Do presente ao futuro da Igreja
António Marcelino
António Marcelino |
«Abusa-se facilmente da afirmação de que Deus não abandona a sua Igreja. É verdade. Mas esquece-se que a ação prometida e assegurada de Deus pode ser minimizada ou menosprezada pela deficiente mediação humana, o que muitas vezes acontece.»
Não vão muito bem as coisas da Igreja na Europa. E não só na Europa, não obstante as regiões onde se sente menos a crise ou se vê uma renovada vitalidade. As coisas não vão bem pelas mazelas de todos conhecidas, mas, ainda, por uma leitura deficiente da realidade que se vive e consequente dificuldade de uma resposta adequada aos muitos problemas existentes. Se governar é também prever e prevenir, no presente que se vive o futuro não aparece auspicioso. Parece urgente que a realidade se veja e encare com olhos novos e se procurem, com persistente humildade e com as pessoas certas, novos caminhos de esperança.