sábado, 19 de abril de 2025

PÁRA E PENSA A Páscoa: não à opressão e à morte

Anselmo Borges
O famoso filósofo Johann G. Fichte tem um texto com perguntas que todo o ser humano, minimamente atento à vida, alguma vez fez, pois são perguntas que ele transporta consigo, melhor, que ele é. O filósofo alemão escreveu que o ser humano não deixará facilmente de resistir a uma vida que consista em “eu comer e beber para apenas logo a seguir voltar a ter fome e sede e poder de novo comer e beber até que se abra debaixo dos meus pés o sepulcro que me devore e seja eu próprio alimento que brota do solo”; como poderei aceitar a ideia de que tudo gira à volta de “gerar seres semelhantes a mim para que também eles comam e bebam e morram e deixem atrás de si outros seres que façam o mesmo que eu fiz? Para quê este círculo que gira sem cessar à volta de si?... Para quê este horror, que incessantemente se devora a si mesmo, para de novo poder gerar-se, gerando-se para poder de novo devorar-se?” Também Ernst Bloch, o filósofo ateu religioso, escreveu que o ser humano nunca há-de contentar-se com o cadáver.

sexta-feira, 18 de abril de 2025

Marinheiro olha o horizonte

 

Uma agradável fuga à monotonia é escolher uma fotografia, editá-la e publicá-la para os meus amigos apreciarem. O mar e a ria estão na alma de todos nós, os que nascemos e vivemos na beira-ria e beira-mar, mas se é verdade o que afirmo, também reconheço que, as mais das vezes, andamos distraídos e raramente olhamos para o lado com olhos de ver.
Bom fim-de-semana, com boas fotografias para partilhar.

FM

quarta-feira, 16 de abril de 2025

D. Afonso Henriques em São Pedro do Sul


Gosto de São Pedro do Sul, terra de termas que funcionam todo o ano. Já por lá andei diversas vezes e mantenho saudades daquele ambiente. Esta foto foi registada junto à estátua de D. Afonso Henriques que por lá tratou uma perna partida na batalha de Badajoz. Por ali me foi dito que nunca se curou. Mas a fama da passagem do nosso primeiro Rei por São Pedro do Sul mantém-se ainda hoje.

terça-feira, 15 de abril de 2025

Amigos para sempre


Há amigos que me marcaram para sempre. D. António Francisco e Pe. Georgino Rocha continuam a morar no meu coração, com os seus sorrisos e conselhos oportunos. Nunca é tarde para os evocar. Havia sempre tempo para uma conversa necessária, para um conselho oportuno.

Hoje, é Páscoa!

P.e Manuel J. Rocha, Vigário Geral da Diocese
A maior parte das notícias que nos invadem trazem atrás de si um cortejo de violência que vai desde as bombas da guerra com o rasto da destruição, aos ataques de vingança a troco de um qualquer jogo, das mentiras ensaiadas ou dos gestos de indiferença que ferem e marcam os passos de quem sofre. É um rosário pintado de cores negras e tristes, onde a esperança parece definhar. Atrás de todos estes acontecimentos há sempre um denominador comum: todos nos achamos senhores dos nossos direitos, acompanhados da razão que sempre está do nosso lado. E, para fazer valer tal filosofia de vida, qualquer caminho serve desde que eu e as minhas coisas estejam à frente, eu as minhas circunstâncias quer pessoais, políticas ou sociais, públicas ou privadas. Nesta forma de encarar a vida, dificilmente os outros terão lugar e o próprio Deus terá as suas dificuldades.

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Um herói esquecido

Luís Gomes de Carvalho


Em 1800, a Gafanha era já bastante povoada, na sua maioria por foreiros, e em 1808, a 3 de Abril, é aberta a Barra, escancarando a porta à purificação da laguna e ao progresso da região. Estávamos a sofrer as consequências das Invasões Francesas, que tanto devastaram pessoas e bens no nosso país.
O comandante Silvério Ribeiro da Rocha e Cunha, numa conferência que proferiu em 14 de Junho de 1930 — AVEIRO: Soluções para o seu problema marítimo, a partir do século XVII — descreve com alguma poesia a forma como Luís Gomes de Carvalho, genro e continuador dos projetos do engenheiro Oudinot, inaugurou a nova Barra de Aveiro, depois de ela andar de Anás para Caifás durante séculos. Diz assim:

domingo, 13 de abril de 2025

A beleza da nossa ria...


Ao fundo, a vila da Gafanha da Encarnação. Nas minhas costas a Costa Nova do Prado, mais conhecida, simplesmente, por Costa Nova.