segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Luso de fugida...

Um passeio de fugida por ambientes conhecidos tem sempre os seus encantos. No sábado passámos pelo Luso, a terra da água cristalina do mesmo nome. Não interessa hoje contar a história da porventura mais importante riqueza do Luso, que isso está claramente no Google e ao alcance de toda a gente, mas importa referir neste meu espaço a visita de sábado, que não deixará de suscitar a curiosidade para outras leituras.
Penso que as termas e curas de água já não são o que eram antigamente. De qualquer forma, há sempre quem aposte nos benefícios das águas, normalmente acompanhadas do descanso num ambiente de serenidade e de ares puros que a serra e o arvoredo alimentam... Quem vai ao Luso e não prova a  água é como quem vai a Roma e não vê o Papa.
Aqui ficam registos da nossa passagem pelo Luso.



Panorâmica da Fonte de São João. Há gente que chega de garrafões vazios e parte de garrafões cheios. Num vaivém contínuo e sem ruídos. A paz, essa convida ao silêncio. Num dístico recomenda-se que os visitantes não levem para a fonte mais recipientes do que os que possam transportar de uma só vez. Não sei se é respeitada a norma... nem isso interessa por agora. É que eu já vi quem ocupe duas bicas ou mais para encher os seus garrafões. Mas há água para todos.



Chapéus há muitos, já dizia o Vasco Santana. A minha filha Aidinha provou este, que lhe ficava bem, para o meu gosto, mas achou que era muito largo. Serviu decerto para outras cabeças. Lá para aqueles lados, os clientes habituais devem ter cabeças um pouco maiores... Será? É que não havia chapéus mais pequenos. Paciência.


E a água... Quem há por aí que não goste de a saborear? A minha Lita e a Aidinha foram as primeiras a correr para a Fonte de São João. Toca a beber, que o leitão, na Mealhada, pedia água pura. Há quem opte por tinto ou branco ou por espumante de qualquer cor. Mas nós somos apaixonados por água pura, que lava o organismo. 




E depois fui eu, que também sou filho de Deus. Deus terá abençoado as águas do Luso, que há séculos matam a sede e a fome a muita gente. Fresca, límpida e saborosa (quem se atreve a dizer que a água de Luso é insípida?) ali está à disposição de toda a gente. Para já, de graça. Com graça... agora ainda é de graça, digo eu, quando quase tudo se paga.

Padre António Maria entre nós




Padre António Maria cantou 
 e encantou na Gafanha da Nazaré


O Padre António Maria Borges cantou e encantou mais uma vez na Gafanha da Nazaré, a convite da Câmara Municipal de Ílhavo, na sexta-feira, 23, no Jardim 31 de Agosto, à noite. De certa forma, foi um concerto integrado nas Festas da Padroeira, Nossa Senhora da Nazaré, que habitualmente se realizam no último domingo de Agosto e este ano sem a componente profana.
Bem conhecido dos gafanhões e não só, o Padre António trabalhou na paróquia como coadjutor do prior Padre Miguel Lencastre, entre 1977 e 1981. Aliás, o Padre Miguel foi o responsável pela sua vinda para a paróquia.
O Padre António Maria brindou a numerosa assistência com canções que perduram na memória de quem o conheceu e com ele privou. Canções carregadas de mensagens de amor e paz, mas também da sua incondicional devoção a Nossa Senhora, a Mãe Admirável que sempre o acompanhou no seu sacerdócio e na sua vida artística.

Preço da cobardia

"Ora, esse Portugal vai dar mais que falar do que se imagina, devido ao facto das fusões de freguesias serem apenas uma realidade de papel que ainda não teve reflexos na realidade local. Mas, com as eleições autárquicas, isso vai-se alterar e o enorme potencial do conflito dessas fusões em muitas freguesias já se está a manifestar no processo eleitoral. Os decisores da fusão das freguesias, – uma medida destinada a enganar a troika para ocultar a não execução da fusão de concelhos, essa sim que vem no memorando – sabiam que se tomassem duas decisões lógicas, mas perigosas, antes das eleições isso iria causar certamente muitas perturbações no processo eleitoral. Essas decisões são duas: o nome e a sede da nova freguesia. E adiaram-nas por cobardia."

Li no Abrupto


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Na morte de António Borges

"Em Portugal, mas não só, a tradição é que, depois da morte, todos os protagonistas passam a ser bons e insubstituíveis. Não é, manifestamente, o caso de António Borges. Mas uma coisa é criticar as ideias, naturalmente discutíveis, do economista. Isso é próprio da democracia e da liberdade de opinião de cada um. Coisa diferente é celebrar a morte de alguém. A Internet foi, como já se disse, o veículo escolhido para todo o tipo de insultos e festejos. Até podemos aceitar que esta plataforma se torne uma espécie de mesa de café dos tempos modernos. A forma livre e desabrida como se fala na Internet é normal, é natural, faz parte da natureza humana. Coisa diferente é permitirmos que ela se transforme numa espécie de lixeira ou sarjeta da opinião. Isso não é tolerável nem saudável para a liberdade e para democracia."

Li no DN

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Dias cheios

Recanto no Luso

Os últimos dias foram muito cheios para a minha idade.Não tenho de que me queixar, porque não fugi a nenhuma exigência. Cansado, mas satisfeito. Tanto que nem coragem tive durante o domingo para publicar fosse o que fosse que implicasse esforço e capacidade reflexiva. Graças a Deus. 
Para além do normal numa casa com gente buliçosa, sendo que o neto de 28 meses nos dá água pela barba, de tão mexido que é, registei o concerto do Padre António Maria no Jardim 31 de Agosto, na sexta-feira, uma visita ao Luso e ao Bussaco, no sábado,  e o lançamento do livro da Fernanda Matias na Casa José Engling, também no sábado, para além de outras tarefas menos trabalhosas mas que requerem atenção, nomeadamente, leitura de jornais e revistas e umas tantas páginas de um livro que devia ter lido há anos, "Viver para contá-la", de Gabriel García Márquez. Apetece-me esbofetear-me por ainda o não ter lido.  De tudo direi algo durante os próximos dias, quando serenar um pouco mais.


domingo, 25 de agosto de 2013

Capitais Imperiais - Budapeste

6.ª feira, 23 de agosto


Donzília no barco
O fascínio do Danúbio  
ficará gravado na nossa memória


Tomámos o pequeno almoço no hotel, donde partimos às 10h locais.
Rumámos ao Bastião dos Pescadores e ao Parlamento. O bastião dos pescadores, no outeiro que se levanta na parte de Buda, sobre o Danúbio é um lugar de destaque e de visita obrigatória. É uma cidade medieval onde parece que o tempo não tem passado, com as suas muralhas, torres e as ruas de pedra. Ontem, fizemos uma visita, by night e as miríades de luzes dão ao lugar, o aspeto de um presépio iluminado. Abundam as lojas de lembranças, de artesanato local que atraem as multidões de forasteiros. São muitos os miradouros que existem no baluarte e podem servir para ver a cidade e fazer uma pausa na caminhada. 
O Parlamento de Budapeste, em húngaro – Országház, é o local onde se reúne a Assembleia Nacional da Hungria e um dos edifícios legislativos mais antigos da Europa. Ergue-se na Praça Kossuth Lajos, na margm do Danúbio. Atualmente detém o título de maior edifício da Hungria e o de segundo maior parlamento na Europa.


Nossa Senhora da Nazaré...



As festas da Senhora da Nazaré, padroeira da nossa paróquia, já não são o que eram antigamente. Também não se perdeu grande coisa, embora as festas proporcionem sempre o encontro de pessoas que, em tempos de férias e de verão, voltam à terra natal para rever familiares e amigos. O profano, que estava e ainda está associado às festividades dedicadas aos patronos, nem sempre cuidou de ter em conta a alegria saudável e a expressividade cultural que essas festas mereciam. O encontro era muito válido, mas não se devia ficar por aí. 
Despesas exageradas com foguetório e artistas musicais de fraco nível frequentemente conduziram para a morte lenta deste tipo de festas. O aspeto religioso foi-se mantendo e ainda bem, mas eu acredito que os nossos padroeiro ficariam satisfeitos se houvesse a preocupação de se reformularem as festividades, associando-lhes valências culturais, sociais, artísticas e de partilha fraterna. 
Hoje, a Festa em Honra de Nossa Senhora da Nazaré contou apenas com a missa solenizada pela Filarmónica Gafanhense e com a procissão que seguiu o trajeto habitual, com passagem pelo Cruzeiro. Nela se incorporaram as Irmandades de Nossa Senhora da Nazaré e outras, bem como instituições e associações da Gafanha da Nazaré. O povo devoto de Nossa Senhora nunca falta.