terça-feira, 7 de abril de 2020

ESTOU EM DIA NÃO...


Estou em dia não. Deduzo isso pela falta de vontade de fazer seja o que for. Também ainda não consegui ler nada de jeito. Muito menos escrever e falar. Há dias assim... e o coronavírus nada tem a ver com isto. Se fosse supersticioso, diria que adivinho coisa ruim. Como não sou, admito um certo cansaço. 
Teimando comigo, insisto em escrevinhar estas linhas para demonstrar a mim mesmo, se é que tal é preciso, que a nossa força de vontade tem de superar sempre alguma tendência para o nada fazer. Se pudesse, faria como o cidadão da foto. Fica para outro dia.
Boa preparação para a Semana Santa. 

F. M. 

JUNTOS PODEMOS FAZER GRANDES COISAS


«Eu posso fazer coisas que tu não podes, tu podes fazer coisas que eu não posso; juntos podemos fazer grandes coisas.» 

Madre Teresa de Calcutá 
(1910-1997), religiosa 

In Escrito na Pedra do PÚBLICO de hoje

segunda-feira, 6 de abril de 2020

FAROL DEBAIXO DO GUARDA-CHUVA...


Sem contar, fotografei o nosso Farol e por pouco não o abriguei da chuva que caía. Fica para a próxima...

O TEMPO QUE AÍ ESTÁ!



O tempo que aí está! Chuva e frio em plena Primavera. Triste como o Inverno rigoroso que não queremos aceitar. É como a tristeza da Semana Santa que nos abre as portas à alegria da ressurreição. Ressurreição que é vida renovada na fé dos crentes e na natureza que floresce para frutificar nas épocas próprias.
Boa Semana Santa para todos.

domingo, 5 de abril de 2020

TECER REDES DE ESPERANÇA

Crónica de Bento Domingues 


«A morte não podia ser a última palavra porque, na sua morte, Jesus deu futuro àqueles que o matavam.»

1. Li comovido e meditei a homilia do Papa Francisco, do dia 27 de Março, na praça vazia de S. Pedro, cheia do mundo inteiro. Dou graças a Deus pela presença activa desta voz que congrega as energias de todas as pessoas que tecem redes de esperança, neste tempo ferido de guerras, fomes, exclusões e agora pelo devastador covid-19.
Essa voz de um corpo fragilizado reúne, no mesmo cuidado, os povos do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, crentes e não crentes, a começar pelos mais pobres, doentes e desprotegidos, acompanhados pelas pessoas que arriscam a própria vida para não deixarem esse vasto mundo sem protecção e consolo.
São estas pessoas que estão a incarnar, de forma heróica, nestes meses de Março e Abril – e não sabemos por quanto tempo ainda serão indispensáveis – a ética samaritana a que me referi nesta coluna [1].
Esta pandemia está a precisar de muitas redes de cirineus que ajudem a levar a cruz das suas inumeráveis vítimas, agora e no futuro. Também elas precisam da manifestação da solidariedade agradecida de todos os cidadãos de alma magnânima.
Hoje, é Domingo sem Ramos das muitas comunidades cristãs de todos os continentes. Pode-se falar de Semana Santa por causa do infinito perdão pedido por Jesus Cristo, do alto da cruz, para todos os que colaboraram no seu assassinato legalizado com apoio popular. É uma celebração que nasce das narrativas do Novo Testamento, acerca das quais dispomos de excelente produção de crítica histórica, exegética, teológica e litúrgica, bastante ignorada [2].
Como escreveu Frederico Lourenço, na sua introdução aos Evangelhos, é provável que estes quatro textos nem merecessem, ao leitor culto da época, o alto estatuto de literatura. No entanto, estes textos conquistaram o mundo antigo, tanto grego como romano.

A SABEDORIA DE VIVER. 2

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias


Como prometido, dou continuidade à crónica da semana passada, com pensamentos, estórias, contos..., a partir das “sabedorias do mundo”. 
Atendendo à situação de confinamento em casa, resumo, numa segunda parte, dez conselhos do dominicano Frei Betto, que, durante a ditadura brasileira, esteve detido em celas de isolamento. 

I. A sabedoria de viver (continuação) 

4. Paciência inteligente 

4.1. “A paciência é um remédio universal para todos os males”. (Provérbio nigeriano). 
4.2. “Um adolescente japonês foi ter com um mestre de artes marciais e perguntou-lhe quanto tempo seria necessário para aprender esta arte. 
— ‘Dez anos’, disse-lhe o mestre. 
— ‘Dez anos? É demais. Nunca terei força para esperar!’. 
— ‘Então, vinte anos’, disse-lhe o mestre.” (Conto japonês). 
4.3. “Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que agora consagrava a sua vida a ensinar o budismo zen aos jovens. Apesar da sua idade, murmurava-se que era ainda capaz de enfrentar qualquer adversário. Um dia chegou um guerreiro conhecido pela sua total falta de escrúpulos. Era célebre pela sua técnica de provocação: esperava que o seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência rara para aproveitar-se dos erros cometidos, contra-atacava com a rapidez do raio. Este jovem e impaciente guerreiro nunca tinha perdido um combate. Como conhecia a reputação do samurai, tinha vindo para vencê-lo e aumentar a sua glória. 
Todos os estudantes se opunham a esta ideia, mas o velho mestre aceitou o desafio. Reuniram-se todos numa praça da cidade e o jovem guerreiro começou a insultar o velho mestre. Atirou-lhe pedras, cuspiu-lhe na cara, gritou dizendo todas as ofensas conhecidas, incluindo ofensas contra os seus antepassados. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. Ao cair da noite, esgotado e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.

sábado, 4 de abril de 2020

ACHEI AS PÉROLAS QUE TINHA PERDIDO



Em 7 de maio de 2008, registei, no Forte da Barra, esta imagem que guardei num recanto qualquer dos meus caóticos arquivos. Não sei se a publiquei. Só sei que a perdi, mas dela me lembrei algumas vezes. Na hora do batismo dei-lhe o nome de pérolas, penso que com oportunidade. Hoje reencontrei-me com ela, partilhando-a agora com os meus amigos,  com desejos de uma Páscoa sem o bicho horrendo que dá pelo nome de COVID-19.