A Crónica de Frei Bento Domingues no PÚBLICO de hoje
Frei Bento Domingues |
1. Nasci numa época em que muito do clero português cultivava mais o medo do pecado do que o amor da virtude. A sua pregação – sobretudo a dos padres da vinagreira – estava centrada na ameaça do inferno e a confissão oscilava entre um precário alívio, a tortura e o escrúpulo.
As insólitas atitudes do Papa Francisco, a forma e o fundo da sua Exortação Apostólica recusam fazer da fé cristã uma tristeza. Estão a irritar não só a alta finança, mas também os movimentos que tentam recuperar esse tipo de práticas religiosas – contra o Vaticano II –, com o auxílio de eclesiásticos vestidos e calçados a preceito.
Estamos no Domingo da Alegria, como se todos os Domingos não fossem para celebrar a Páscoa, a vitória sobre a morte. Não foi por acaso que o Papa sentiu necessidade de recordar o que esquecemos e está escrito para sempre, em S. João: isto vos escrevemos para que a vossa alegria seja completa 1) – Evangelii Gaudium.