãe. Na Universidade de Aveiro, no dia 8 de Outubro. O tema: Mal.
O que é que se diz sobre o mal? Comecei por recordar que há muitos tipos de mal: o mal físico, o mal moral, o mal metafísico, o mal fora de nós, o mal em nós..., chamando sobretudo a atenção para o facto de, se estávamos ali para essa conversa-debate, é porque nos sentíamos razoavelmente, com algum conforto e sem grandes aflições. Porque, quando o mal se abate sobre nós - um cancro, um terramoto, um tsunami, um filho que se nos morre desfeito em dores e perante a nossa impotência total, quando nos destruímos mutuamente, quando tudo se afunda sob os nossos pés, quando o futuro todo se apaga... -, aí gritamos, choramos, blasfemamos, rezamos..., não debatemos.

SOU PECADOR, PERDOA-ME, SENHOR



Georgino Rocha


Esta declaração e petição surge na parábola de Jesus narrada no fim da sua viagem para Jerusalém. É feita por um publicano, homem malvisto pelo povo devido à sua profissão de cobrador de impostos. Brota de um coração humilde e confiante em Deus compassivo e misericordioso. Fica na memória dos discípulos de Jesus como referência fundamental para quem quer reconhecer-se no seu ser mais autêntico e profundo. Entra na liturgia e é rezada com frequência no início da celebração eucarística/missa. E, com verdade, pode ser repetida muitas vezes por quem for honesto e leal consigo mesmo.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A honra e a lei


"A honra proíbe ações que a lei tolera"


Séneca (4 a.C.-65 d.C.)

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Poesia para este tempo




CANÇÃO DE OUTONO

No jardim deserto,
Já Novembro perto,
Desfolhei as rosas últimas a dar,
Joias maltratadas,
Rosas desfolhadas!
Só o seu perfume vai ficar no ar.

Recolhi versos
– Breves universos –
Que atirara ao vento para os espalhar.
Queimei-os, rasguei-os.
Secaram-me os seios…
Só rimas e ritmos vão ficar no ar.

Saudades, lembranças
De vãs esperanças,
Fiz covais no peito para os enterrar.
Nada mais me importa.
Fechem essa porta!
Só um pó doirado vai ficar no ar.

José Régio


No “Música Ligeira”

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A nossa ria sempre presente





A nossa ria está sempre em cada um de nós. Barcos, barquinhos, navios, velas, mastros, moirões, pontes, água e casario que a envolve enchem-nos o espírito. Em dia de chuva, que é também um convite ao recolhimento e à organização de arquivos eternamente em desalinho, descobri esta foto que aqui partilho.


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