quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Votar é uma exigência cívica

Nesta altura, ainda estamos em campanha eleitoral para as autarquias. Os diversos grupos candidatos à vitória cumprem a missão de apresentar aos eleitores os seus projetos de governação, caso venham a ser os escolhidos para a nobre tarefa de servir as comunidades. Felicito os que assumiram as suas candidaturas, naturalmente diferentes umas das outras, mas garantidamente com apostas muito semelhantes. Vale, na hora da escolha, a personalidade dos candidatos, aliada a provas dadas noutros setores da vida. Olhar somente para as cores partidárias é muito redutor.
Tenho apreciado a campanha eleitoral e a forma alegre como a vivem os diversos candidatos. Acho que a alegria, sinal de otimismo, é muito salutar. Há sorrisos cativantes, bandeiras ao vento, conversas interessantes e convicções fortes. Há certezas inabaláveis de vitórias, há dignidade na apresentação de propostas, há promessas realizáveis, umas, e impossíveis de levar à prática, outras. Mas a vida é assim mesmo. E no final, é nossa obrigação aplaudir os vencedores e respeitar os vencidos. A democracia é isto.

Fernando Martins

Continua a dança do tempo

O  meu  outono à janela 

Continuando a dança do tempo, entramos no Outono, com tudo o que ele tem ou possa vir a ter de agradável e belo. Nem muito calor nem muito frio a marcarem os nossos dias, com folhas castanhas a enfeitarem o chão que pisamos, com as nossas recordações de um Verão que talvez não tenha sido o que esperávamos, com os nossos sonhos a projetarem-se num futuro que jamais saberemos como será. E a vida continua, todos apostando na felicidade que soubermos construir.

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Nossa Senhora dos Navegantes morou uns dias na Igreja Matriz

Senhora dos Navegantes na Igreja Matriz

Irmandades, Escuteiros e Etnográfico na Eucaristia 

Procissão sai do Porto de Pesca (Foto do meu arquivo)

Chegada da procissão ao Forte  (foto do meu arquivo)

Setembro foi, desde que tenho memória, o mês da festa dedicada a Nossa Senhora dos Navegantes, venerada no capela do Forte da Barra como padroeira dos homens do mar e laguna e suas famílias, mas não só. Porém todos os gafanhões assumiam esta  festa como sua, que ainda atraía as gentes das redondezas. E quando os festejos passaram a incluir a procissão pela Ria de Aveiro, ligando o Porto de Pesca Longínqua ao Forte da Barra, redobrou o interesse pelo evento.
A pandemia, contudo, forçou o cancelamento das festas em 2020 e 2021, esperando-se que no próximo ano seja retomada a tradição, com organização do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN) e da Paróquia de Nossa Senhora da Nazaré.
Este ano, porém, o GEGN e a Paróquia resolveram avançar apenas com a vertente religiosa, essência, aliás, dos festejos próprios dos padroeiros das igrejas católicas. Assim, na quinta-feira, 16 de setembro, Nossa Senhora dos Navegantes veio passar uns dias à nossa Igreja Matriz para que todos os seus devotos a pudessem venerar e para Ela sentir quanto é amada nesta terra que outrora foi de agricultores, que depressa se voltaram para o mar e para a ria. O GEGN encarregou-se dos trabalhos indispensáveis com o imprescindível apoio do nosso Pároco, Pe. César Fernandes, sempre atento às necessidades espirituais do nosso povo.
Na Eucaristia das 10h30 de domingo foi, pois, venerada a Senhora dos Navegantes, com o povo feliz por isso. Mas ainda se associaram as autoridades civis e militares, nomeadamente, Fernando Caçoilo da CMI, Carlos Rocha da Junta de Freguesia e Comandante da Capitania, Humberto Silva Rocha.

Pe. Miguel numa procissão
À homilia, o nosso prior, Pe. César Fernandes, evocou, com oportuna referência, o saudoso Pe. Miguel Lencastre, verdadeiro dinamizador da procissão pela laguna, inspirando-se em festa semelhante. Quando numa viagem de avião, sobrevoou Porto Alegre, no Brasil, presenciou uma procissão pelo mar [em 2 de fevereiro] em honra de Nossa Senhora dos Navegantes que muito o sensibilizou, prometendo a si mesmo que haveria de organizar a procissão que se tornou famosa.
Com a sua saída para outras tarefas eclesiais, ligadas ao Movimento de Schoenstatt a que pertencia, a festa esmoreceu e a procissão pela laguna ficou à espera de outra oportunidade. Na Expo'98, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré presenciou um espetáculo semelhante, ficando inspirado para retomar a procissão pela Ria de Aveiro, em homenagem a Nossa Senhora dos Navegantes. O que veio a concretizar-se, com a indispensável autorização das autoridades marítimas. E se Deus quiser, no próximo ano haverá festa com procissão, com a participação de muita gente e com o espetáculo dos barcos e barquinhos a ilustrarem as águas serenas da laguna aveirense. 
Na próxima quinta-feira, Nossa Senhora dos Navegantes regressa à sua morada oficial.

Fernando Martins

Costa Nova - Semana da Saúde

Igreja de Nossa Senhora da Saúde

A Paróquia da Costa Nova promove de 20 a 24 de setembro, antecedendo a festa de Nossa Senhora da Saúde, uma “Semana com Saúde”, com diversas iniciativas sobre temas como saúde mental, depressão e luto. Durante a semana que prepara o domingo da festa (26 de setembro), há uma série de encontros, sempre às 21h00, no interior da Igreja de Nossa Senhora da Saúde.
Na segunda, dia 20, a enfermeira Prazeres Santos e médica Ana Lúcia Costa falam de “depressão e pandemia”. No dia seguinte, a cuidadora Rosa Marques aborda o tema da “saúde mental e suicídio”. Na quarta, 22, o P.e António Torrão fala da “saúde e o luto”. Na quinta, 23, celebram-se os mistérios luminosos e a Eucaristia. No último dia, 24, o diácono permanente José Carlos, responsável pela pastoral da saúde na Diocese de Aveiro e colaborador da paróquia na organização destes encontros, desenvolve o tema do “cuidado de Maria na fragilidade dos seus filhos".

Nota: Texto publicado no Timoneiro

Natureza para começar a semana

 

A vida seria muito diferente se contemplássemos mais a natureza que nos envolve.

domingo, 19 de setembro de 2021

Flores para este domingo


Flores para amenizar este dia de sol brilhante que nos convida a sair para arejar as ideias que nos conduzirão à harmonia fraterna. Bom domingo.

O importante são as pontes

Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO


Perceber os sinais que Deus nos faz, na nossa história, é tarefa de toda a Igreja, sabendo que Deus não está confinado pelas nossas convenções: é o Deus das surpresas. É-nos pedido que não sejamos nem cegos nem surdos perante tudo o que acontece na história humana.

1. O pessimismo não é realista porque não abre caminhos para o futuro. Paralisa. O princípio-esperança, pelo contrário, incita à luta mesmo quando as dificuldades parecem invencíveis.
No século XIX, parecia que a Igreja Católica rompia oficialmente com o mundo moderno. No século XX, alguns movimentos católicos recusaram esse destino. Tudo fizeram, lutando contra muitos obstáculos, por vezes, criados pela própria Hierarquia, para abrir portas e janelas de diálogo com esse mundo turbulento e ensanguentado por duas guerras mundiais. Foi, no entanto, João XXIII – de uma forma inesperada – que convocou um concílio para que esse esforço não fosse, apenas, de alguns movimentos e de algumas personalidades. Como disse Eduardo Lourenço, em 2011, nas célebres Conferências de Maio do CRC, “é preciso ver que este concílio foi pensado e imaginado por alguém que merecia ser ‘santo súbito’, chamado João XXIII, que teve uma palavra que é de uma novidade absoluta, não em si mesma, porque está no Evangelho, mas na sua tradução histórica propriamente dita, ao dizer esta frase extraordinária: ‘a Igreja não tem inimigos'"[1]. Foi também, de modo muito inesperado, que o Papa Francisco reacendeu o fogo do Vaticano II numa “Igreja marcada por um longo inverno”.