quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

BENTO XVI VISTO POR PACHECO PEREIRA

Uma muito boa retrospectiva do Papa Bento XVI foi referida por Pacheco Pereira num programa televisivo. Infelizmente, foi muito pouco tempo que teve para o fazer. Sendo um grande conhecedor de todo o legado do Papa emérito, quis desfazer a opinião generalizada de se tratar de um conservador. Foi filósofo, teólogo e religioso, baseando os seus trabalhos na dicotomia razão-fé. Foi da maior importância o seu trabalho na preparação e redacção final de uma boa parte dos textos do Concílio Vaticano II. Foi quem abriu o caminho para o encontro de todas as Igrejas. Teve a enorme tarefa de denunciar os crimes sexuais praticados no seio da Igreja. Quando se sentiu sem forças e com pouca saúde para estar à frente da Santa Sé, teve a coragem de resignar não sem que antes tivesse preparado o caminho para que Francisco viesse a ser seu sucessor. Foi sem dúvida um grande humanista e homem da fé.

António Barbosa

No Público de hoje, página 6

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

GAFANHA DA NAZARÉ — PIA BATISMAL

A Pia Batismal que cumpre a sua missão junto ao altar principal da nossa Igreja Matriz é o símbolo mais eloquente da fé que os nossos antepassados nos legaram. Foi nela que os nossos avós até às gerações atuais nasceram para a fé.
A nossa Igreja Matriz, localizada na Chave, recebeu naquele lugar a nossa primeira e única Pia Batismal, quando a paróquia foi criada, em 10 de Setembro de 1910 e o primeiro batizado celebrou-se em 11 do mesmo mês e ano. E a Pia lá continuou até ao dia da inauguração da nossa atual Igreja Matriz, ocorrida em 14 de Janeiro de 1912, data que regista a sua trasladação.
Naquele tempo e durante décadas a Pia Batismal não podia ficar dentro do templo, mas numa zona lateral como foi o nosso caso. Ficou durante muitos anos no espaço de acesso à torre. Depois do Vaticano II passou a ocupar um lugar de honra.

HORA DA SESTA


 À hora da sesta, junto à nossa laguna azul, pude registar esta cena. Enquanto a fêmea dormia, o macho ficou de vigia. E nem a nossa presença os perturbou. O macho percebeu que era gente de bem.

SÍMBOLOS DA NOSSA REGIÃO

 


Para não ficarem esquecidas, partilho fotos da nossa região.

domingo, 1 de janeiro de 2023

ANO VELHO. ANO NOVO

Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias


A paz que não é apenas ausência da guerra, mas tranquilidade na ordem, que resulta da verdade, da justiça, do perdão, da fraternidade, da reconciliação. Reconciliação que tem de contar com cada um: precisamos todos e cada um de estar em paz connosco

Os historiadores e fenomenólogos da religião fazem notar que, mesmo nas sociedades secularizadas, encontramos ainda algo dos mitos cosmogónicos, nomeadamente nos festejos da passagem de ano: folguedos e licenças, uma certa tonalidade orgiástica, alguma "confusão" social, na noite de passagem de ano, simbolizam o regresso ao estado indiferenciado e caótico de antes da formação do mundo pelos deuses. Volta-se, portanto, de algum modo, ao caos das origens, para que o mundo se regenere e se reponha o cosmos, um mundo outra vez novo, ordenado, belo: a caos contrapõe-se precisamente cosmos, que quer dizer belo (é do grego kosmós que vem cosmética)...

CULTURA DA PAZ

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

Paulo VI, na sua visita histórica à ONU, a 4 de Outubro de 1965, exprimiu e repetiu o grande desejo dos povos: nunca mais a guerra! É a paz que deve guiar o destino dos povos e de toda a humanidade.

1. É conhecido o ditado latino si vis pacem, para bellum, isto é, se queres a paz, prepara-te para a guerra. De facto, a paz acontece como um pequeno interregno entre guerras. Segundo uma estimativa, bastante rigorosa, entre a II Guerra Mundial e 1992, contaram-se 150 guerras e 26 dias de paz [1]. Na Europa, depois de 1945, tentou-se, com algum êxito, contrariar essa loucura: se queres a paz, tens de a cultivar.
Paulo VI, na sua visita histórica à ONU – a primeira de um Papa –, a 4 de Outubro de 1965, exprimiu e repetiu o grande desejo dos povos: nunca mais a guerra! É a paz que deve guiar o destino dos povos e de toda a humanidade.

MARIA JOÃO PIRES


Para a primeira tarde de 2023