domingo, 17 de fevereiro de 2019

Olegário Fernandes apresenta almanaque de luxo


Capa

Último texto

Tenho em meu poder um Almanaque especial que me foi oferecido por pessoa amiga. É uma obra de arte gráfica, que ano a ano me chega às mãos para delícia do meu olhar. Cada página é uma história que me recorda épocas de antanho, com um colorido ímpar, enriquecido por textos poéticos de encher a alma. Um bem-haja a quem se lembra de mo oferecer. 
O Almanaque, para 2019, é de Olegário Fernandes – Artes Gráficas, S.A., e na abertura é lembrado: “Em 2018, Setembro mais precisamente, cumpriram-se cinquenta anos da nossa administração, na Olegário Fernandes – Artes Gráficas.” E promete que “a Olegário Fernandes reitera a vontade e firmeza de continuar, acreditando que o que nos espera será sem dúvida melhor”.

Frei Bento Domingues - Os outros estão a mais? (1)

"Depois da morte de Deus viria, não a emancipação, mas a morte do ser humano. Já há muito tempo que desconfio de tanta promessa e de tanta ameaça."


1. Nietzsche (1844-1900), um dos primeiros filósofos que estudei, é uma figura de contrastes desmedidos. Tem tanto de visionário fascinante como de classificador irritante. Disse o pior do Sermão da Montanha, uma das peças mais belas e revolucionárias do Novo Testamento [1], proposto, hoje, como desafio às comunidades eucarísticas. Classificou-o como um atentado contra a natureza: a vida acaba quando começa o Reino de Deus e a prática da Igreja aí está para o confirmar [2]. 
Deixemos, para já, o sermão de Nietzsche, sermão da morte de Deus em nome da exaltação da vida e do Super-Homem, aproveitado pelos nazis para a glorificação do crime nacionalista, anti-semita e racista. 
No entanto, as religiões estão em maus lençóis por razões mais óbvias e imediatas. A embriaguez criada pelas revoluções agrícola, científica, industrial e cultural ainda não serenou. Tornou-se mais aguda. Entrou em delírio. O império da tecnociência em todos os domínios e, agora, as promessas do reino prometido da inteligência artificial, nas suas infindáveis aplicações, estariam a deixar Deus cada vez mais desempregado. Por outro lado, diz-se que a extensão da robótica se encarregará de dispensar aqueles que a criaram. Depois da morte de Deus viria, não a emancipação, mas a morte do ser humano. Já há muito tempo que desconfio de tanta promessa e de tanta ameaça.

Anselmo Borges — Islamofobia e Cristianofobia


«Sendo a religião uma dimensão constitutiva do ser humano e estruturante da cultura, é evidente que tem de ter lugar também no espaço público»


1. Não há dúvida de que a visita do Papa Francisco aos Emiratos Árabes Unidos de 3 a 5 deste mês constituiu uma visita para a História, como aqui procurei mostrar na semana passada. O próprio Francisco caracterizou a sua viagem como “uma nova página no diálogo entre Cristianismo e Islão”. É preciso ler e estudar o “Documento sobre a Fraternidade Humana”, então assinado por ele e pelo Grande Imã de Al-Azhar. Também foi a primeira vez que um Papa celebrou Missa para 150.000 cristãos na Península Arábica, berço do islão, num espaço público. 
Já de regresso ao Vaticano, na habitual conferência de imprensa no avião, um jornalista perguntou-lhe que “consequências terá também entre os católicos o Documento, considerando que há uma parte dos católicos que o acusam de deixar-se instrumentalizar pelos muçulmanos...” E Francisco: “E não só pelos muçulmanos... (riu-se). Acusam-me de me deixar instrumentalizar por todos, incluindo os jornalistas. É parte do trabalho, mas gostaria de dizer uma coisa. Do ponto de vista católico, o Documento não se separou nem um milímetro do Vaticano II, que até é citado várias vezes. Se alguém se sentir mal, eu compreendo-o, pois não é algo de todos os dias..., mas não é um passo atrás, é um passo para diante... É um processo e os processos amadurecem.”

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Domingos Cardoso no FUGAS do PÚBLICO



Maria José Santana, jornalista, publica hoje no PÚBLICO, no suplemento FUGAS, uma reportagem sobre o ilhavense Domingos Freire Cardoso, conhecido professor, poeta e estudioso da sua terra natal e suas gentes. 
O trabalho da jornalista incide, fundamentalmente, sobre o mais recente livro daquele autor, “Palabras co bento no leba”, dedicado ao linguajar típico das gentes ilhavenses. Trata-se de uma obra que deixa aos vindouros sinais indeléveis da identidade dos ílhavos. 
Sugiro, pois, aos meus leitores, que leiam e apreciem a reportagem da Maria José Santana.

Ler reportagem aqui 

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

A Matemática está mesmo em todo o lado

Rogério Martins 
na Escola Secundária da Gafanha da Nazaré 



O matemático, autor e apresentador do programa “Isto é matemática”, Rogério Martins, vai estar na Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, no próximo dia 21 de fevereiro, para um encontro com os alunos. 
Também autor do livro com o mesmo título, numa redação conjunta com Tiago DaCunha Caetano, tem dado continuidade ao projeto iniciado na TV. Uma oportunidade para contactar com a matemática de uma forma acessível, rigorosa e divertida e, ao mesmo tempo, uma motivação para o desenvolvimento do gosto pela matemática. 
Afinal de contas a matemática está mesmo em todo o lado.

Gafanha da Nazaré: aventuras, desportos, jogos e brincadeiras


No próximo dia 15 de março, pelas 21 horas, na Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, vai ser apresentado o mais recente livro de Júlio Cirino,“Gafanha da Nazaré: aventuras, desportos, jogos e brincadeiras”. O evento está aberto a toda a comunidade, em especial aos que gostam de revisitar o passado, tendo por guia o próprio autor.

Georgino Rocha — Alegrai-vos e Exultai

Georgino Rocha
"O ensinamento de Jesus atinge o coração do homem, quer dotá-lo de novas energias, e configurar o seu estilo de vida"

Jesus está num lugar plano. Havia descido da montanha, onde passara a noite em oração. Aqui, segundo a versão de Lucas, “ao amanhecer, chamou os Seus discípulos e escolheu doze entre eles, aos quais deu o nome de Apóstolos”. Espera-o muita gente do povo, vinda de várias partes, pois queria ouvir a sua palavra e ser curado das doenças que a atormentava. Espera-o numerosa multidão de discípulos que o vinha a seguir e a testemunhar a sua relação próxima e compassiva com as pessoas, o seu amor à verdade, a sua paixão pela libertação de todas as escravidões. Espera-o a hora histórica de fazer a proclamação do código de felicidade do Reino que reflecte o projecto de Deus e começa a ser vivido já, de forma germinal, por aqueles que o aceitam sem restrições.
Lucas apresenta este código contrapondo os que acolhem e praticam as suas sentenças e os que as menosprezam e rejeitam no modo de viver, em atitudes e gestos do dia-a-dia. (Lc 6, 17- 26). Apresenta-o, sem complementos explicativos, como faz Mateus. Deixa a verdade nua a falar por si. Deixa o leitor sofrer o impacto da sua novidade. Deixa que a Igreja possa rever-se numa das mais belas mensagens do discurso da planície, isto é, do quotidiano impregnado desta energia divina. Deixa em aberto os canais da seiva nova que pretendem humanizar a família, a sociedade e suas organizações.

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