Reflexão de Georgino Rocha
“Então, Deus vive em mim. Que maravilha! – exclama a bondosa senhora após a conversa com o seu pároco a propósito de uns problemas de consciência. “Vive em mim, faz-me companhia, anima-me quando estou esmorecida, abre-me aos outros e tantas outras coisas lindas e boas. Que felicidade!”
As suas exclamações são muitas mais. O encanto da descoberta manifesta a novidade surpreendente de quem se dá conta desta realidade da fé cristã. Deus faz-nos seus templos. Escolhe-nos para sua morada (Jo 14, 23). Vive ao nosso ritmo. Humaniza-se e assume a nossa fragilidade. Relaciona-se connosco a partir de dentro. Enobrece a consciência, ilumina a inteligência, mobiliza a vontade para causas nobres e quer ajudar a equilibrar os afectos. Dá sinais claros de ser um Deus comunhão, único e uno, na trindade de pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. A Santíssima Trindade que, hoje, celebramos festivamente.