quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Professor Manuel Nunes Carlos

A nossa gente 


Manuel Nunes Carlos nasceu na Gafanha da Nazaré, a 20 de abril de 1898. Filho de António Nunes Carlos e de Ana de Jesus Vergas. O Pai de Manuel Nunes Carlos era um alfaiate que se tornou famoso pela confeção dos seus gabões, atividade esta que era complementada com a profissão de barbeiro.
Em 1916, terminou o Curso do Magistério Primário, com 16 valores, na Escola Normal de Aveiro. Da sua formação académica consta também o Curso de Pilotagem da Escola do Departamento Marítimo do Norte. Porém, apesar da sua formação como piloto, pouco tempo dedicou à vida no mar.
Antes de lecionar na Gafanha da Nazaré, passou por diversas escolas, como S. Bernardo, Oliveirinha, Lousã, Lobão (Santa Maria da Feira), Vera Cruz, Oiã, Argoncilhe e Tamengos (Anadia).
Em 1932, concorreu ao lugar da Escola Primária da Chave e em 1933 foi transferido para a Cale da Vila.
Além da atividade docente, foi também Presidente da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré (1938) e Vereador na Câmara Municipal.
Em 1931 contraiu matrimónio com Maria do Carmo Simões, filha do proprietário da Pensão Curia. Deste casamento nasceram duas filhas, Maria Manuela e Maria Albertina.
Faleceu a 24 de junho de 1956, com 58 anos de idade. Encontra-se sepultado no Cemitério da Gafanha da Nazaré.

Informação Histórica do Topónimo

1. Trabalho elaborado pelo CDI (Centro de Documentação de Ílhavo), da Câmara Municipal de Ílhavo, no âmbito do projeto "Se esta rua fosse minha";
2. Em relação a este topónimo não encontramos qualquer referência à sua criação nos documentos camarários.

Informação Memorial sobre o Topónimo

Sabemos que o Professor Manuel Nunes Carlos, conhecido por Senhor Professor Carlos, era muito querido pelos seus alunos. Numa conversa que tivemos a 5 de dezembro de 2019, com o professor Fernando Martins, ficámos a saber que foi o professor Manuel Nunes Carlos que lhe fez o exame da terceira classe.

NOTA: Não haverá na Gafanha ou à sua volta quem possua uma  fotografia do Professor Carlos? Agradeço cedência por empréstimo. Obrigado.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Aldeias e Vilas Medievais - Marvão


 
A vila de Marvão e o território em redor maravilham todos os que a visitam. No centro do Parque Natural da Serra de São Mamede, esta localidade encontra-se inserida em muralhas que datam dos séc. XIII e XVII e entrar no seu interior é percorrer ruas cheias de história. Das portas às arcadas góticas, dos detalhes manuelinos ou em ferro forjado, já para não falar do castelo, Monumento Nacional, uma visita a Marvão é uma viagem que desperta os sentidos e aguça a curiosidade pela história nacional.

NOTA: Partilhado pela Via Verde com o  desafio de uma visita.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Nomeações Diocesanas

José  Ferreira Alves - Ecónomo Diocesano
João Barbosa - Presidente da Cáritas Diocesana 

João Barbosa 
José Alves
D. António Moiteiro, Bispo de Aveiro, nomeou o diácono permanente José Ferreira Alves para o cargo de Ecónomo Diocesano, durante um período de cinco anos, sucedendo assim ao Pe. João Gonçalves, recentemente falecido. José Ferreira Alves, que deixou a presidência da Cáritas Diocesana, também fica a pertencer ao Conselho para os Assuntos Económicos. Para presidir à Direção da Cáritas Diocesana, o nosso Bispo nomeou João José da Maia Vieira Barbosa, um aveirense bastante conhecido.
Aos novos presidentes e respetivos membros dos corpos diretivos formulo votos das maiores venturas pessoais ao serviço da Igreja Diocesana de Aveiro. Porque os conheço há muitos anos, posso testemunhar a capacidade de trabalho e a honorabilidade que os caracterizam. 

Ler todas as nomeações aqui 

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Ai de mim se não ajudar a nascer a alegria

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

A pronta disponibilidade para o serviço dos outros constitui a verdadeira alegria do Evangelho de Cristo que continua.

1. Cabe à inteligência prática saber adaptar-se. A pandemia mundial parece dizer-nos que, se não soubermos adaptar-nos a viver na cadeia – que as medidas de segurança exigem –, arriscamo-nos a ser suas vítimas e a fazer mais vítimas, correndo o perigo de servirmos a morte até aos próprios amigos e familiares.
Na cadeia, dizia um prisioneiro, importa cultivar a saúde mental, a saúde espiritual e a saúde física. São medidas e artes para conquistar a liberdade no dia-a-dia do cativeiro, para não acabarmos derrotados quando se abrirem as portas da prisão.
Para a saúde espiritual, recorro a uma antífona da Liturgia das Horas, feita de pura serenidade: Salvai-nos, Senhor, quando velamos e guardai-nos quando dormimos, para estarmos vigilantes com Cristo e descansarmos em paz. É seguida de uma oração igualmente bela: Iluminai, Senhor, esta noite, concedei-nos um descanso tranquilo, para que, amanhã, nos levantemos em vosso nome e possamos contemplar alegres e felizes o nascer de um novo dia.
A religião não dispensa o bom senso. Importa resistir à demagogia e ao sadismo de certas vozes, especializadas em semear a confusão, para defender interesses que não coincidem com os da população mais carenciada.

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Eutanásia

O meu futuro, segundo a minha fé, 
ficará nas mãos de Deus

A eutanásia, que a nossa Assembleia da República aprovou, mas que eu, simples cidadão, não subscrevo nem aceitarei, veio num momento muito inoportuno, com tantos cidadãos vitimados pelo coronavírus. É claro que nem todos os portugueses alinham pelos mesmos princípios morais e éticos dos que votaram a favor da morte assistida. Eu sou um dos que defendem o respeito pelo vida até ao fim natural.
Se porventura eu ficar na situação de doença terminal e dolorosa, jamais aceitarei a hipótese e as normas da lei que os nossos deputados aprovaram. Pedirei que me atenuem as dores, se possível, mas ainda que desliguem as máquinas se não houver na medicina alternativa viável. O meu futuro, segundo a minha fé, ficará nas mãos de Deus.

Fernando Martins

O sentido da vida. 4. A morte e a esperança

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

"Deus é o Bem", que não nos será tirado. E há uma dívida da História para com as vítimas inocentes; sem Deus, quem pagaria essa dívida?


1 A morte é o choque mortal com o sentido. Ela é a barreira inultrapassável, definitiva. Significativamente, os antropólogos são unânimes em reconhecer na sepultura, portanto, na consciência da morte e na procura de transcendê-la, o sinal decisivo, indesmentível, de que, na história gigantesca da evolução, estamos em presença do ser humano, de alguém, da pessoa. Essa consciência é sempre acompanhada da religião e, de um modo ou outro, da filosofia, como reconhece a história, de Platão - a filosofia é "o exercício de morrer e estar morto" - a Schopenhauer, que via na morte a "musa da filosofia", ou Martin Heidegger.
Perante a morte, quando tudo desaba e se afunda, erguem-se, mais dramáticas, esmagadoras, as perguntas essenciais: Donde vimos?, Para onde vamos? Qual o sentido de tudo? O que vale a existência? Perguntas inevitáveis para todos, pois, como dizia Ernst Bloch, no regresso a casa após o funeral de um amigo, nem mesmo o maior capitalista pensa apenas na sua conta no banco. Aí está a razão por que, para conhecer uma sociedade, talvez mais importante do que saber como é que nela se vive, é saber como é que nela se morre e se trata os mortos. A maior prova do profundo mal-estar da nossa sociedade é que teve de fazer da morte um tabu.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Zé Penicheiro - Traços e cores da nossa região



 
Da secretária da minha tebaida vejo assim este quadro do Zé Penicheiro, artista que tive o gosto de conhecer desde que se instalou em Aveiro. A beleza da nossa ria, gente e terras, fascinava-o. Todos os dias, quando me sento, o Zé Penicheiro está presente.

Nota: Registo feito de lado para evitar reflexos. 

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