quinta-feira, 21 de março de 2019

Miguel Esteves Cardoso: Moçambique


Segundo o PÚBLICO “a Unicef estima que sejam precisos 20,3 milhões de dólares para dar resposta à passagem do ciclone Idai”. Dos três países, Moçambique é o mais afectado, “prevendo-se que sejam necessários dez milhões de dólares para recuperar os danos causados”. 
Portugal começou por dizer vergonhosamente que iria ajudar através da União Europeia e da ONU, como se Portugal nada tivesse que ver com Moçambique ou fosse incapaz de ajudar sozinho como país soberano que é. “Portugal vai ajudar Moçambique através da União Europeia, que disponibilizou um financiamento de 3,5 milhões de euros.” Se há 28 países na União Europeia, isto dá uns generosíssimos 125 mil euros por país. 
Felizmente houve respostas de câmaras municipais que avançaram com mais do que esses 125 mil euros. Mesmo assim é preciso dizer o que parece mal referir: 20 milhões de dólares é muito pouco dinheiro para a União Europeia. O dinheiro necessário para reconstruir o que foi destruído em Moçambique pelas cheias também é pouco para Portugal. Podia-se fazer já a transferência. E deveria fazer-se já. 
Deveríamos saber quais foram as organizações que mais ajudaram os moçambicanos no terreno para podermos reforçá-las e apoiá-las. Deveríamos ouvir com a máxima atenção o que nos dizem os moçambicanos. Deveríamos ter mais humildade na maneira como falamos de Moçambique e na facilidade com que a diagnosticamos. Aprendi importantes lições de vida — de dignidade e elevação — graças à sorte que tive de conhecer moçambicanos. 
A altura é de ouvir e ajudar.

Miguel Esteves Cardoso no PÚBLICO

NOTA: Subscrevo e aplaudo.

quarta-feira, 20 de março de 2019

Notas do meu Diário – Primavera, Vagueira e Lua

Aí estão as flores

Árvore jovem promete

Vagueira ao entardecer 

A lua, eterna sedutora

Primavera — Hoje, senti que o dia era diferente. A primavera deu um sinal auspicioso com sol a brilhar e temperatura a condizer com a nossa fome de bom tempo. O inverno cansa. Deu, então, para me libertar, de algum modo, do excesso de roupa, assumindo a esperança e quase certeza de que a vida nos trará tempos agradáveis, propiciadores de harmonia e encontros com gentes e natureza. 
No meu quintal, registei o renascimento da primavera, com flores a desabrochar e arvoredo a manifestar sinais de que está disponível para nos deliciar com fruta saborosa e sem vestígios de nutrientes artificiais. Assim espero. 

Vagueira — Ao final do dia, rumámos à praia da Vagueira. Um ventinho agreste, que o inverno insiste em ficar mais uns dias. É teimoso, nós sabemos, mas a primavera também possui capacidades mais do que suficientes para se impor entre nós. O sol mergulhava no oceano e nem vivalma topámos nos passadiços. Uma ou outra pessoas, agasalhada quanto baste, ao longe. E nada mais. Mas o sol quis ficar connosco. Seja feita a sua vontade. E aqui fica para mais tarde recordar. 

Lua — No regresso, a lua desafiou-nos. Apreciámos o seu rosto a sobressair entre as sombras das nuvens. Assistimos à sua subida, à nitidez da sua cara, num crescendo interessante e interpelante. E aqui fica ela para testemunhar o cuidado com que olho e contemplo o céu. 

FM 

D. Maurílio de Gouveia já está no regaço maternal de Deus

D. Maurílio de Gouveia faleceu aos 86 anos de idade. Madeirense e Arcebispo de Évora, ultimamente na situação de emérito, merece esta referência no meu blogue pela simplicidade que sempre patenteou quando me encontrei com ele. Em representação da CEP (Conferência Episcopal Portuguesa), foi assistente e responsável pela comunicação social ligada à Igreja Católica, mas também partilhou sentimentos de proximidade com o Movimento Apostólico de Schoenstatt, na Diocese de Aveiro, tendo marcado presença em várias cerimónias. 
Durante um fim de semana, em novembro de 1995, participou, com inusitado interesse, num encontro nacional de diretores e outros responsáveis pela comunicação social de expressão católica, em Bragança, onde tive o prazer de conversar com D. Maurílio sobre assuntos de interesse jornalístico. E dele colhi o conhecimento e a serenidade com que abordava o que então nos preocupava. Essa imagem do seu interesse e reconhecimento da importância dos órgãos de comunicação da Igreja, em tempos vertiginosos de transformações a vários níveis, jamais esquecerei. 

FM 

Nota: A fotografia que apresento foi registada nesse encontro.

Dia Internacional da Felicidade para todo o mundo


Celebra-se hoje, 20 de março, o Dia Internacional da Felicidade. A sugestão veio do Butão, um pequeno reino budista dos Himalaias,  que adota como estatística oficial a “Felicidade Nacional Bruta” (FNB) em vez do Produto Interno Bruto (PIB), conforme li no Google. E será preciso lembrar, realmente, que toda a gente, mesmo a mais cética, aspira e luta pela felicidade? Julgo que não. 
Contudo, penso que, apesar de ser consensual o desejo universal de cada um se postar numa procura permanente da felicidade, é justo admitir que importa lutar e apoiar o esforço de quem ainda está longe dela, por motivos diversos. É claro que não há a felicidade plena em cada ser humano, mas quanto mais perto dela estivermos tanto melhor. 
Normalmente, associamos o conceito de felicidade a uma boa situação económica, mas tenho para mim que será redutor ficarmos por aí. Conheço pessoas ricas (economicamente falando) muito infelizes enquanto outras, com muito menos dinheiro, ostentam uma vida rica de sentimentos e de disponibilidade para os outros, dando-se, diariamente, a quem sofre, cultivando artes e cultura, espalhando harmonia à sua volta, estabelecendo pontes de diálogo e entendimento, promovendo o bem e a justiça social, valorizando a alegria, o bom humor, o otimismo e a esperança em dias melhores. 

FM

Chegou a primavera!


"O que nos faz vibrar na Primavera 
não são as cores garridas, 
os sons da alegria e o ar quente. 
É o espírito silencioso e profético 
de infinitas esperanças, 
a antevisão de muitos dias felizes"

Novalis

terça-feira, 19 de março de 2019

Dia do Porto de Aveiro

Navio-Museu Santo André 
Cenário das Celebrações



O Dia do Porto de Aveiro vai ser celebrado em novo cenário, bem enquadrado no já emblemático Navio-Museu Santo André, ancorado no Jardim Oudinot. A cerimónia inclui, como um dos seus pontos altos, a homenagem aos trabalhadores com mais de 25 anos na empresa.
A esta homenagem associar-se-ão todos os presidentes do Conselho de Administração até à data, e o último presidente da Junta Autónoma do Porto de Aveiro (JAPA).

NOTA: Informação do Porto de Aveiro e Comunidade Portuária.

Lembrança consoladora do meu pai


“Celebra-se hoje o Dia do Pai. Também a Igreja celebra São José. Associo muito o meu pai a São José. Ambos trabalhadores com responsabilidades familiares. Ambos humildes e dados a um certo e normal silêncio. Ambos conscientes dos seus deveres sociais e religiosos. Ambos crentes num Deus Criador. Ambos disponíveis para enfrentarem dificuldades. Ambos com grande capacidade de sacrifício. E ambos sabiam amar muito.
O meu pai faleceu há bastantes anos. Foi nos idos de 75 do século passado. Inesperadamente. De forma apressada e sem hipótese de cura. Nunca o tinha visto doente. Nunca se queixava de qualquer incómodo que nos levasse a pensar num possível enfarte. Era um homem saudável e até brincava com as nossas fraquezas. Mas a primeira doença que teve foi fatal.” 
Partilho estas frases escritas há 10 anos. E não será preciso dizer mais nada, a não ser que o meu pai continua comigo na caminhada da vida. Até um dia, querido pai. 

Fernando Martins

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