sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Homenagem a D. António Francisco

«In manus Tuas — Nas Tuas mãos… é o lema episcopal do Senhor D. António Francisco e o título que damos a estes textos que nos ajudarão a não esquecer a sua paixão pela caridade, o seu ardor pela evangelização dos praticantes e dos não crentes e o seu espírito de oração.» — lê-se no Prefácio do livro publicado com o mesmo título, como gesto de homenagem a D. António Francisco, assinado por D. António Moiteiro, Bispo de Aveiro. Esta nota, na contracapa, sintetiza, de forma lapidar, o conteúdo do livro publicado pela Diocese de Aveiro, como sinal de gratidão a D. António Francisco dos Santos, falecido em 11 de setembro, no Porto, sede da diocese do mesmo nome e da qual foi Bispo. Antes, havia sido Bispo de Aveiro, onde granjeara estima e admiração dos aveirenses, pela sua simpatia natural, proximidade sem barreiras, humildade exemplar, caridade inexcedível e bondade sem limites. D. António Francisco partiu para o seio de Deus, inesperadamente, quando tanto tinha para nos dar da sua visão humanista do mundo, alicerçada na Boa Nova de Jesus Cristo, que ele, tão expressivamente, sabia transmitir-nos.

CINCO BOMBAS SOBRE A HUMANIDADE

Anselmo Borges 


Escrevi aqui, em duas crónicas, sobre os triunfos da humanidade em relação à fome, à pobreza, à saúde, ao saber, à liberdade, à igualdade... Foram apresentados factos, números, estatísticas, inegáveis. Isso tem de ser registado, para que se saiba do nível actual sem precedentes nos padrões de vida globais. Mas não quereria que se ficasse com a ideia de um optimismo ingénuo. Na verdade, é preciso ser realista e tomar consciência, como acentua o filósofo e teólogo Xabier Pikaza, das cinco bombas que pesam sobre a humanidade e que podem destruí-la pura e simplesmente. A ameaça maior para a Humanidade na actualidade tem que ver com o seu excesso de poder, de tal modo que, sem diálogo, sem uma mudança de paradigma, ela pode auto-eliminar-se. Quais são essas cinco bombas e o seu risco?

1. Vimos da natureza, mas é em nós que a natureza e a sua história tomam consciência de si. Somos da natureza, mas, ao mesmo tempo, na natureza, contrapomo-nos a ela, reflectimos sobre nós e sobre ela. Temos capacidade para descobrir os seus segredos, as suas leis, os seus mecanismos interiores, e tanto podemos servir-nos dela, contemplá-la na sua grandeza e beleza, como destruí-la. Aí está o armamento nuclear, atómico, que pode dar azo à total destruição da natureza e da humanidade. Antes, não tínhamos, mas agora temos a possibilidade de realizar um suicídio global. Muitos países possuem ou possuirão armas atómicas e, com esse meio, podem acabar com a vida e a humanidade toda no planeta. O Papa Francisco não se cansa de repetir que a Terceira Guerra Mundial está em curso, embora aos pedaços, às fatias, e o receio é uma guerra total, que pode tornar-se uma guerra nuclear. Suponhamos que um grupo terrorista se apodera de armamento atómico...

QUE PROCURAIS? PERGUNTA-NOS JESUS

Georgino Rcoha

Georgino Rocha

A pergunta de Jesus feita aos discípulos de João que o seguiam abre a nova fase do Ano Litúrgico que a Igreja nos propõe para celebrarmos. É uma fase que valoriza o tempo comum, a normalidade da vida, o quotidiano. É uma fase que destaca a grandeza das “rotinas” assumidas como espaço de realização pessoal e oportunidade de salvação. É uma fase que convida a mergulhar na profundidade do ser cristão que se expressa no viver e conviver diários, revigorados pela confiança e pela alegria do Evangelho. (Jo 1, 35-42).
Os discípulos são dois. Um é André e o outro não tem nome. Possivelmente, será João, o autor do relato. Mas pode haver outra intenção. E o nome ser o da pessoa que segue Jesus, em qualquer tempo, anda à procura de saciar o desejo de se encontrar com Ele, de saber por experiência o que vai escutando de outros. Que bom! Todos lá cabemos. Tu e eu. A resposta fica nas nossas mãos. A atitude dos discípulos abre caminho à nossa decisão. Vamos acompanhá-los mais de perto.
O seu mestre, João Baptista, estava parado nas margens do rio Jordão. Jesus ia em movimento. Ele está prestes a sair de cena. Jesus a entrar em missão, na vida pública. João não retém os discípulos, mas liberta-os e encaminha-os. Jesus acolhe e, pedagogicamente, inicia um diálogo de aproximação e convite. Diálogo que o narrador resume a perguntas emblemáticas: “Que procurais? Mestre, onde vives? Vinde e vereis”. Perguntas que ficam a ecoar na história à-espera de interlocutores motivados para que haja encontro pessoal e comece a nova relação que humaniza e salva.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

IMPORTA CONHECER A HISTÓRIA DOS OVOS-MOLES


«A Confraria dos Ovos Moles de Aveiro acaba de lançar um apelo à comunidade aveirense no sentido desta ceder vários tipos de documentação relacionada com os ovos-moles. “O objectivo é reunir a maior quantidade possível de informação que ajude no esclarecimento da história deste doce de Aveiro, com vista à publicação de um livro”, esclareceu Sérgio Ribau ao Diário de Aveiro.»


NOTA: Ora aqui está uma excelente ideia para os aveirenses, e não só, descobrirem as muitas receitas da confeção dos ovos-moles de Aveiro. Sim! Eu sei, e todos sabemos, que há diversas receitas deste tradicional doce que tem apreciadores em todo o país e até no estrangeiro. 
No Natal  e Ano Novo falou-se dessa variedade de receitas, sendo unânime a ideia de que os ovos-moles diferem de pastelaria para pastelaria. Estávamos habituados a comer os saborosos doces de uma determinada casa, mas desta vez o responsável pela compra atrasou-se e já não lhe aceitaram a encomenda. E todos notaram a diferença. E que tal um concurso? 

ÍLHAVO - ENCONTROS DE HISTÓRIA LOCAL


MUNICÍPIO DE ÍLHAVO CELEBRA 120 ANOS DA SUA RESTAURAÇÃO




«Ao longo do ano serão vários os momentos que irão refletir a importância deste relevante marco histórico para o presente e futuro de todas as vivências e dinâmicas municipais, sendo também de destacar a nova rubrica da Agenda de Eventos “Viver em…” que desvenda o sentimento dos ilhavenses sobre a extinção do concelho.
As diversas atividades centradas nos 120 anos da Restauração do Concelho de Ílhavo iniciam-se no próximo dia 17 de janeiro com os Encontros de História Local que espelham a história deste importante marco e que lançará o primeiro número da revista “Nossa Gente” com a biografia de Alberto Ferreira Pinto Basto, um dos impulsionadores do processo de restauração de 1898.»

MIGUEL TORGA . CONFIANÇA


Confiança

O que é bonito neste mundo, e anima,
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar outra aventura…
E que a doçura
Que se não prova
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova…


Miguel Torga

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