quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Papa rejeita moralismos no sínodo sobre os jovens

O sínodo sobre os jovens, 
iniciado hoje no Vaticano, 
prolonga-se até 28 de outubro

Papa com jovens (foto das redes globais)
«Lutai contra todo o egoísmo. Recusai dar livre curso aos instintos da violência e do ódio, que geram as guerras e o seu cortejo de misérias. Sede generosos, puros, respeitadores, sinceros. E construí com entusiasmo um mundo melhor que o dos vossos antepassados». E sublinhou: «Sabemos que os nossos jovens serão capazes de profecia e visão, na medida em que nós, adultos ou já idosos, formos capazes de sonhar e assim contagiar e partilhar os sonhos e as esperanças que trazemos no coração»

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Outono - Entro na sala...

 Um poema de Maria Donzília Almeida


OUTONO

Entro na sala…

Se a turba se cala
Olho em frente….
Não fico indiferente
A árvore triste
Vai-se despindo…
O Outono persiste
E vai colorindo
De nova roupagem
A paisagem!
Tanta beleza
É com certeza
A despedida
Muito sentida
Da natureza!

Maria Donzília Almeida

22.10.09

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Assim vai a nossa comunicação social...

Ronaldo e o silêncio da imprensa



Um Olhar… (Sonetos)

João Alberto Roque: "Eu estou nestes sonetos" 

João Alberto Roque
João Alberto Roque e Hélder Ramos
João Alberto Roque, docente da Secundária da Gafanha da Nazaré e membro ativo da nossa comunidade, lançou, no dia 28 de setembro, na biblioteca daquela escola, o seu  mais recente livro, Um Olhar… (Sonetos), que mostra à saciedade a sua faceta de escritor, multifacetada e premiada, merecedora da atenção de todos. A obra contou com a apresentação de Hélder Ramos, também professor, poeta e amigo de João Roque, desde a juventude, que sublinhou a sua “apetência” especial pela escrita, manifestada nos festivais da Canção Mensagem, realizados há décadas na paróquia de Nossa Senhora da Nazaré, como letrista.
Hélder Ramos referiu que “o soneto não é muito dos nossos tempos”, enquanto evocou famosos sonetistas da nossa literatura, desde Sá de Miranda até Natália Correia, sem esquecer Camões e Florbela Espanca. “O soneto é bicho raro”, disse.
O apresentador frisou a importância de “o criador olhar para o que cria”, esclarecendo que o João Roque “é um poeta-cidadão que olha à sua volta”, porque “o mundo precisa de ser humanizado”. E adiantou que “a poesia nos leva ao encontro da realidade”, cabendo ao poeta “interpelar-nos” no dia a dia.
Hélder Ramos salientou que a poesia “é um terreno fechado” que “tem muitas portas abertas”. E garantiu que “em cada soneto há sempre uma porta que o autor nos abre”.
No Prefácio que escreveu, Hélder Ramos afirmou, referindo-se ao autor: “temos um poeta mais maturado e seriamente empenhado em partilhar contributos lírico-reflexivos cuidadosamente lavrados nos versos tratados com o próprio trabalho com palavras capazes de elevar os sentimentos terrenos ao encanto superior que UM OLHAR novo só a Poesia pode oferecer.”

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Dia Internacional do Idoso - Um abraço para todos os idosos

Aqui estamos a  apanhar o ar fresco do nosso mar

O Dia Internacional do Idoso comemora-se hoje, 1 de outubro. É, portanto, o nosso dia, meu e da Lita. Sem complexos o afirmo e nem preciso que me felicitem por isso. O prazer de viver com a minha mulher, há mais de meio século, dá-me a alegria de esperar todos os dias o nascer do sol e de aguardar a chegada da noite para dormir sem stresse, com a consciência tranquila e sem problemas que me roubem o sono. 
Este dia foi instituído em 1991 pela ONU com o «objetivo de sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e da necessidade de proteger e cuidar a população mais idosa. A mensagem do dia do idoso é passar mais carinho aos idosos, muitas vezes esquecidos pela sociedade e pela família». É isso… E se nós nos sentimos felizes, há que reconhecer que muitos velhos vivem sozinhos, dramaticamente sozinhos, porventura atormentados pelo abandono ou pelo esquecimento. 
Há filhos e netos ingratos noutras famílias? É óbvio que há, pela simples razão de que são gente sem sentimentos, sem capacidade de amar, talvez egoístas, decerto pouco inteligentes. Esquecem-se de que um dia, quando velhos, se lá chegarem, possam reconhecer a marginalização a que votaram os seus pais e avós. 
Um abraço para todos os velhos, meus leitores e amigos. Mais forte, se estiverem amargurados pela solidão. 

Fernando Martins

Assim vai a nossa comunicação social...

 
«O Presidente da República fez na ONU um discurso que posiciona Portugal na vanguarda do melhor dos valores europeus. Marcelo mostrou-nos em frontal oposição ao perigoso unilateralismo pretendido por Trump e amigos, destacou que Portugal está no campo humanista na procura de um pacto global sobre as migrações e no campo certo das preocupações frente às alterações climáticas e à proteção dos oceanos. Defendeu o reforço da lusofonia na cena internacional e a reclamada, mas continuamente adiada, atualização do funcionamento da ONU. Realçou a prioridade portuguesa a África e não esqueceu a tão esquecida questão da Palestina. Também a mobilização para as questões da igualdade de género. É um discurso que mostra Portugal como um país cujas escolhas estão no lado mais humano e mais justo do mundo»

domingo, 30 de setembro de 2018

Não varrer a casa ao diabo (2)

Bento Domingues
"Evoco esse passado por uma simples razão: os tormentos chegaram ao fim com a eleição do Papa João XXIII, o milagre maior que eu já vivi. Por dificuldades em Portugal, tive a graça de, antes e durante o Concílio, poder frequentar, devotamente, as suas audiências públicas. Vi, pela primeira vez, um papa que parecia o avô de toda a gente. Podíamos verificar que ele gostava de nós todos, os que estavam lá e os que não estavam, crentes e não crentes, porque todos acreditávamos que ele era a voz da humanidade à procura de paz e de esperança. Este João era a alegria bem-humorada. Chegou a dizer que se lembrou de convocar o Concílio quando estava a fazer a barba. Veio o Concílio. Abriu portas e janelas, acreditando que as correntes de liberdade mais contrastadas ajudavam a encontrar novos caminhos."

1. Estaremos no bom caminho? Parece-me que sim. Digo isto com toda a convicção, mas nada está garantido, à partida. A história da Igreja não é, nunca foi, nem pode ser, desenhada como uma auto-estrada de santidade. Quando certa apologética infantil, ignorante ou perversa falava da história admirável da Igreja, como uma procissão de heróis, santos, mártires, doutores e místicos, ilustrada nas pinturas e esculturas das igrejas e capelas, faltava lá o reverso da medalha: a lista das vítimas dos inquisidores, dos criminosos e perversos em nome da santa vontade de Deus. Em defesa da revelação divina e da sua verdade contida nas escrituras, nos concílios ecuménicos, no magistério ordinário e extraordinário dos Papas, decretaram-se condenações e excomunhões odiosas.
Na preparação da entrada no Terceiro Milénio [1] manifestou-se, em alguns sectores da Igreja, a vontade de confessar, publicamente, os crimes e os pecados do passado, fazendo propósitos de emenda em relação a determinados processos e instituições que se tinham tornado prática odiosa e corrente. Basta lembrar o texto de João Paulo II: “Muitos motivos convergem, com frequência, na criação de premissas de intolerância, alimentando uma atmosfera passional, à qual só os grandes espíritos, verdadeiramente livres e cheios de Deus, conseguiram, de algum modo, subtrair-se. No entanto, a consideração das circunstâncias atenuantes não dispensa a Igreja do dever de lamentar, profundamente, as debilidades de tantos dos seus filhos que desfiguraram o seu rosto, impedindo-o de reflectir, plenamente, a imagem do seu Senhor crucificado, testemunha insuperável do amor paciente e manso. Destes traços dolorosos do passado, emerge uma lição para o futuro, que deve levar todo o cristão a ter em conta, o princípio de ouro proclamado pelo Concílio Vaticano II: A verdade só se impõe pela força dessa mesma verdade, que penetra nas almas, com suavidade e firmeza.”