no PÚBLICO de ontem
O Papa Francisco luta por uma economia que, em vez de descartar e matar, ajuda a vida digna de todos, a começar pelos desprezados. Empenhou-se em reunir jovens e peritos para encontrar esse caminho novo porque o outro já tem muito de velho.
1. A teologia não pode ser estranha ou indiferente a nenhum mundo. Nenhum mundo, sob o ponto de vista cristão, pode ser indiferente à teologia, ao mistério da Incarnação de Deus. A procura da inteligência da fé, isto é, teologia, não pode ser indiferente ao avanço das ciências e das expressões da experiência humana. A razão humana é plural e vai descobrindo o mundo com todos os recursos das ciências, das técnicas e da imaginação cultural que não está reservada às ciências e às técnicas. Desde o começo destas crónicas, no PÚBLICO, tive sempre por guia um diagnóstico, dos anos 30 do século XX, sobre a incredulidade do mundo moderno: a uma religião sem mundo, sucedeu um mundo sem religião.