domingo, 27 de março de 2022

O meu irmão morreu há 15 anos

Completam-se hoje, 27 de março, 15 anos sobre a partida do meu irmão, Armando da Rocha Martins, mais conhecido por Armando Grilo, para o aconchego maternal de Deus, deixando toda a família e imensos amigos com uma ferida aberta na alma. Tinha 66 anos de uma vida cheia, mas uma doença que não perdoa roubou-o ao nosso convívio. Ficou, para sempre, a sua vivacidade e alegria de conviver com familiares e muitos amigos que foi atraindo e cultivando durante a sua existência terrena. Contudo, se é verdade que o seu corpo nos abandonou, permanecerá em todos os que o conheceram, familiares e não só, o seu amor à vida. E se continuasse connosco teria hoje 80 anos, menos três do que eu.
Como não podia deixar de ser, a minha memória, apesar de cansada pelo tempo, está permanentemente, por isto ou por aquilo, a reviver acontecimentos do nosso  dia a dia: histórias que nos marcaram, brincadeiras das nossas meninices, projetos pessoais, anseios múltiplos, mas também desafios que soubemos enfrentar, cada um ao seu jeito.
O meu irmão era um precioso contador de estórias. E já avô, nem imaginam o enlevo com que ele reproduzia conversas e relatava momentos dos seus netos, imitando saborosos diálogos mantidos com eles.
Até um dia, Menino! (Como eu o chamava).

Fernando 

Beleza de uma flor em tempo de guerra

 

Para começar este domingo com algum otimismo, bem preciso em tempo de inesperada guerra quando tantos pregam e querem a paz, nada melhor que a beleza desta estrelícia, descendente de uma que trouxemos da Madeira, quando lá fomos há anos.
Boa semana para todos.

sábado, 26 de março de 2022

Francisco: há nove anos Papa

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias



(Foto da rede global)
1. Fez no passado dia 13 nove anos que Francisco foi eleito Papa. Apresentou-se de modo simples na varanda de São Pedro à multidão, sem esplendor, apenas com a batina branca e uns sapatos toscos. E logo na saudação à multidão ficou claro ao que vinha: "Agora iniciamos este caminho, Bispo e povo..., um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós. Rezemos sempre uns pelos outros. Rezemos por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade. Espero que este caminho de Igreja seja frutuoso para a evangelização. E agora quero dar a bênção, mas antes... peço-vos um favor: antes de o Bispo abençoar o povo, peço-vos que rezeis ao Senhor para que me abençoe a mim. Façamos em silêncio esta oração vossa por mim..."
Escolheu o nome de Francisco, o que nenhum Papa anterior tinha feito. Em ligação com São Francisco de Assis, o da simplicidade, da fraternidade universal, da paz, do vínculo com a Terra, do que tinha ouvido Cristo dizer-lhe: "Repara a minha Igreja em ruína..." Não foi viver para o Palácio Apostólico mas para a Casa de Santa Marta, utiliza um carro modesto, e é cristão - eu disse-o na televisão, logo quando foi eleito, causando imenso espanto e até perplexidade; mas, pensando bem, não é essa a causa de ele se ter imposto ao mundo como uma voz político-moral global, talvez a mais influente? Como cristão, bate-se pela paz, é simples, está com todos, a começar por aqueles e aquelas com quem ninguém está, é profundamente humano, o Deus que anuncia é o do Evangelho: o seu nome é Misericórdia...

sexta-feira, 25 de março de 2022

Miranda do Douro - Amendoeiras em flor





Apenas uma vez na vida passei por Miranda do Douro, novembro de 1995, uns meses  antes do espetáculo das amendoeiras em flor. Perdi a oportunidade de contemplar ao vivo a beleza das amendoeiras floridas, embora tenha lucrado com outra raridade no nosso país. Miranda do Douro é dona da segunda língua que se fala e escreve, oficialmente, em Portugal: Mirandês ao lado do Português. E aqui partilho hoje as amendoeiras em flor graças à gentileza do amigo Carlos Duarte, que possui uma sensibilidade apurada para tornar presente aquilo que está longe de nós ou o que os nossos olhos não enxergam.

Abraço do pai ao pródigo dá início à festa da família

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo IV da Quaresma 

O regresso do filho pródigo à casa paterna onde é acolhido com um abraço afetuoso do pai constitui o início da festa familiar que Jesus apresenta para mostrar a fariseus e escribas o rosto misericordioso de Deus em contraste com as crenças tradicionais por estes pregadas. Apresenta em género de parábola que Lucas narra após as da ovelha e da moeda perdidas e integram o capítulo 15 “verdadeiro coração do Evangelho”. E a Bíblia Pastoral comenta: “Com esta parábola, Jesus faz o apelo supremo para que os doutores da Lei e os fariseus aceitem partilhar a alegria de Deus pelo regresso dos pecadores à dignidade da vida”. Lc 15, 11-32.
“É tão comovedor ver aquelas mães e filhos nas imagens da televisão, sozinhos porque para trás ficou a figura paterna para outra guerra, que não é a das lutas diárias, das coisas que é necessário para viver bem em família, mas nesta violência que não tem justificação, nem compreensão, à luz do que é a humanidade no século XXI e deve merecer toda a nossa oração e acompanhamento para que possam voltar dias de paz àquele território”, confessa à Ecclesia o padre Tarcízio Morais, conhecedor das comunidades salesianas na Ucrânia, que não consegue esquecer as imagens do país em guerra onde “a figura paterna é deixada para trás”. Sendo necessário reerguê-la, reconfigurá-la e dar-lhe o lugar que tem no sonho de Deus e Jesus “retrata” na parábola que estamos a meditar.

quinta-feira, 24 de março de 2022

FEIRA DE MARÇO abre amanhã


A Feira de Março, de tantas tradições em Aveiro, abre amanhã, depois de um interregno provocado pelo Covid-19.  Esta é a 586.ª edição. A responsabilidade é da Câmara Municipal de Aveiro, esperando-se que o nosso povo se divirta ou passe por lá para descobrir algumas inovações. Como é meu hábito, não faltarei para saborear uma boa fartura, desde que não tenha de caminhar muito.

Dia Nacional do Estudante

(Foto da rede global)

O Dia Nacional do Estudante (DNE) comemora-se anualmente no dia 24 de março, por decisão da Assembleia da República Portuguesa de 1987. Porém, o Dia Internacional do Estudante comemora-se em 17 de novembro.
O DNE relembra as dificuldades e obstáculos que os estudantes enfrentaram na década de 60 do século passado, aquando da crise académica vivida em Portugal.
Lembro-a aqui com o objetivo de propor a reflexão sobre os direitos e obrigações de quem estuda, numa perspetiva de todos contribuirmos para a qualidade de vida de quem se prepara para um futuro mais digno e mais feliz. E cada estudante, consciente desta realidade, deve dar o exemplo de trabalho, dedicação e responsabilidade, face aos que pouco ou nada estudam nas escolas portuguesas.