sábado, 13 de outubro de 2012

BOM MESTRE, QUE HEI-DE FAZER?


Por Georgino Rocha




Esta pergunta existencial é emblemática da condição humana. Feita no tempo de Jesus, percorre toda a história. Um homem sem nome simboliza a pessoa que toma consciência das suas aspirações mais profundas. A pressa no correr marca o ritmo do coração. O gesto de se ajoelhar manifesta a humildade da procura e a confiança do encontro. O apelativo “bom mestre” desvenda o segredo que o anima na sua busca inquietante: alcançar a vida eterna. A pergunta é pertinente e decisiva e a resposta ansiosamente aguardada.

Jesus acolhe-o com solicitude e sintoniza com o seu desejo mais profundo. Centrado na bondade, inicia o diálogo e eleva o referencial. “Ninguém é bom senão Deus”. E reconhece a sua honradez expressa na prática dos mandamentos. Aprecia o seu amor à vida, a fidelidade conjugal, o respeito pelos bens dos outros, o amor à verdade, a honestidade, a dedicação solícita ao pai e à mãe. Olha-o com simpatia e faz-lhe uma proposta aliciante e exigente: libertar o coração da “amarra” das riquezas e servir os pobres com os seus bens. Esta é a “coisa” que lhe falta para ter um tesouro mais valioso, a vida eterna. Esta é a atitude mais indicada para satisfazer a aspiração mais profunda do coração e realizar o desejo mais forte de felicidade.

11 de Outubro de 1962

Por Anselmo Borges,
no DN



Devemos discordar desses profetas das desgraças, que anunciam acontecimentos sempre funestos, como se o fim do mundo estivesse próximo." A Igreja quer ir ao encontro dos homens nas suas alegrias e esperanças, nos seus problemas e dificuldades. "Nos nossos dias, a Igreja de Cristo prefere usar mais o remédio da misericórdia do que o da severidade: julga satisfazer melhor às necessidades de hoje mostrando a validade da sua doutrina do que condenando erros."

Foi com estas palavras que o Papa João XXIII inaugurou há 50 anos, precisamente no dia 11 de Outubro de 1962, o Concílio Ecuménico Vaticano II, um dos acontecimentos maiores do século XX - o Presidente da França, Charles de Gaulle, considerou-o "o mais importante". Nele, como ironicamente escreveu a Der Spiegel, deu-se "uma viragem copernicana, na qual Roma confessou que o Céu talvez ainda gire à volta da Basílica de São Pedro, mas a Terra não".

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Bagão Félix: subida dos impostos é “napalm fiscal” devastador

«Os aumentos de impostos anunciados para o Orçamento do Estado para 2013 (OE2013) representam “napalm fiscal”, ou um sismo fiscal de magnitude oito, com efeitos devastadores sobre a economia, segundo Bagão Félix, conselheiro de Estado e antigo ministro da coligação PSD-CDS.»

«António Bagão Félix (CDS), deu entrevistas à SIC Notícias e à agência Lusa com posições muito críticas sobre o que o Governo preparou para o OE2013 em termos de austeridade fiscal.
“A ideia que se dá ao País é que não vale a pena investir no futuro, no trabalho, na dedicação, no profissionalismo, no êxito, no sucesso. Não, não vale a pena. Porque, a partir de uma determinada altura, é um napalm fiscal, arrasa tudo. É devastador”, disse o antigo ministro das Finanças e da Segurança Social, ontem à noite na SIC Notícias.
“O que nós estamos em presença é de um terramoto fiscal. A única dúvida é, na escala de Richter, se é 7, que é destruidor; se é 8, que é devastador. Porque isto dá cabo da economia”, disse na mesma ocasião, e também na entrevista à Lusa.«

Provérbio para a crise

«Confiar no futuro mas pôr a casa no seguro»



NOTA: O problema é que às vezes não pensamos no futuro e apenas e só olhamos para o presente. O mal está aí. 


Li no Almanaque Bertrand, nº 72

«Deserto» espiritual ameaça humanidade

Por Octávio Carmo,
no Vaticano



Ano da Fé e 50.º aniversário da abertura do Vaticano II apelam à redescoberta do legado conciliar face ao «vazio» da sociedade




«Bento XVI desafiou hoje os católicos a enfrentarem o avanço da "desertificação" espiritual que se espalhou pelo mundo, nas últimas décadas, e reafirmou a atualidade do trabalho realizado no Concílio Vaticano II (1962-1965), inaugurado há 50 anos.
“Qual seria o valor de uma vida, de um mundo sem Deus, já se podia perceber no tempo do Concílio a partir de algumas páginas trágicas da história, mas agora, infelizmente, vemo-lo todos os dias à nossa volta: é o vazio que se espalhou”, alertou o Papa, na homilia da Missa a que presidiu na Praça de São Pedro, para a inauguração do Ano da Fé, por ele proclamado no 50.º aniversário do Vaticano II.
A intervenção papal aludiu à necessidade de integrar, na ação da Igreja, essa experiência de deserto e vazio para “redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida”.
“No deserto existe, sobretudo, necessidade de pessoas de fé que, com suas próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra Prometida, mantendo assim viva a esperança”, acrescentou, destacando que a fé “liberta do pessimismo”.
O Papa falava perante alguns milhares de fiéis e 400 cardeais, arcebispos e bispos, os quais repetiram a procissão na Praça de São Pedro que foi umas das imagens históricas do dia 11 de outubro de 1962, primeiro do último Concílio.»

Ler mais na Ecclesia

Dia Mundial da Luta contra a Dor: 11 de outubro





Sobre o tema, em epígrafe, apresento uma citação de Friedrich Wilhelm Nietzsche, que estudei na minha formação académica - (Röcken, 15 de Outubro de 1844 - Weimar, 25 de Agosto de 1900). Foi um filósofo alemão do século XIX que influenciou intelectuais como Sigmund Freud (1856-1939), Jean-Paul Sartre (1905-1980) e Michel Foucault (1926-1984)



"Was nicht tötet, stärkt"! O que não mata, fortalece!

Mª Donzília Almeida

11.10.2012



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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Os pobres viraram ricos

Por António Marcelino

Vemos que muitos proletários de ontem, que fizeram guerras para uma maior justiça na sociedade, quando as coisas viraram tornaram-se milionários déspotas e orgulhosos. Assim em Angola, em Moçambique, nos países de Leste e da América Latina, na Rússia, e por aí adiante. Chega-me de Moçambique: “Todos os dias se anunciam novas riquezas no país: o gás, o ouro, o ferro, o carvão e, brevemente, o petróleo… Os rapazes do poder, outrora marxistas-leninistas, estão transformados em ultracapitalistas. A corrução campeia. Nenhum investimento é feito em prol do povo. Maputo segue na senda das casas de luxo e anuncia-se um investimento de 300 milhões de dólares para uma ponte sobre a baía e uma autoestrada até à Ponta do Ouro, para servir os novos ricos. À volta da cidade do Maputo, vivem dois milhões de desgraçados sem água, luz, esgotos…” O mesmo se passa noutros países. Percorri, entre 1969 e 1973, muitas zonas de Angola. Por picadas, com olhos de ver. Como se pode morrer à fome, num país que a natureza bafejou com tanta generosidade? Como é possível que quem sofreu não se empenhe, agora, para que todos vivam melhor e disponham do necessário? Que sentido tem para os novos ricos o bem estar do povo?


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