“A Arte de Ajudar — Atitudes Fundamentais no Acompanhamento Espiritual”,
um livro de Alexandre Awi Mello, do Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt
“A Arte de Ajudar — Atitudes Fundamentais no Acompanhamento Espiritual” é um livro de Alexandre Awi Mello, presbítero do Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt, com mestrado em Teologia, especializado em aconselhamento pastoral. O Papa Francisco nomeou-o, em agosto de 2016, Secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. A edição portuguesa é da Lucerna e tem 173 páginas.
No Prólogo, o autor refere que este seu livro foi «fruto de um trabalho académico», no qual recolheu «a sabedoria de um grande mestre do acompanhamento espiritual, o Pe. José Kentenich, fundador de um amplo movimento pedagógico e espiritual, o Movimento de Schoenstatt». O Pe. Alexandre evoca o Pe. Gilberto Cavani, «que colaborou na revisão da tradução», e a Irmã M. Nilza, «pelo trabalho de revisão final». O Pe. Gilberto viveu na Gafanha da Nazaré, como coadjutor, tendo substituído o pároco, Pe. Rubens, durante a sua doença, na altura em que a nossa paróquia esteve sob a responsabilidade dos padres de Schoenstatt.
Joachim Schmiedl, Presidente da Secção Alemã da Sociedade Europeia de Teologia Católica, que prefaciou “A Arte de Ajudar — Atitudes Fundamentais no Acompanhamento Espiritual”, afirma que o diálogo entre psicologia e teologia, «mais precisamente a teologia pastoral, é um dos grandes desafios do nosso tempo», porque se ocupam do homem e da sua capacitação para uma vida mais saudável, no sentido pleno da palavra».
Depois da Introdução, o autor apresenta o Pe. Kentenich, que levou «uma vida inteira a acompanhar vidas», com enfoque na «vida da alma», numa perspetiva do «ideal pessoal», sempre tendo em conta a «Ação do Espírito Santo, o verdadeiro diretor espiritual».
Alexandre Awi Mello desenvolve no 3.º capítulo as «atitudes fundamentais no acompanhamento», considerando a importância da arte de acompanhar a vida, onde tem de sobressair o respeito, o amor, a escuta compreensiva e a autenticidade.
No capítulo 4.º, frisa a mais-valia que advém de uma paternidade/maternidade responsável. E sublinha que o acompanhamento orientador deve seguir uma condução lúcida, interpretar processos de alma e apontar ideais e metas claras.
O autor sublinha, no 5.º capítulo, que o Pe. Kentenich se adianta à prática pastoral do seu tempo, «como no caso do acompanhamento pastoral, que merece hoje em dia uma especial atenção». Para o fundador do Movimento de Schoenstatt, «a presença de Deus é sumamente importante como imanente ao diálogo e à relação pessoal».
«O agente pastoral, “paternal e servidor”, é (…) um “representante” de Deus, uma “transparência” do “Deus acompanhante incondicional”, um instrumento do Espírito Santo, e o “agente pastoral por excelência”», concluiu o Pe. Alexandre Awi Mello.
Fernando Martins
NOTA: Trata-se de um livro fundamental para todos os schoenstattianos, especialmente para os que exercem missões no âmbito do acompanhamento espiritual.