para o Domingo XXVII do Tempo Comum
A família surge como o fruto mais saboroso do matrimónio. Nela, o casal vai crescendo no amor de doação fiel. Nela, os filhos encontram o ambiente favorável à sua identidade masculina e feminina, ao equilíbrio do seu desenvolvimento relacional e afectivo. Nela, a sociedade e a Igreja espelham a sua acção “subsidiária” e, dela, recebem as crianças, prendas do presente e garantes do futuro, como cidadãos que podem vir a ser cristãos.
A atracção do homem pela mulher, e desta para com ele, faz parte da natureza humana e expressa-se em crenças e ritos de relação, segundo as culturas e as religiões; entre nós, normalmente é no casamento natural e no matrimónio cristão. Aponta, por isso, para Deus, a fonte de todo o amor e o criador dos bens originais. É a partir do projecto divino que a relação humana conjugal tem pleno sentido e adquire força de irradiação como ideal a atrair todos aqueles que se sentem chamados a “ser uma só carne”. É a partir desta matriz existencial que se podem valorar outras experiências de relacionamento que configuram aquela atracção natural Mc 10, 2-16.