domingo, 14 de abril de 2019

A tragédia do Titanic em 1912

Convés de botes
«O naufrágio do Titanic ocorreu entre a noite de 14 até à manhã de 15 de abril de 1912 no Atlântico Norte, quatro dias após o início da viagem inaugural do navio que partiu de Southampton com destino à cidade de Nova Iorque. 
O maior navio de passageiros em serviço à época, o Titanic tinha estimadas 2.224 pessoas a bordo quando atingiu um iceberg por volta de 23:40 (horário no navio)[nota 1] no domingo, 14 de abril de 1912. O afundamento aconteceu duas horas e quarenta minutos depois, às 02:20 (05:18 GMT) na segunda-feira, 15 de abril, resultando na morte de mais de 1.500 pessoas, transformando-o em um dos desastres marítimos mais mortais.» Assim se lê no Wikipédia, extraordinária fonte das mais variadas áreas do conhecimento. 

Adenda: Ver trabalho muito útil aqui 

Nota: Foto de Portos de Portugal

Semana Santa? Que tenho eu a ver com isso?

Bento Domingues
"O projecto de Jesus surge como projecto de libertação, sobretudo dos doentes, dos pobres e das mulheres que não contavam para nada na sociedade do seu tempo" 

1. Creio que toda a gente tem muito a ver com a Semana Santa. Explico: os católicos fervorosos podem lamentar que, num país onde a maioria da população se exprime como católica (cerca de 80%), aproveite o Natal, a Páscoa, os Domingos e festas de santos para descanso, desporto, viagens, segundo as possibilidades económicas de cada um, e muito pouco para celebrar e aprofundar o conhecimento da sua própria fé. 
Esses católicos só têm razão até certo ponto. Não esqueçamos que o Novo Testamento estabeleceu uma grande polémica em torno da prática judaica sacralizada do sábado. Uma das narrativas míticas da criação está organizada para que, no sétimo dia, até Deus descanse [1]. Não podia haver táctica melhor do que esta: colocar o seu Deus como exemplo do que todos os crentes deviam cumprir. Se os textos do Novo Testamento são tão duros com essa sacralização, não era por causa de serem dias de descanso e oração. O que levou o judeu, Jesus de Nazaré, a provocar os seus concidadãos, fazendo o que estava proibido ao sábado, não era por desprezo do dia consagrado ao descanso, mas por terem transformado, numa prisão, um marco civilizacional da liberdade. 
O ser humano não pode ser um escravo do trabalho. Há muitas outras dimensões da vida que é preciso atender e às quais é preciso dar oportunidades. Não esqueçamos que o projecto de Jesus surge como projecto de libertação, sobretudo dos doentes, dos pobres e das mulheres que não contavam para nada na sociedade do seu tempo. 

Anselmo Borges — A Paixão do Mundo

Anselmo Borges
Pascal, o matemático, um dos maiores de sempre, e também um dos mais profundos cristãos de sempre, observou, nos Pensamentos: “Jesus estará em agonia até ao fim do mundo; é preciso não dormir durante esse tempo.” 
Sim, a Paixão de Cristo continua e é preciso estar acordado e atento. Na Paixão de Cristo estamos todos. 

1. Com uma vida a anunciar, por palavras e obras, o Deus que é Amor incondicional, Pai e Mãe, cujo único interesse é a realização plena de todos os seus filhos, a alegria e a felicidade de todos, a começar pelos mais pobres, humildes, abandonados, oprimidos, o que o colocava em confronto com os poderes opressores, religiosos, económicos, políticos..., Jesus, sabendo o que o esperava, ofereceu uma ceia, a Última Ceia, dizendo: “Isto é o meu Corpo, isto é o meu Sangue, a minha vida entregue por vós”. Aquele pão e aquele vinho são a sua pessoa entregue para dar testemunho da Verdade e do Amor. Quando se reunissem, deveriam fazer isso em sua memória, lembrando o que ele fez e é. 
2. A religião sacrificial e ritual do Templo teve papel decisivo neste enfrentamento. Quem primeiro o condenou foi a religião oficial, cujos sacerdotes não toleravam ver os seus privilégios postos em causa: “Ide aprender o que isto quer dizer: eu não quero sacrifícios, mas justiça e misericórdia”, diz Deus. Do mais indigno que há: viver de e para uma religião que humilha e oprime em nome de Deus.
3. No Getsémani, Jesus entrou em pavor e angústia, “pôs-se a rezar mais instantemente, e o suor tornou-se-lhe como grossas gotas de sangue, que caíam na terra”. Deus não atendeu a sua súplica e até os discípulos mais íntimos adormeceram. “Porque dormis? Levantai-vos e orai, para que não entreis na tentação.” Todos passámos ou passaremos, de um modo ou outro, por horas de dúvidas, de horror e de solidão atroz. 

Boca da Barra: A fome


A fome num simples registo. Quando um traineira demanda o Porto de Pesca, é certo e sabido que as gaivotas ou outras aves marinhas dão logo sinal de peixe fresco à vista. Topam-no pelo cheiro ou pelo instinto e então põem-se a jeito para uma petiscada na hora da descarga. A luta pela sobrevivência oferece-nos, frequentemente, este espetáculo.

sábado, 13 de abril de 2019

Praia da Barra à espera do verão

O farol com toda a sua imponência

Passadiço à espera de gente

Esplanada ainda sem ninguém

Sem crianças a brincar
Ontem, passámos pela nossa Praia da Barra. Manhã luminosa e amena estava mesmo convidativa e percebemos isso. Gente a gozar o prenúncio de tempo estival. Paredão-sul bem frequentado. Alguns rostos conhecidos e surfistas nas ondas sem frio... Bom fim de semana.

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Georgino Rocha: De Jerusalém para o mundo


JESUS APRESENTA-SE MONTADO NUM JUMENTO



Jesus sabe que a sua vida corre perigo e pressente que os últimos dias estão a chegar. A paixão por dar a conhecer a novidade do Reino de Deus, de que é portador/realizador, leva-o a ser criativo, a inventar maneiras, ainda que apoiando-se em citações e reminiscências dos profetas. A paixão por despertar a consciência ensonada dos responsáveis políticos e religiosos impele-o a empreender novas ousadias, a enfrentar armadilhas fatais. A paixão por desvendar ao povo humilde a verdade do que está a acontecer leva-o a apresentar-se montado num jumento na cidade de Jerusalém. Esta realidade constitui o pórtico da Semana Santa que, hoje, se entreabre com a bênção e procissão dos Ramos e a proclamação da narração da Paixão segundo Lucas (Lc 22, 14 - 21, 56).
Jesus está nas imediações do monte das Oliveiras, na aldeia de Betfagé, vindo de Betânia, terra do amigo Lázaro e sua família. Sonha com uma nova oportunidade e quer criar um facto histórico de grande alcance simbólico. Chama dois discípulos e diz-lhes: “Ide à povoação que está em frente e, logo à entrada, vereis um jumentinho preso…Soltai-o e trazei-o” (Lc 19, 30). Eles assim fizeram.
E o sonho converte-se em realidade. Entregam o animal a Jesus, preparam a montada, estendendo pelo dorso capas de protecção. Jesus sobe e começa a procissão rumo a Jerusalém, cidade do Templo que está ao alcance da vista. Os acompanhantes e outros peregrinos vão-se incorporando e o barulho aumenta. Capas estendidas, ramos de verdura agitados, gritos de hossana e outras aclamações são sinais da sua alegria e do seu entusiasmo. Cena, agora, evocada nas famílias e comunidades cristãs, a testemunhar a robustez da convicção religiosa e da fé católica numa sociedade que se afirma laicizada e, em que grupos aguerridos, teimam em impor a sua ideologia intolerante.

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