para o Domingo XXIV do Tempo Comum
“Quem dizes tu que eu sou?” – continua Jesus a perguntar-nos, como fez outrora aos discípulos, em Cesareia de Filipe. Esta pergunta, segundo alguns autores, constitui o coração do Evangelho porque se dirige a cada pessoa e pretende provocar uma decisão relacional que dê sentido à identidade cristã. Mc 8, 27-35. Identidade cristã que flui da identidade de Jesus, o Messias de Deus.
A história regista várias respostas. Citemos algumas: um reformador do sistema religioso, um mestre espiritual de utopias, um crucificado fracassado, um homem do mistério e do sagrado… o Cristo, filho de Deus vivo e nosso salvador que desencadeia um movimento que vem a tomar corpo no povo de Deus organizado à maneira de corpo animado pelo Espírito Santo. A sua figura humana proporciona um filão inesgotável para estudos sérios e para “investigações criativas” em que a fantasia emoldura a presumida realidade em romances, filmes e outras “artes”, nem sempre ao serviço da verdade.
A minha resposta tem de ser genuína e sincera, correcta e definitiva. Para ti, quem sou EU? Que espaço me dás na tua vida? Que lugar ocupo na tua escala de valores? Por meio de ti, que imagem de Deus descobrem os outros? Que marca deixas no teu ser e no teu agir?