Cabeleireiro cuida de um sem-abrigo (rede global) |
Em artigo publicado no PÚBLICO de hoje, assinado por Ana Sá Lopes, Leonete Botelho e Helena Pereira, lê-se, em título, que “Em 45 anos, cinco Presidentes entregaram 9477 comendas”. É obra!
Realmente, somos um país de comendadores, num território pequeno com história grande, com cerca de uns 10 milhões de habitantes. Sem contar, claro, com outras distinções de menor importância que não dão direito ao pomposo tratamento de comendador disto e daquilo.
Eu não sei ao certo como é que é possível escolher os candidatos, a não ser por grandes e indiscutíveis feitos de extraordinário valor nacional, em prol do povo e do país. O que se sabe é que, por este andar, qualquer dia tem de se montar mais um negócio para satisfazer a voracidade generosa dos nossos presidentes, em matéria de condecorações, por isso e por aquilo. Depois, como se está a ver, a muitos são retiradas as comendas por comportamentos incompatíveis com a dignidade que as mesmas impõem.
Em conclusão, seria bom que os nossos presidentes pensassem se vale a pena andar a premiar quem, no fundo, apenas cumpriu o seu dever cívico, cultural, ou social. Mais de 200 condecorações por ano é mesmo muita condecoração. Normalmente, ficam de fora muitos que, no dia a dia, são altamente dedicados a quem sofre, a quem vive na solidão ou no desespero do abandono.
Realmente, somos um país de comendadores, num território pequeno com história grande, com cerca de uns 10 milhões de habitantes. Sem contar, claro, com outras distinções de menor importância que não dão direito ao pomposo tratamento de comendador disto e daquilo.
Eu não sei ao certo como é que é possível escolher os candidatos, a não ser por grandes e indiscutíveis feitos de extraordinário valor nacional, em prol do povo e do país. O que se sabe é que, por este andar, qualquer dia tem de se montar mais um negócio para satisfazer a voracidade generosa dos nossos presidentes, em matéria de condecorações, por isso e por aquilo. Depois, como se está a ver, a muitos são retiradas as comendas por comportamentos incompatíveis com a dignidade que as mesmas impõem.
Em conclusão, seria bom que os nossos presidentes pensassem se vale a pena andar a premiar quem, no fundo, apenas cumpriu o seu dever cívico, cultural, ou social. Mais de 200 condecorações por ano é mesmo muita condecoração. Normalmente, ficam de fora muitos que, no dia a dia, são altamente dedicados a quem sofre, a quem vive na solidão ou no desespero do abandono.
Abstenho-me de ilustrar este meu modesto texto com figuras condecoradas que desonraram a ética e ofenderam a sociedade sem vergonha.