segunda-feira, 30 de maio de 2022

Nogueira Gonçalves e a nossa Igreja Matriz

 

Li no Inventário Artístico de Portugal, livro VI, 1959, AVEIRO — Zona - Sul, de Nogueira Gonçalves, que «a igreja paroquial [da Gafanha da Nazaré],  inaugurada em 1912, junto da estrada de Aveiro à Barra» ficou «vasta; mas, produto de construtores locais, obriga os actuais dirigentes a pensar em lhe dar carácter arquitectónico». Realmente, desde as investigações de Nogueira Gonçalves, a nossa igreja passou por diversas alterações, as últimas das quais foram levadas a cabo durante a paroquialidade do Pe. José Fidalgo.
Na eucaristia de ontem, ao olhar a parte fronteira do altar-mor, pensei que Nogueira Gonçalves teria ficado satisfeito com a decoração que a nossa igreja, dedicada a Nossa Senhora da Nazaré, presentemente ostenta.

domingo, 29 de maio de 2022

Estaleiros de antigamente

 

Em maré de encontros não tão imediatos como gostaria, veio à rede mais esta foto antiga que aqui publico para suscitar informações. É uma maneira de homenagear construtores navais, empresários e trabalhadores destas áreas, de tantas tradições na nossa região.

Armas ou criança?

"Temos de admitir que gostamos mais das nossas armas do que das nossas crianças"

Michael Moore, 
realizador norte-americano

Li no PÚBLICO

sábado, 28 de maio de 2022

Um ensaio para o Verão

Forum-Aveiro

Feira do Livro

O Verão vem em Junho, mas hoje fizemos o ensaio de uma temperatura mais do que agradável. Tanto quanto fui informado,  as nossas praias proporcionaram um treino do que havemos de ter em breve a muitos amantes do ar quente com sabor a maresia. Tenho cá um palpite que não faltaram escaldões em alguns distraídos.
Hoje foi também dia da quarta dose da vacina contra a Covid-19. Deu para saudar amigos que não via há muito tempo. Todos com máscaras, mas há certos traços que nos dão avisos infalíveis. O peso dos anos e das vidas em muitos. Se calhar, alguns dirão de nós o mesmo.
Um saltinho a Aveiro para passar pela Feira do Livro, onde havemos de voltar, e pelo Forum para sentir o ambiente num dia como este. E dei uma olhada para abrir o apetite. Aveiro é, desde há muito, uma cidade que me atrai.

A arte do pescador figueirense

 
Já não vamos à Figueira da Foz há muito tempo. Eu sei que é tudo relativo e não será assim há tanto tempo. Esta foto surgiu-me agora nem sei porquê, mas conduziu-me à cidade a que me afeiçoei. E resolvi mover mundos e fundos para confirmar a arte do pescador figueirense. Será que ele ainda estará agarrado à rede?

O milagre do perdão

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Participei há anos no funeral gigantesco de um jovem padre francês. Na África do Sul. Tinha sido morto por engano na estrada, com a mira do roubo. Os pais não puderam estar presentes fisicamente. Fizeram-no do modo mais nobre e emocionante: o bispo leu àquela multidão o texto em que eles declaravam que perdoavam de coração aos assassinos.
No Evangelho, se há tema que volta sempre de novo é o do perdão. É preciso perdoar sempre. De coração. O próprio Jesus, do alto da cruz, perdoou aos seus algozes.
Mas o perdão é um milagre, como reconheceu o próprio filósofo J. Derrida, remetendo para a religião. Um milagre no sentido intenso da palavra. É algo de espantosamente admirável, porque transcende a lei da simples justiça. No âmbito da justiça pura, ninguém pode ser obrigado a perdoar e ninguém pode exigir o perdão. Perdoar é do domínio da generosidade, ser perdoado é da ordem da graça: ser perdoado é ser agraciado, receber uma graça. A justiça contabiliza. O perdão desfaz a lei do cálculo.

sexta-feira, 27 de maio de 2022

Garante o Ressuscitado: Vós sereis minhas testemunhas

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo VII da Páscoa: 
Festa da Ascensão do Senhor


"A Ascensão de Jesus é garantia de presente e de futuro para toda a humanidade."

Esta garantia é um mandato de Jesus aos seus discípulos, outrora reunidos em Betânia, nos arredores de Jerusalém, agora dispersos por todo o mundo. Tem um fundo histórico, mas é sobretudo simbólico. Está datado com a subida ao Céu, mas perdura até ao fim dos tempos. Tem um itinerário definido para a sua implementação: da cidade capital às províncias, aos confins da terra. Envolve o passado que actualiza como memória e acontece, no presente, como missão que semeia o futuro e garante a sua plena realização, de forma definitiva, na eternidade feliz. Faz parte da mensagem final de Jesus e, segundo a narrativa de Lucas, são as suas últimas palavras. Que abrangência e amplitude! Que confiança e responsabilidade! Lc 24, 46-53.