1. Deixei, neste espaço, quatro crónicas sobre o estilo provocatório de alguns gestos, atitudes e intervenções do papa Francisco destinados, por um lado, a questionar e a despertar a vida da Igreja, em todas as suas dimensões e, por outro, a denunciar um sistema financeiro e económico que corrompe a própria natureza da política. Esta, em vez de se regenerar no serviço do bem comum, tornou-se um instrumento de decisões que reduzem os seres humanos pobres ou “improdutivos” a lixo social.
Perante este comportamento, não admira que certos grupos classifiquem de populista a via deste argentino. Mesmo sem exigirem o uso majestático da tiara papal, esperam, do bispo de Roma, menos espontaneidade, modos mais cerimoniosos e protocolares.