terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Políptico de Santa Joana Princesa

Um texto de Paulo Miranda



«O políptico de Santa Joana Princesa é uma pintura do arquiteto Luiz Cunha para a igreja homónima também de sua autoria, em Aveiro (1976). É um quadro composto por sete partes, que recria o retrato da Padroeira de Aveiro e a sua exemplar vida de devoção a Jesus Cristo. No centro deste políptico, o autor reproduz a tábua do séc. XV, uma das obras-primas da iconografia portuguesa, de uma forma fiel mas pessoal, acrescentando elementos novos.
Ao seu redor existem seis partes que contam a vida desta infanta, filha de D. Afonso V e irmã de D. João II.»

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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Dia dos Namorados no Museu!

14 de fevereiro, sábado, 
15 horas, 
limitado a 15 casais


O Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) está a organizar um programa especial para casais, tendo por pano de fundo a celebração do Dia dos Namorados, 14 de fevereiro, destacando-se um embarque numa viagem romântica no referido museu. o convite reza assim: «Venha namorar a bordo do “Faina Maior”, conhecer as aventuras românticas de grandes marinheiros e tirar uma foto num cenário muito especial e terminar com um lanche à luz de “velas”.» 
Ao convidar todos os apaixonados o MMI oferece «um conjunto de atividades que vão deixar o romance no ar… Entre estas, destacamos uma sessão de histórias e contos românticos em frente ao aquário de bacalhaus, uma fotografia só para namorados num lugar especial do Museu, ou um lanche com muitas doçuras na cafetaria».
Embora não possa paticipar com a minha mulher, a Lita, auguro a todos os casais um dia muito feliz, com votos de continuidade, por muitos e muitos anos. 

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Recordando o Padre Manuel Maria



Hoje, sem saber porquê, recordei o Padre Manuel Maria Carlos. Não estava em maré de nostalgias, mas as memórias não têm hora própria para nos dominarem. E para o homenagear, lembrei-me de publicar um texto seu, que um dia, em resposta a um pedido meu, teve a gentileza de me enviar para publicação no Timoneiro, jornal mensal da nossa comunidade. Voltarei ao assunto mais tarde.

O texto do padre Manuel Maria Carlos ser lido aqui.

As vantagens de não se julgar infalível (1)

Crónica de Frei Bento Domingues 
Bento Domingues

1. Dizem-me que estou a ficar viciado no Papa argentino. É possível. Seja como for, o seu pontificado retomou, de forma original e surpreendente, o impulso meticulosamente abafado de João XXIII (1881-1963). Este filho de camponeses pobres, de Sotto il Monte (Bergamo), foi uma bênção inesperada para um mundo dividido e ameaçado por um confronto nuclear. Já muito idoso teve a ousadia de provocar um abalo sísmico numa Igreja obsessionada com dogmas e anátemas, ao convocar o Vaticano II, o concílio do acolhimento universal e do diálogo irrestrito. Consta que este bispo pobre, piedoso e cheio de humor sempre se sentiu bem na companhia de hereges, cismáticos e não-católicos. Destruiu barreias e construiu pontes, em todas as direcções, sem nunca se julgar infalível.
Não esqueço que já passaram várias gerações e que, hoje, é difícil imaginar o que se passou, na Igreja, entre 1958 e 1962. Além disso, em Portugal, esse concílio não foi nem preparado, nem acompanhado, nem recebido.

Mudanças no mundo

«Sê a mudança que queres ver no mundo»

Gandhi
1869-1948

NOTA: O problema é que falamos e barafustamos mas pouco fazemos para mudar o mundo para melhor, mesmo à nossa volta.

sábado, 31 de janeiro de 2015

O riso e a transcendência

Crónica de Anselmo Borges 
no DN


Anselmo Borges

1. Uma vez, uma jovem estudante pediu-me para fazer um trabalho sobre o riso. Porquê? Queria entender porque é que a mãe, entrando na igreja para a celebração da missa de corpo presente da avó, ao deparar-se com o cadáver, começou a rir.
Diferença essencial entre o ser humano e os outros animais é o riso e o sorriso. Eles são manifestação da inteligência superior e de transcendência.
Perante o cadáver, seja ele de quem for, mas sobretudo de um ente próximo e querido, íntimo, há um choque de emoção e razão, sobrepondo-se a razão. De um modo ou outro, acabamos por nos rever no cadáver, a nossa posição futura está ali, desabando então, frente àquela figura coisificada, toda a vaidade e todo o ridículo da soberba e grandeza imaginada, que vão ser pó ou cinza. E aí está a tensão que obriga a transcender. Por outro lado, antes ainda, depois ou em concomitância, está aí a revolta: a minha mãe não foi nem é esta coisa cadavérica aí em frente. No limite do trágico, sobrevém o riso, clamando transcendência. É a explosão do conflito entre o intolerável do que se mostra e uma transcendência para que se aponta.

Jesus ensina com autoridade

Reflexão de Georgino Rocha


Cafarnaum (ruínas)

«E hoje, que forças ocultas ou evidentes mantém as pessoas manietadas e oprimidas, as sociedades fragilizadas, os estados impotentes, as confissões religiosas ensonadas e a(s) Igreja(s) incomodada(s)?»

Chegado a Cafarnaum, Jesus vai à sinagoga, como bom judeu, e, convidado a comentar as leituras, adopta um estilo próprio, distanciando-se do método tradicional. Mc 1, 21-28. Não cita nenhum dos famosos rabis, como era de “bom-tom” para credenciar a sua homilia. O que disse, Marcos não o regista, mas não andará longe, como noutras passagens se afirma, de algo parecido com o que Mateus conserva na sequência do sermão da montanha (5, 21-48). Jesus reinterpreta, com autoridade pessoal — e que autoridade! — , o sentido das escrituras e manifesta o seu conteúdo oculto e inédito. Autoridade que é liberdade de ensino e relação, poder de comunicação, legitimidade de acção. Autoridade que lhe vem não do apoio popular nem da força das armas ou do prestígio social ou do voto democrático, tantas vezes manipulado. A fonte é outra como se verá a seguir.