quarta-feira, 19 de abril de 2023

A nossa Ria vale quanto pesa


Quem navega pela NET cruza-se com o belo em cada esquina e fica a sonhar. Extasia-se e fica a remoer a ideia de que a beleza não mora à nossa volta. E então ansiamos por  viagens que nos ponham frente a frente com paisagens, pessoas e monumentos exóticos. Puro engano. À nossa volta, se pensarmos bem, também há muito que ver e apreciar. Só que, não paramos, não olhamos, não contemplamos.
Contudo, não me canso de ouvir dizer, a amigos com quem me cruzo, de outras paisagens e ambientes, que a nossa Ria vale quanto pesa. É ampla, luminosa, transparente, navegável, nela se espelha o céu e reflete a lua. Também purifica o ar e refresca  a alma. Que mais queremos?

Bispo de Aveiro: Abusos sexuais, nunca mais

Das Mensagens do Bispo de Aveiro
nas Celebrações Pascais

"A nossa Diocese de Aveiro compromete-se a tudo fazer para que estas situações dolorosas não voltem a acontecer no seio da comunidade cristã e reafirma, mais uma vez, “tolerância zero” para os abusos de menores e pessoas vulneráveis. Não é mais possível vivermos com este drama que afeta toda a sociedade e, de um modo particular, pessoas que deviam ser porto seguro para quem nos confia os seus filhos. 
A Comissão Diocesana para a Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis irá desenvolver iniciativas de formação com sacerdotes, catequistas e responsáveis das Instituições de Solidariedade Social da área da Diocese, em ordem a aprofundar a sensibilização de todos para a relevância deste tema, de modo a prevenir possíveis abusos. Peço a vossa colaboração e participação ativa nesta causa que é fundamental para a credibilidade do Evangelho. A atenção às vítimas é fundamental na vida da Igreja e, concretamente, na nossa Diocese.
Tudo faremos para as ajudar a minorar o sofrimento causado pelos abusos dentro da Igreja. O pedido de perdão não terá sentido se não for acompanhado com iniciativas em ordem à prevenção dos abusos e não encobrimento dos abusadores (Missa Crismal)."

Correio do Vouga de 19 de Abril de 2023

Gafanha da Nazaré - Cidade há 22 anos

Cidade em 19 de Abril de 2001






O Decreto-lei n.º 32/2001, publicado no Diário da República de 12 de Julho do mesmo ano, foi aprovado pela Assembleia da República em 19 de Abril de 2001, registando em 7 de Junho desse ano a assinatura do Presidente da República, Jorge Sampaio.
O povo comemorou a elevação a cidade com muita alegria, precisamente no dia da aprovação pelo Parlamento do desejo das autoridades e de quantos sentem esta terra como sua. A legitimidade popular consagrou essa data, 19 de Abril, como data de festa, sobrepondo-se à assinatura do Presidente da República.
Este título de cidade colocou a nossa terra com mais propriedade nos mapas e roteiros. Mas se é verdade que o hábito não faz o monge, temos de reconhecer que pode dar uma ajuda. Como cidade, passou a reivindicar infraestruturas mais consentâneas com esse título, podendo os gafanhões assumir este acontecimento como marco histórico da sua identidade, como cidadãos de pleno direito.

Fernando Martins

Milagre das Gafanhas


«Algas e peixe podre para enterrar, Iodo para impermeabilizar o fundo da regadeira, e aí está a comedoria que serviu de mantença ao milagre das Gafanhas – tapetes infinitos de verdura, alfobres de pão para a fome dos homens e de bandeiras floridas para voracidade dos bois ruminar nos invernos desolados...
Com enxadões desmedidos fazem surribas que vão ao centro da Terra! Nasce-lhe água sob os pés descalços, água salobra que pode meter medo à puerícia da novidade mas que, no final de contas, a acaricia com desvelos de ama de leite. E, só depois, é que vem a tarefa de incorporar, na terra remexida até ao tutano, o moliço que, com o suor adstringente do rosto, arrancam do fundo gordo dos canais e deixam ficar no areal da borda, durante o tempo necessário para lhe corrigir o tempero excessivo.
Vejo-os, como brinquedos, os moliceiros, a flutuar à flor das marolas, ou, preguiçosos, sobre o espelho das águas, e sinto o drama da terra faminta de matéria orgânica a escancarar a bocarra num esgar hiante para o trabalho duro destes homens obstinados que nunca desanimaram ante a negativa hostil da duna que, na sua nudez desoladora, nada prometia em troca.
A humanização da paisagem de Aveiro sugere qualquer coisa de actividade lúdica, de esforço manobrado pela mão da inocência criadora da infância que se compraz em regalar os olhos com o produto da sua energia. O pragmatismo, aqui, surge corroborado por uma moldura doirada de beleza e aconchegado pelo calor de uma visão que amacia o sensório.»

Frederico de Moura

Texto e foto da Revista Aveiro e o seu Distrito, N.º 5

terça-feira, 18 de abril de 2023

Antero de Quental nasceu neste dia

Espírito que passas, quando o vento
Adormece no mar e surge a Lua,
Filho esquivo da noite que flutua,
Tu só entendes bem o meu tormento...

Como um canto longínquo - triste e lento -
Que voga e sutilmente se insinua,
Sobre o meu coração que tumultua,
Tu vestes pouco a pouco o esquecimento...

A ti confio o sonho em que me leva
Um instinto de luz, rompendo a treva,
Buscando. entre visões, o eterno Bem.

E tu entendes o meu mal sem nome,
A febre de Ideal, que me consome,
Tu só, Gênio da Noite, e mais ninguém!


Antero Quental nasceu em 18 de Abril de 1842 em Ponta Delgada.

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Banco para contemplar o mar


O banco não está ali para decorar o espaço. Ele serve bem para que os transeuntes possam sentar-se. Dali, tranquilamente, pode contemplar-se o nosso mar.

A grande mentira

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

Os temas litúrgicos não podem esquecer as condições pessoais e sociais da sua verdade ou da sua grande mentira.

1. Não sou historiador do processo da reforma litúrgica desencadeada por Pio XII, em 1946, de forma mais ou menos clandestina para não ter de enfrentar aqueles que, perante qualquer reforma, levantam o muro da repetição do passado: sempre assim foi, sempre assim será. Essa tendência ainda não foi completamente vencida, mas é legítimo dizer que, a partir de 1955, tornou-se irreversível a chamada Reforma da Semana Santa de Pio XII e continuada por João XXIII (1962). Não foi por acaso que o primeiro documento aprovado, no Vaticano II, foi o Sacrosanctum concilium, sobre a Liturgia (4/12/1963). Não sou historiador, mas fui testemunha entusiasta desta reforma.

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