Não pude fotografar a trovoada que se abateu sobre nós esta tarde. Com chuva forte a incomodar quem ousou sair de casa, que não a mim, que fiquei no quentinho da minha tebaida. Sem protestos, que o outono é isto mesmo, quer queiramos quer não. E com esperança de que esta estação do ano, por natureza mais cinzenta, traga a chuva que faz falta, para a nossa agricultura e para os nossos agricultores que teimam em desafiar as políticas da UE, Dispensamos, claramente, as trovoadas, os relâmpagos e as ventanias.
domingo, 18 de outubro de 2015
Sínodo das Famílias ou dos Bispos? (1)
Crónica de Frei Bento Domingues no PÚBLICO
«... mas não serão as famílias
que vivem experiências de êxitos
e fracassos matrimoniais
a poderem apontar caminhos possíveis
para a felicidade familiar?»
1. Há dias, um amigo dizia-me, com ar sentencioso: a vida de uma pessoa, comparada com a duração do mundo, não é apenas breve, é insignificante. Vós, os católicos, tendes a mania de negar a evidência, inventando a ideia de vida eterna quando, de facto, não passa de um fruto enganador da megalomania do desejo. Para não entrar numa discussão estéril, citei-lhe uma frase de Manuel da Fonseca, mais radical e evidente: isto de estar vivo, ainda vai acabar mal!
A conversa tinha começado pelos rumores em torno do Sínodo dos Bispos. Segundo este amigo, está a preparar-se a primeira grande derrota do Papa Francisco. O seu raciocínio era simples: os bispos de todo o mundo dispõem de um passado e do Direito Canónico que lhes oferece a ilusão - assim como à Cúria vaticana - de mandar no imaginário de uma realidade universal, com uma longa história de muitas configurações culturais e religiosas: a Família. Para eles, as normas contam mais do que a felicidade ou infelicidade das pessoas e dos casais. O Papa Francisco, pelo contrário, acordou para as exigências do humanismo cristão, mas não conseguiu acordar os outros bispos do sono dogmático.
sábado, 17 de outubro de 2015
Os nossos fados
"Dizem que temos valor (os portugueses), mas que nos falta dinheiro e união; e todos nos prognosticam os fados que naturalmente se seguem destas infelizes premissas"
António Vieira (1608-1697), padre e escritor português
Li no PÚBLICO
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António Vieira (1608-1697), padre e escritor português
Li no PÚBLICO
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Religião, política e saúde
Crónica de Anselmo Borges
«Há expressões religiosas
aquelas que levam a sentimentos
de impotência, culpa, vergonha.»
O filósofo Immanuel Kant formulou as tarefas essenciais da filosofia nestas perguntas: "O que posso saber?", "O que devo fazer?", "O que é que me é permitido esperar?" Acrescentou, depois, que estas três perguntas remetem para e reduzem-se a esta quarta: "O que é o Homem?"
Significativamente, Kant escreve que à terceira pergunta responde a religião, melhor, ela é do domínio da religião, porque tem que ver com a esperança da salvação, da felicidade, do sentido último. Deus é um postulado da razão prática, isto é, exige-se moralmente que Deus exista, para dar-se a harmonia entre o dever cumprido e a felicidade. A natureza não faz isso, só Deus.
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
O Totti e a Tita
Animais fiéis
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Permitam-me que vos apresente, hoje e aqui, os nossos fiéis amigos, o Totti (a minha Lita faz questão de escrever com dois tês para não haver confusões, segundo creio) e a Tita, que vivem connosco há uns 14 anos bem medidos. Com esta ideia de falar de um cão e de uma cadela pretendo tão-só sublinhar a sua fidelidade que ultrapassa, em alguns casos, o que seria normal apenas entre seres humanos. Realmente, momento a momento, percebemos o nível de fidelidade destes animais, que se estende aos demais familiares.
Quando filhos e netos chegam a nossa casa, percebemos bem a alegria que manifestam de tantas formas, com "gritinhos" estridentes, corridas e saltinhos, procurando o afago de quem vem, ao jeito de desafios para umas brincadeiras.
As idades, já avançadas para as suas vidas, não deixam de nos avisar que, mais ano menos ano, nos vão deixar. E, talvez por isso, sinto a necessidade de partilhar com os meus leitores estas confidências. Afinal, tal como há pessoas que fazem parte das nossas vivências, também há animais que nos envolvem carinhosamente no dia a dia, ficando alegres com a nossa alegria e tristes com a nossa tristeza.
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quinta-feira, 15 de outubro de 2015
Um poema de Manuel Alegre
AS MÃOS
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema ─ e são de terra.
Com mãos se faz a guerra ─ e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedra estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Manuel Alegre
"O Canto e as Armas"
Europa-América
1979
Aveiro quer viver a alegria da misericórdia
Para 2015-2018
«Num mundo em constante mudança, em que cada vez mais se acentuam o individualismo e indiferença, apesar dos apelos à intervenção e à renovação, é imperioso que a Igreja, e cada cristão em particular, seja rosto da misericórdia de Deus para os homens do nosso tempo. Misericórdia que é o modo de amar de Deus, o seu autêntico nome, que se humaniza em Jesus Cristo e no estilo de vida que o leva a identificar-se com as pessoas lesadas na sua dignidade. “Abrir o coração à misericórdia é viver «as obras de misericórdia», fazer a experiência do encontro, da ‘peregrinação’ pelas variadas periferias existenciais.”»
António Moiteiro,
Bispo e Aveiro
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