quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Multas para quem não pedir fatura...

Temos de estar atentos porque fugir à lei pode doer!

«Os trabalhadores dos impostos dizem que não têm meios para multar os consumidores que não exigem factura no acto da compra e a Associação de Defesa do Consumidor (Deco) considera-a uma "chico-espertice", sem execução prática. Mas o Governo garante que ela não só faz sentido, como já deu resultados: desde o início do ano foram instaurados "diversos processos de contraordenação", adianta a secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais.»

Li aqui

NOTA: O problema  está em nos habituarmos a exigir o que é devido... Por vezes sinto um certo constrangimento quando o comerciante recebe o dinheiro e me despacha em grande velocidade. Depois há os que têm a pouca vergonha de dizer que determinado produto não está sujeito a IVA. Penso que isto vai demorar um pouco até todos nos habituarmos a cumprir a lei com rigor, com verdade e com toda a naturalidade... Tem mesmo de ser, para todos ganharmos. Mas que vai ser complicado, lá isso vai!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Praia da Barra: Pente comprido protege as dunas


As dunas devem ser protegidas. Fazem parte do ambiente, mas são areias movediças deixadas pelas marés e pelos ventos. Os responsáveis procuram fixá-las semeando ou plantando arbustos que gostem delas e que até nem são muito exigentes. Contudo, se invadirmos as zonas dunares, se as massacrarmos, é certo e sabido que a sua morte estará próxima. Umas estacas colocadas para as proteger, ou para indicar que por ali não se pode passar, ficaram quase enterradas. Dá para perceber que, afinal, ficou um extenso pente com os seus dentes bem afiados. Quem neles cair arrisca-se a sofrer as consequências. Vejam lá. Tenham cuidado e respeitem as dunas, por favor.

Mensagem do Papa para a Quaresma de 2003


Crer na Caridade suscita Caridade

(...)
«Enquanto dom e resposta, a fé faz-nos conhecer a verdade de Cristo como Amor encarnado e crucificado, adesão plena e perfeita à vontade do Pai e infinita misericórdia divina para com o próximo; a fé radica no coração e na mente a firme convicção de que precisamente este Amor é a única realidade vitoriosa sobre o mal e a morte. A fé convida-nos a olhar o futuro com a virtude da esperança, na expectativa confiante de que a vitória do amor de Cristo chegue à sua plenitude. Por sua vez, a caridade faz-nos entrar no amor de Deus manifestado em Cristo, faz-nos aderir de modo pessoal e existencial à doação total e sem reservas de Jesus ao Pai e aos irmãos. Infundindo em nós a caridade, o Espírito Santo torna-nos participantes da dedicação própria de Jesus: filial em relação a Deus e fraterna em relação a cada ser humano (cf. Rm 5, 5).»
(...)

Pode ler a Mensagem aqui

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Praia da Barra: Contraste


O contraste que se verifica na vida, a tantos níveis, está patente nesta imagem registada há dias na Praia da Barra. Junto ao paredão da Meia-Laranja passeava perto da água do oceano uma família descontraída, mas vestida à prova do frio. O tempo assim o sugeria. Mais adiante, um atleta, já de idade um pouco avançada, fazia gala em mostrar a sua resistência, andando tranquilamente de tronco nu a saborear, decerto, recordações do verão.

Anselmo Borges: Penso num João XXIV

Sobre a resignação de Bento XVI


Percebo e não percebo o aparente choque que se apoderou da opinião pública. Para mim, foi surpresa por ter sido ontem. Mas estava convencido de que, mais tarde ou mais cedo, isto iria acontecer. Aliás, ele próprio já há dois anos tinha afirmado que, se sentisse que já não tinha forças para continuar à frente do governo da Igreja, resignaria.
Foi um gesto de grande coragem, lucidez e honestidade. Reflectiu em consciência e fê-lo em plena liberdade - foi bom que o tenha declarado. Já não sente forças no corpo e no espírito, disse também. Os problemas do mundo actual, com incidência na fé, são gigantescos e a Igreja precisa de alguém com mais energia e vigor.
Penso que uma das causas maiores do desgaste foi a sua incapacidade para reformar a Cúria Romana, questão essencial para o futuro da Igreja - ele próprio se queixou de que lhe sonegavam informações. Houve uma série de escândalos, desde a pedofilia à corrupção, do Vatileaks às intrigas no Vaticano, com correntes que se digladiam e preparam para a sucessão. Bento XVI é um homem afável e quase tímido - foi a impressão que me ficou da vez em que estive com ele. É um intelectual e não um homem da administração e, assim, na impossibilidade dessa reforma, resignou.
Deste pontificado fica a importância do diálogo entre a fé e a razão, a condenação sistemática da especulação financeira sem regulação, a continuação do diálogo com as outras confissões cristãs e com as diferentes religiões, o apelo a dois Estados soberanos: um israelita e outro palestiniano, a possível abertura ao preservativo.
O sucessor? Ninguém sabe. Mas, no meu entender, deve ser profundamente cristão, seguir Jesus no seu Evangelho, relativamente jovem, com capacidade de reformar a Cúria, próximo das pessoas e dos seus problemas reais. Mais interessado nas pessoas do que na instituição. Penso num João XXIV.

Anselmo Borges
No DN

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Dia Mundial do Doente: 11 de fevereiro

Evocando o Zé da Rosa! 

O coração e os olhos 
São dois amigos leais. 
Quando o coração está triste 
Logo os olhos dão sinais!
Agente da PSP


É com os olhos marejados, que lembro, este ano, “O Dia Mundial do Doente”, celebrado a 11 de Fevereiro. A data foi instituída em 1992, pelo Papa João Paulo II, que a referiu como “um momento forte de oração, de partilha, de oferta do sofrimento pelo bem da Igreja e de apelo dirigido a todos para reconhecerem na face do irmão enfermo a Santa Face de Cristo que, sofrendo, morrendo e ressuscitando, operou a salvação da humanidade”. É uma data celebrada todos os anos, pela Igreja Católica. 
É evocada, nesta efeméride, a Parábola do Bom Samaritano, que aparece no Novo Testamento, unicamente, em Lucas (0:30-37) 

"Descia um homem de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de salteadores, os quais, após despojá-lo de tudo, espancaram-no, deixando-o moribundo à margem da estrada. 
Por essa altura, descia pelo mesmo caminho, um sacerdote. Vendo-o, passou de largo. 
Logo a seguir descia um levita, cujo procedimento não foi diferente daquele do sacerdote. 
Entretanto, dentro em pouco surge um samaritano que, vendo-o naquele estado deplorável, moveu-se de íntima compaixão e, descendo de sua cavalgadura, levou-o a uma hospedaria, onde continuou a cuidar dele. 
Tendo que partir, no dia seguinte, deu dois dinheiros ao hospedeiro, recomendando-lhe que continuasse a dar-lhe assistência, prontificando-se a pagar, em sua volta, tudo aquilo que excedesse a importância deixada."

Dia da Visita na Diocese de Aveiro


Sabemos quanto custa a solidão, quanto dói o abandono, quanto faz sofrer a doença, quanto pesa a idade!
Cruzamos caminhos de silêncios sofridos, com marcas de pés magoados pela vida. Vemos janelas corridas, que escondem rostos sem nome. Encontramos portas fechadas, que calam gente sem voz.
Quem visita leva luz a olhares tristes, solta sorrisos no rosto das crianças, senta-se à mesa de quem está só, abeira-se de quem sofre, caminha nas estradas da vida com gente ferida pela dor, faz que a fé e a alegria renasçam em famílias sem esperança. “Um dia vou visitar-te…hoje é o Dia!”
Vamos como mensageiros do Senhor. Somos presença de Deus. “Vive esta Hora!” como um irmão que leva na alma palavras de esperança e sementes de felicidade. “Vinde benditos de meu Pai. Eu estava doente e fostes visitar-me ( Mt 25, 34-36)”.

D. António Francisco, 
Bispo de Aveiro

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