no PÚBLICO de domingo
1. O conhecimento das sabedorias do passado é indispensável, mas não nos deve escravizar. O que sempre assim foi não pode abolir a novidade do presente e do futuro. Seria uma prisão e não uma luz. Este discernimento é essencial. Aliás, o sempre assim foi nem sequer é verdade. Pode-se também verificar que no começo não era assim. Não há culturas sem passado, mas culturas com muito passado, pouco presente e isoladas não abrem para um futuro imprevisível.
Da Bíblia, não consta apenas a Lei de Moisés e os profetas. É muito forte a corrente da literatura sobre a Sabedoria. Esta é um conhecimento baseado na experiência acumulada ao longo da vida e enriquecida através de várias gerações, que se fixou gradualmente em máximas, sentenças e provérbios breves e ritmados, recheados de imagens e comparações.