sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Homenagem a Mons. João Gaspar

60.º aniversário da sua  ordenação presbiteral 




A Diocese de Aveiro celebrou hoje o 60.º aniversário da ordenação presbiteral de Mons. João Gonçalves Gaspar, Vigário Geral da nossa Diocese e conhecido historiógrafo de Aveiro e sua região, com inúmeros livros publicados. 
A eucaristia celebrativa teve lugar numa capela interior do Seminário de Santa Joana Princesa, a mesma onde decorreu a cerimónia de ordenação em 3 de janeiro de 1954, presidida por D. João Evangelista de Lima Vidal, primeiro bispo da restaurada Diocese de Aveiro e conterrâneo de Monsenhor João Gaspar, pois ambos são naturais da vila de Eixo. 

O MMI prepara-se para albergar a «nossa ílhava»

Um texto de Ana Maria Lopes




A ílhava, «para mim», só tem uma história mais ou menos consistente, há cerca de 30 anos. Bateira identitária dos ílhavos, foi a mais polivalente das embarcações da região lagunar – na ria, usada, para a apanha do moliço e para carreto; no mar, desde a rede do chinchorro, na quebra da vaga à arte da tarrafa, em águas do Tejo, na baia de Cascais. É enigmática e senti necessidade de sistematizar o que fui aprendendo sobre ela. Não descobri nada. Atenção! Li, observei, pensei e vou tentar pormenorizar coincidências. O processo da ílhava tem tido vários intervenientes, que se foram sucedendo no tempo.

Sabia desde os meus vinte e tal anos que tinha havido uma bateira ílhava, mas como não havia deixado rasto que me despertasse a curiosidade, esse conhecimento permaneceu em letargia.

Ler todo o texto aqui

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

BORDA D’ÁGUA

O Verdadeiro Almanaque


O meu filho João Paulo gosta de passar pelas feiras para saborear o ambiente de compras e vendas de tudo e mais alguma coisa. Um dia destes foi à Feira das Palhaça, e dela ofereceu-me um relato vivo do espetáculo em que o povo é ator fundamental. Ator no ato de sair do ramerrão de quotidianos de trabalho duro para regatear o que quer comprar, mas também para degustar uns petiscos tipo bifanas e churrascos em mesas corridas, tudo regado com vinho da pipa ou cerveja fresca. 
O meu João gosta de apreciar porque no fundo não vai lá comprar nada, penso eu. Contudo, não foge à regra de adquirir o BORDA D’ÁGUA, “O Verdadeiro Almanaque”, que se publica há 85 anos, com uma tiragem de 100 mil exemplares, para me oferecer. Pelo que se sabe, o povo gosta do BORDA D’ÁGUA pela inúmera informação direcionada para agricultores sobre sementeiras, plantações, enxertias e colheitas. Mas tem muitas outras curiosidades.
Tenho cá um palpite que o meu filho me oferece o almanaque para me seduzir para a jardinagem e horticultura, pois me lembra logo que em janeiro é tempo de semear favas, ervilhas, alface e rabanetes, entre outros vegetais e não só. E diz mais, agora sobre o jardim, que é chegada a hora de semear begónias, sécias, amores-perfeitos e… até paciências, flor de que nunca tinha ouvido falar.
O almanaque indica as luas, os feriados e festividades, sem esquecer as recomendações astrológicas, decerto para brincar, julgo eu, que não acredito nessa “ciência” dos signos e afins.
A propósito disso, a diretora Célia Cadete diz, no "Juízo Final", que 2014 terá «um inverno áspero mas pouco frio; a primavera  húmida, o verão quente e o outono temperado». Quanto ao inverno, já falhou um pouco, porque eu sinto um frio enorme, e quanto à primavera fico à espera para confirmar. Sobre o verão e outono, nem vale a pena ter dúvidas, pois teremos o calorzinho .da praxe, logo seguido da estação que nem é carne nem peixe.
A diretora garante que os nascidos em 2014 serão de «estatura mediana com olhos pequenos e atrativos, testa larga e alta, mãos esbeltas e dedos compridos». Vou ficar atento.
Bom ano.



quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Maria, a Mãe do Deus Menino


ANÚNCIO DOS PASTORES 
PROVOCA ADMIRAÇÃO
Georgino Rocha

O campo dos pastores, nome da localidade por onde deambulavam os guardas dos rebanhos nas cercanias de Belém, é a zona escolhida pelo anjo do Senhor para anunciar o nascimento de Jesus que havia ocorrido numa manjedoura do curral de animais. A aparição do enviado de Deus e o anúncio que lhes faz provocam uma reacção de medo, de sobressalto, de sã curiosidade. 
Sempre assim é. O homem surpreendido nas suas rotinas teme a novidade que vem e o interpela. Praticamente todas as pessoas chamadas a uma missão passam por momentos semelhantes. Desinstalar-se e lançar-se a uma nova aventura, confiar e aceitar as consequências imprevisíveis, sentir-se envolvido, apesar da sua “pequenez”, exige realmente um coração grande, uma disponibilidade a toda a prova, uma capacidade de “aguentar” o presente onde emerge o futuro da decisão tomada.

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

De novo a «Joana Gramata»

Um texto de Senos da Fonseca


Estávamos no dealbar do séc. XIX.
Joana Rosa de Jesus, descendente do velho Gramata, um dos primeiros que tinha posto pé por aquelas beiras disposto a «lançar ferro», e ali ficar, tinha naquela noite em que o luar espargia, quente e prateado aquele «mar dunar», decidido ir ao encontro do vento. Que se tinha esquecido de espinotear como garrano selvagem, permitindo que o bafo quente saído da terra, ainda a cheirar a salsugem, penetrasse, bofes adentro, como sussurro de búzio. A noite estava calma. Vindo lá do suão a aragem leve, estival, tinha tomado conta da planície, fustigando ao de leve os caniços secos e as hastes de milho que começavam a enverdecer aquelas paragens maninhas. A planura era um mar de silêncio que só o bulício dos milheirais quebrava.

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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Rosa da Crise

Este ano não houve prendas de Natal. A crise a isso obrigou. Apenas foram contemplados os netos, porque era preciso que eles pudessem continuar a alimentar os sonhos da magia da quadra natalícia. Mas a minha cunhada Esmeralda Ramos fez questão de nos brindar com esta rosa de sua lavra. Rosa feita de cerâmica fria, como nos disse, modelada e pintada pela sua paciência e amizade — quero eu sublinhar. E aqui fica como exemplo a seguir. Se não podemos gastar dinheiro em prendas, quantas vezes sem nexo para quem as recebe, está ao nosso alcance ocupar um tempinho na elaboração de lembranças, sem grandes despesas. Afinal, as crises podem levar-nos a acicatar a imaginação. Nas prendas como na vida.

Obra da Providência

Maria da Luz Rocha


Neste mês, em que se assinala o primeiro aniversário do Fórum Municipal da Maior Idade e em que apresentamos aos nossos leitores uma Agenda renovada, dedicamos esta nova rubrica da Agenda de Eventos “Viver Em...”, “Associações”, à Obra da Providência, a mais antiga entidade parceira do Fórum.
A Obra da Providência, Instituição Particular de Solidariedade Social, nasceu espontaneamente em 1953, na Gafanha da Nazaré, graças ao empenhamento de duas mulheres, a D. Maria da Luz e a D. Belinha, que dedicavam grande parte do seu tempo a ajudar os mais desfavorecidos.
O objetivo era o de dar apoio a jovens vítimas de rejeitação familiar e violência doméstica, da prostituição e de outras situações sociais problemáticas, sendo um grande número de mães adolescentes. Denominada na altura de Lar da Providência, as fundadoras procuraram desde o início que a marca caraterística desta casa fosse o ambiente de acolhimento e de liberdade. Procuraram também manter um grupo pequeno para assegurar um ambiente familiar. 

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